Reitor da UniRitter proibe manifestações e viaja a São Paulo

Antes de viajar para São Paulo, onde fica a sede do grupo Anhnanguera, quinta-feira, o reitor da UniRitter, de Porto Alegre, Flávio Reis, proibiu o ingresso no campus, de dirigentes do Sinpro, que vem a ser o Sindicato dos Professores.

. As inormações são de que Flávio Reis viajou para fechar o contrato de venda da UniRitter.

12 mil se inscrevem para 100 vagas na Emater RS

A seleção externa para formação de cadastro reserva aberta pela Emater/RS-Ascar atraiu 12.162 inscritos junto à Fundatec (Fundação Universidade-Empresa de Tecnologia e Ciências). "O bom momento do agronegócio e o grande interesse em trabalhar na Emater garantirá uma boa seleção de profissionais", mandou avisar a esta página, neste domingo, o presidente Mário Nascimento. As inscrições, que começaram dia 12 de agosto, encerraram dia 8 de setembro.

. Haverá o preenchimento imediato de 100 vagas, sendo 64 para lotação nos Escritórios Municipais da Emater/RS-Ascar e as demais para atender às parcerias junto às Secretarias Estaduais de Meio Ambiente e de Irrigação. Estão sendo oferecidos 38 diferentes cargos de Nível Superior e 26 de Nível Médio/Técnico. A listagem final dos inscritos homologados pela Fundatec foi publicada nesta sexta-feira (19), com os respectivos locais de provas, que acontecem dias 27 e 28 de setembro, em cinco municípios (Porto Alegre, Passo Fundo, Ijuí, Pelotas e Santa Maria). Mais detalhes no site www.fundatec.com.br.

A escola de tempo integral e a campanha deste ano em Porto Alegre


Clipping / Correio do Povo / Domingo, 20/09 / Rogério Mendelsky

O GÊNIO DA EDUCAÇÃO
- A escola de tempo integral e a campanha eleitoral deste ano em Porto Alegre

Basta ligar o rádio ou a televisão e lá vem o horário político repleto de projetos educacionais apresentados por candidatos de todos os partidos. Mas o melhor de todos os que o Brasil conheceu – escolas de tempo integral – é tratado ainda com certa timidez ou com uma grande desfaçatez. A timidez porque até o velho quadro-negro sabe que educação em tempo integral é um projeto do governador Leonel Brizola e a desfaçatez, porque alguns candidatos falam como se estivessem mostrando ao eleitorado uma idéia nova na educação. Educação para todos foi e será sempre uma obstinação histórica de Leonel Brizola, talvez pela dificuldade que teve em sua juventude para chegar aos bancos escolares. Como homem público e já prefeito de Porto Alegre, Leonel Brizola pôde iniciar a sua missão educacional, ele que fora alfabetizado por sua mãe, dona Oniva, e que agora tinha um poder relativo para praticar seu maior projeto de homem público. Porto Alegre tinha um déficit escolar nas poucas escolas municipais existentes e ele deixou o governo da capital gaúcha com 137 novas unidades e dando a oportunidade para mais 35 mil alunos que perambulavam em busca de uma matrícula a cada início de ano letivo. Eleito governador do RS (1958), Leonel Brizola, em quatro anos, realizou o maior e mais audacioso plano educacional que os gaúchos conheceram e que, provavelmente, jamais será superado. O analfabetismo no RS, na década de 50, era assustador porque faltavam escolas primárias em locais distantes das sedes municipais. Leonel Brizola criou o Sedep (Serviço Descentralizado do Ensino Primário) e começou a construir escolas por todo o território gaúcho (algumas ainda estão aí, em ruínas, como se fossem marcos fronteiriços entre a escuridão da ignorância e a luz nas trevas), cujo projeto arquitetônico era simples, de madeira, mas elas abrigaram centenas de milhares de novos alunos. Até hoje, a herança de Leonel Brizola na educação é impressionante. No seu governo – janeiro de 1959 a janeiro de 1963 –, foram construídas 6.320 escolas, sendo que 5.911 de nível primário, 278 escolas técnicas e 131 ginásios e escolas normais. Com isso, 42.153 professores ganharam contratos e 700 mil alunos tiveram a chance de sentar num banco escolar.


OS MOTIVOS DE BRIZOLA – Em quem você vai votar? – Eu não posso votar porque sou analfabeto, mas se pudesse, votaria num tal de Brizola, que dizem ser o melhor candidato. O diálogo – narrado pelo jornalista Antonio Goulart, em seu livro 'As Tiradas do Dr. Brizola' – ocorreu entre Leonel Brizola e um trabalhador humilde, no interior do RS, durante a campanha eleitoral de 1958. Goulart diz que Brizola garantiu ao agricultor que, se chegasse a ganhar a eleição, o RS não teria mais analfabetos. Assim começou a obstinação de Leonel Brizola por uma educação para todos os brasileiros.

OS MOTIVOS DE COLLARES - Foi num almoço no Ciem batizado com o nome do vereador João Satte, na vila Cruzeiro do Sul, em Porto Alegre, que este colunista ouviu de Alceu Collares uma pequena história sobre a importância daquela escola de educação integral numa vila popular. Um pai aproximou-se do então prefeito Collares e disse-lhe com bastante intimidade: 'Collares, minha filha desde que entrou para essa tua escola me obriga a comprar papel higiênico para colocar no nosso banheiro. Ela disse que a professora lhe ensinou essa mania de higiene pessoal'. Se os Ciems tivessem prosseguido e se expandido por todo o RS, não estaríamos todos mais educados e mais higienizados? Hoje, é só o que se fala nos horários de propaganda eleitoral. E do tempo perdido, ninguém será responsabilizado?

TEMPO INTEGRAL - Mas Leonel Brizola não se considerava satisfeito pelo que já tinha realizado no RS. Seu projeto de ser presidente foi abortado em março de 1964. Por longos 15 anos, esteve exilado no Uruguai e nos EUA (asilado político por determinação do presidente Jimmy Carter, em 1977). Seu retorno, em 1979, deu-lhe a mesma notoriedade de líder político do trabalhismo, agora em plano nacional. Eleito por duas vezes governador do Rio de Janeiro – 1982 e 1990 –, pôs em prática outro velho sonho: educação em regime integral, onde o aluno entrava nos Centros Integrados de Educação Pública (Cieps) pela manhã e só saía no final da tarde, recebendo educação escolar, alimentar e esportiva, numa concepção pedagógica do professor Darcy Ribeiro. Nos seus dois mandatos, Leonel Brizola construiu 515 Cieps, os quais foram abandonados por outros governadores porque se tratava de um projeto educacional insuportável para qualquer político. Afinal de contas, Leonel Brizola não poderia ser transformado num gênio político que pensava nas próximas gerações do país que ele tanto amava.

COLLARES TAMBÉM FEZ - A exemplo de Brizola, Alceu Collares, em duas vezes na sua carreira política também seguiu o modelo educacional de seu líder. Como prefeito (1986 a 1989), construiu 16 prédios dentro do projeto de educação integral e como governador (1991 a 1995), 90 Cieps (conhecidos como Ciems). Também não teve a sua obra continuada por governantes que assumiram logo após ter deixado a prefeitura (Olívio Dutra) e o Palácio Piratini (Antônio Britto). Tanto Brizola como Collares, com acertos e erros, comuns a qualquer governante, não tiveram sorte em seus sonhos mais acertados e que, certamente, estariam proporcionando nos dias de hoje menos crimes, menos ignorância e menos desigualdade social para gaúchos e brasileiros. Afinal de contas, uma geração inteira já teria sido formada nas escolas de educação integral de Brizola e Collares.

E-mail: rogerio@radioguaiba.com.br

PAC anda lento no RS

Clipping/ UOL
Sábado, 20 de setembro


PAC anda lento no RS, apesar de mãe gaúcha

O estado do Rio Grande do Sul, dono do quarto maior Produto Interno Bruto (PIB) do País, não é tão contemplado na mesma proporção no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). A verba prevista para o estado, governado por Yeda Crusius, do PSDB, é de apenas R$ 14,6 bilhões para a construção de empreendimentos exclusivos do programa entre 2007 e 2010. Com esse valor, que representa 4% do montante global previsto para esse tipo de projeto no País todo (R$ 339,6 bilhões), o Rio Grande do Sul ocupa somente a sétima posição entre os estados mais bem contemplados com recursos do principal programa de infra-estrutura do governo Lula. Bahia, Pernambuco e Espírito Santo, por exemplo, com PIBs menores e governados por partidos da base, estão na frente na corrida orçamentária (veja tabela). Os dados são curiosos, em se considerando que a "mãe" do PAC, a ministra Dilma Rousseff, foi criada no estado.

CLIQUE aqui para ler a matéria completa.

Governo Lula quer punir veículo de imprensa ou jornalista que divulgar escuta

Chega na segunda-feira (23) ao Congresso projeto de lei do Executivo que prevê a possibilidade de punição criminal ao veículo de imprensa ou jornalista que divulgar escutas telefônicas, legais ou ilegais, sob segredo de Justiça. O projeto, preparado pelo ministro da Justiça, Tarso Genro, já foi assinado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e deveria ter sido enviado ao Legislativo ontem. Mas a ausência da assinatura da ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, adiou a tramitação, segundo a Secretaria-Geral da Câmara.

. A proposta, que dá nova redação ao Artigo 151 do Código Penal, prevê, aos que transmitirem dados à imprensa, a possibilidade de também serem responsabilizados. A peça foi elaborada a pedido de Lula depois do episódio, revelado pela revista Veja, de grampo ilegal de conversa entre o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, e o senador Demóstenes Torres (DEM-GO).

. A proposta estipula pena de reclusão de 2 a 4 anos e multa para quem "diretamente ou por meio de terceiros" realizar "interceptação de qualquer natureza" - ou seja, grampo - "sem autorização judicial ou com objetivos não autorizados em lei". A pena pode ser aumentada de um terço até metade, se o crime previsto for praticado por servidor no exercício das funções.

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Os casos de Camarano e Ferrigolo não podem ser misturados


Existem duas situações bem distintas nos casos de autoridades públicas gaúchas denunciadas pela revista Veja:

- O secretário Geral, Erik Camarano:
O secretário Geral desfez quando assumiu o cargo, qualquer vínculo que ele e sua empresa de consultoria tinham com a Pólo RS, uma ONG mantida por empresários do RS, cujo objetivo é tocar o desenvolvimento do Estado. Até ali, enquanto ocupou funções típicas de CCs (Cargos em Comissão), a manutenção de vínculos contratuais extraordinários à função pública são defensáveis ética, moral e legalmente - milhares de CCs municipais, estaduais e federais sustentam duplos e até triplos empregos ou contratos de consultoria, o que não é o caso de altas autoridades das administrações federal ou estadual. Em municípios isto é até comum.

- O presidente da Procergs, Ronei Ferrigolo:
Ronei Ferrigolo envolve-se em novo imbroglio, desta vez por ter recebido até o mês passado a quantida mensal de R$ 15 mil, por força do que a Federasul chama de consultoria técnica na área de especialidade do executivo, a tecnologia da informação. A relação foi permissiva e intolerável.

. A Federasul ou qualquer outro órgão associativo empresarial ou não, possui interesses diretos na área governamental e não pode remunerar autoridades por "consultoria técnica", sobretudo no caso de presidentes de estatais do porte da Procergs. Isto não é tolerável ética, moral e legalmente. É caso de demissão ad nutum do funcionário.

PROPOSTAS PARA YEDA

1) Está mais do que na hora do RS contar com um Código de Conduta da Alta Administração Estadual, a exemplo do que já existe no governo Federal (o sr. Pedro Parente, vice da RBS, na época chefe da Casa Civil do governo FHC, foi quem enviou a proposta, aprovada mais tarde pelo Congresso). O RS já inovocou com a Lei Antinepotismo e com a Lei sobre Sinais Exteriores de Riqueza.

2) Da mesma forma, impõe-se a criação de uma Comissão de Ética do Governo Estadual.

- O Código de Conduta e a Comissão de Ética do governo Federal foram criados por um governo tucano, o de FHC. Nada mais coerente do que um outro governo tucano, o do RS, propor algo semelhante no Estado. Ninguém fez isto antes.

OPINIÃO DOS LEITORES

Ronei é lobista

Tens toda razão na tua coluna. Camarano é uma coisa. Ferrigolo é outra. Camarano é um caso tolerável e politicamente correto. Mas, no caso do Ronei Ferrigolo é uma vergonha. Ele é um lobista. Ele é um empresário com grandes "intereses". A PF, o MPF, o MP de Contas já estão de "olho" nele... Espero só o relatório que o Tribunal de Contas está "elaborando" sobre Ronei. Rogério Viana, Porto Alegre, RS.

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