Polícia Federal deflagra a 22ª fase da Lava-Jato para investigar o caso do triplex de Lula no Guarujá

CLIQUE AQUI para ler reportagem de capa da Veja desta semana, na qual é descrita a ocultação de propriedade por parte de Lula, objeto desta nova fase da Lava Jato.

A operação cumpre 23 mandados de prisão temporária, busca e apreensão e condução coercitiva. Santa Catarina e SP acordaram assustados com o aparato montado pela Polícia Federal, que deflagrou nesta quarta a 22a. fase da Operação Lava-Jato, denominada Triplo X. A PF desmentiu que o nome escolhido tenha algo a ver com o Triplex de Lula, mas a operação tem tudo a ver com o negócio que envolve o ex-presidente, OAS e Bancoop, conforme reportagem de Veja desta semana. O principal alvo dos mandados de prisão é a publicitária Nelci Warken, que já prestou serviços na área de marketing para a Bancoop. A suspeita é a de que ela tenha ligação com a offshore.

Conforme o jornal Folha de S. Paulo de hoje, a nova fase tem como foco a empresa offshore Murray, sediada no Panamá, que detém a propriedade de um triplex em um edifício cujo projeto era da Bancoop (Cooperativa Habitacional dos Bancários de São Paulo) na praia de Astúrias, no Guarujá.

Este é o mesmo condomínio que a construtora OAS havia reservado um triplex para a família do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Pelo menos 80 policiais federais cumprem 15 mandados de busca e apreensão, seis mandados de prisão temporária e dois mandados de condução coercitiva nas cidades de São Paulo, Santo André, São Bernardo do Campo e Joaçaba, a única de SC, que fica situada no Oeste do Estado. 

A PF informou que a investigação apura a ocultação de patrimônio por meio de um empreendimento imobiliário, "havendo fundadas suspeitas de que uma das empreiteiras investigadas na Operação Lava-Jato teria se utilizado do negócio para repasse disfarçado de propina a agentes envolvidos no esquema criminoso da Petrobras".