A questão da criação do Parque Tecnológico da Ufrgs está só ampliando uma guerra política entre a vanguarda e os grupos neoprimitivistas, ligados às áreas acadêmicas mais atrasadas, todas elas subordinadas ao reitor Carlos Alexandre Neto.
. Parques Tecnológicos já foram criados nas melhores universidades gaúchas, como PUC e Unisinos. O editor visitou vários deles na China, na Índia, no Japão, na Alemanha e nos EUA. Eles colocaram estes Países na liderança tecnológica, portanto da economia global (ler o livro “O Mundo é Plano). É inacreditável que o reitor e os professores da Ufrgs, aceitem este tipo de debate reacionário, típico da Revolução Industrial do século XIX. A volta do protagonismo ideológico jurássico ao comando da universidade, explica porque a Ufrgs transformna-se no refúgio do que existe de pior no RS.
. Nesta quinta-feira, serão criados, no mesmo horário, dois Fóruns:
1) Fórum Chapa Branco, formado por MST, Via Campesina, Levante Popular da Juventude, PSOL, PSTU e outras entidades de extrema esquerda. Este evento foi uma concessão covarde da reitoria, que concordou em criar seu próprio soviete.
2) Fórum em Defesa do Parque Tecnológico da UFRGS, organizado pelo DCE, para o qual foram convidados os centros acadêmicos da Ufrgs, mais Farsul, Federasul, Fecomércio, Fiergs, IL, IEE, Sebrai. Este fórum forma o contraditório ao evento chapa branca do reitor.
. O DCE pretende, através do Fórum em Defesa do Parque Tecnológico da UFRGS, mobilizar estudantes e a sociedade civil para a aprovação do Projeto, além de realizar uma grande manifestação em defesa da criação do Parque Tecnológico, na próxima reunião do Consyn, 4 de abril.
. Na última reunião do Conselho Universitário, quinta-feira, ativistas de extrema-esquerda invadiram o saguão da reitoria e impediram a realização da reunião em que seria aprovado o Projeto.
. Os grupos neoprimitivstas de extrema-esquerda não querem o Parque Tecnológico por duas razões:
1) O parque promoverá interação com as empresas privadas, contaminando o virginal ambiente universitário, o que criaria problemas futuros para seus líderes, todos ligados ao lumpesinato e ao setor público;
2) Pesquisas que representem avanços científicos e tecnológicos, no caso do RS, incentivam o agronegócio, em detrimento da produção familiar e orgânica, incapaz de atender sequer 10% da demanda mundial por alimentos – mesmo no seu apogeu.