Baseada naquilo que examina no mercado de votos e até
mesmo na sua própria experiência, a deputada Manuela D'Ávila, PCdoB, disse ao
site UOL que as "empresas que doam para políticos têm prioridades
diferentes das da população".
. É o que é.
. A deputada comunista disse ao site que a baixa
representatividade de mulheres e de operários nas casas legislativas deve-se à
"desigualdade econômica entre os candidatos, impulsionada pela falta de
critérios rígidos e fiscalização do financiamento privado".
. Ela criticou a entrada de dinheiro não contabilizado
claramente (via diretórios, por exemplo) e caixa 2.
. Manuela D'Ávila é acusada de práticas iguais às que
critica.
. A deputada disputou cinco eleições entre 2004 e 2012.
. Ela gasta cada vez mais para se eleger. Para deputada Federal, foram R$ 359 mil em
2006 e R$ 1 milhão em 2012. Suas campanhas para prefeito também são cada vez
mais caras: R$ 2,7 milhões em 2008 e R$ 3,9 milhões em 2012.
. Em 2012, ao cometer o fiasco de emplacar apenas 141 mil
votos, ela gastou 22,2% mais por voto do que o campeão, o
prefeito José Fortunati. Cada voto seu custou R$ 28,17, contra R$ 21,91. O líder
em gastos por voto foi Adão Villaverde, PT: R$ 32,67. Villaverde foi o maior
fiasco que o PT já emplacou em eleições em Porto Alegre.
. Estes foram seus 15 principais doadores em 2012:
Leyroz de Caxias (logística), R$ 200 mil
BRF Foods (Sadia-Perdigão), R$ 200 mil
Zaffari, R$ 130 mil
Bourbon, R$ 110 mil
Fibra Celulose, R$ 50 mil
Itaú, R$ 150mil
Vonpar,R$ 100 mil
Otis,R$ 60 mil
Mph Imobiliária, R?$ 50 mil
Forjas Taurus (armas), R$ 50 mil
Multiplan (BarraShopping Sul), R$ 50mil
Gerdau, R$ 120 mil
Interfarma, R$ 100mil
Biolab, R$ 100 mil
Queiroz Filho, R$ 100 mil