Ele não suportou mais o que chamava de "perseguições politicamente orquestradas" contra ele e a família.
Nas últimas semanas, Plínio Zalewski teve que se defender em pelo menos três ações movidas pelo deputado Marchezan Júnior. O editor consultou os sites do TJ e do TRE, encontrando três processos recentes, um junto a 114a. Zona Eleitoral, outro protocolado na 1a. Vara Cível e um Mandadode Segurança impetrado no Tribunal de Justiça. O réu sempre era Zalewski e ele venceu todas as demandas.
Plínio Zalewski também não suportava mais o "rastreio" das suas atividades por parte de um membro do MBL, que em Porto Alegre apoia oficialmente Marchezan Júnior.
O corpo do dirigente, um dos coordenadores do programa de governo de Sebastião Melo, só foi encontrado na segunda-feira a tarde, porque estava num banheiro que só era usado para eventos. Com ele, foram encontrados uma faca e um bilhete ensanguentado. Plínio começou a vida política no grupo comunista MR8, depois foi para o PT e mais tarde migrou para o PMDB.
A família deu pelo sumiço no sábado e fez registro de ocorrência.
Quem viu e fotografou o bilhete encontrado no banheiro da sede municipal do PMDB, conta que os termos dele são dramáticos. Quase ao final das explicações, estaria este desabafo:
- Espero que agora deixem minha família em paz.
Plínio Zalewski e a mulher queixavam-se de ameaças recorrentes que receberam nos últimos 15 dias, além de atividades invasivas nos seus celulares e computadores. Ele andava muito deprimido, segundo familiares, amigos e colegas.