A estiagem bota o agronegócio num ponto cego


OPINIÃO DO LEITOR

A estiagem bota o agronegócio num ponto cego

Minha família toda mora no RS e parte em SC. Sete secas em 10 anos já é sinal de mudança climática grave numa região do país onde a produção agrícola movimenta a economia. Isso é coisa de menos de 15 anos (neste corte de tempo chegaremos, seguramente, a 10 ou 11 estiagens.Sinal de catástrofe ambiental e, por consequência, econômica e social, que não pode ser vista dissociada das enchentes no litoral de SC e, incrível, no Nordeste (!), depois de termos presenciado seca nos rios da Amazônia (dentre os quais o Rio Uruguai iria figurar com um igarapé).Acredito que as causas estejam para além da La Niña (o fenômeno não é tão recente)..O que dizem os órgãos ambientais sobre a periodicidade das secas (e das enchentes), já que não são fato isolado? Por que não tirar do tabu o desertos que estão se formando no RS??Só debate franco poderá tirar o RS da desertificação (seja verde, seja vermelha) e da miséria. Para onde irão os produtores de grãos - de exploração intensiva que beira a predatória - quando o clima e o solo não permitirem a produção? O subsídio à produção agrícola será transformado em cestas básicas? Ou serão abertas novas fronteiras na Amazônia para agravar mais o desmatamento e a falta de chuvas no sul e sudeste do país?Acredito que o setor agronegócio chegou a um ponto crucial para sua subsistência e de toda a economia periférica. Sizan Luiz, Santa Rosa, RS.

Eis o perfeito manual do repórter (entrevista com Gay Talese)

Clipping
O Estado de S. Paulo
Caderno 2, Cultura

Lúcia Guimarães, vocês conhecem, é aquela jornalista que participa do Manhattan Connection, sempre disposta a elogiar todas as baboseiras para as quais são abertos generosos espaços no Moma, o Museu de Arte Moderna de Nova Iorque. Mas ela é frequentemente muito boa no que faz e por isto vai na íntegra, a seguir, a esclarecedora entrevista que conduziu com o também jornalista Gay Talese, 77 anos, para analisar seu último livro, "Vida de Escritor", no qual analisa os desafios da imprensa na era da internet. Se você for jornalista - e mesmo que não seja - não deixe de ler, porque vale a pena. CLIQUE no endereço a seguir:

http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20090503/not_imp364541,0.php

Saiba como Obama analisou seus 100 dias de governo

O editor estava em Nova Iorque na semana em que a mídia local comemorou os "100 dias de Obama". No domingo, o jornal O Estado de S. Paulo reproduziu uma entrevista de fôlego, de duas páginas, conduzida por David Leonhardt em Washington, onde o presidente Barack Obama contou o que fez e o que pretende fazer. A entrevista foi concedida ao The New York Times Magazine, o Times, como é conhecido em Nova Iorque, a quem emprestou o nome para uma das áreas mais conhecidas da cidade, a Times Square, no borburinho da Broadway.

. Camisetas e todos os tipos de lembranças estão à venda nas pequenas lojas e quiosques, o que certifica o enorme índice de aprovação que Barack Obama continua desfrutando nos EUA. As críticas mais ferozes não partem da mídia impressa, mas da mídia televisiva, sobretudo da Fox.

CLIQUE no endereço a seguir para ler todo o texto da entrevista. Vale a pena. Barack Obama também fala sobre o Brasil. Ele analisa fortemente a crise global. Ela é visível nas ruas de Nova Iorque, conforme constatou o editor. A reação do governo tem sido investir fortemente na infraestrutura e na construção civil.
http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20090503/not_imp364640,0.php

* O editor foi aos EUA pela Japan Airlines.

Problemas de Tarso e Yeda assanham Rigotto

Os ataques de Lula e de Berzoini (PT nacional) a Tarso Genro e da revista Veja a Yeda, inflaram o ego do ex-governador Germano Rigotto.

- Ex-auxiliares de Rigotto no governo já consideram que Rigotto poderá disputar com chances de vitória o Piratini.

A Marcha contra as Famílias e a Sociedade também saiu em Porto Alegre

A carta do dentista gaúcho Claudio Bortowski, ignorada por todos os jornais deste sábado, protestou contra a realização da Marcha da Maconha, realizada as 15h, no Parque da Redenção. Bortowski se insurge contra a autorização dada pelo Ministério Público Estadual para que a marcha saísse, garantindo a "livre manifestação do pensamento". A condicionante imposta pelo MPE: não podia ser feita a apologia do uso da maconha e a maconha não podia ser usada na marcha. Claudio Bortowski não entende como é que atos tipificados como crimes por lei própria possam ser defendidos através de manifestações públicas, sob o pretexto de que a constituição garante a "livre manifestação do pensamento".

. O editor fecha com a posição de Bortowski e seria litisconsorte em qualquer ação judicial intentada por ele contra a realização da marcha, cujo único resultado verdadeiro será incentivar o tráfico e o uso da droga. É de se perguntar por que razão também não são liberadas marchas do gênero para defensores da pedofilia, dos estupros, dos assassinatos em massa e do racismo, desde que "não façam a apologia dos crimes e nem pratiquem os atos durante a marcha" ?


- No Rio, um ministro do governo do PT, um governo com duas caras, Carlos Minc, um verde, participou da Marcha da Maconha. No discurso, cometeu duas espertezas típicas de malandro de morro: 1) a guerra das drogas mata mais do que a overdose. 2) a violência que sofremos deriva do tráfico. O raciocínio esperto revela o que está por trás dele: 1) se a guerra das drogas mata mais do que a overdose, deixemos a overdose em paz. 2) se o tráfico é quem produz a violência, deixemos o consumidor da maconha, do crack, da cocaína ou da heroína em paz. Quem marchou neste sábado nunca se colocou na pele das mães, pais e familiares que acorrentam seus filhos na cama, metem-lhe uma bala na cabeça ou sofrem humilhações indescreitíveis dentro de casa, como assaltos, violência doméstica e cenários de fracasso completo, tudo por conta do tráfico e uso da droga, que começa pela maconha.

Se você quiser, aproveite e mande seu protesto diretamente para o Ministério Público Estadual, via o seguinte campo próprio para conversarcom o Procurador Chefe:
http://www.mp.rs.gov.br/

As fitas de Lair Ferst são uma montagem grosseira contra Yeda

A reportagem de Veja está amplamente disponibilizada nesta página desde ontem de manhã. Caso o editor fosse petista e a denúncia tivesse ocorrido contra o então governador Olívio Dutra, nada seria publicado neste espaço, mas não é o caso.

. Quanto a denúncia em si, tudo o que está ali já foi divulgado mil vezes em prosa e verso, mas o fato novo são as fitas terem finalmente aparecido.

. Sobre as fitas:

1) o que foi entregue para a revista Veja, é a reprodução de gravações ao velho estilo feijosista, desta vez sob o comando do lobista gaúcho Lair Ferst, réu no caso da roubalheira do Detran, que montou sucessivas conversas de bar em outubro do ano passado, tendo por interlocutor seu velho companheiro de negócios e noitadas, o ex-representante do governo gaúcho em Brasília, Marcelo Cavalcante.

2) as gravações demonstram o serviço ingênuo, inocente e despreendido dos lobistas Ferst e Lair, que buscaram recursos financeiros a mando de Yeda e os entregaram ao marido de Yeda, os verdadeiros infratores, sem que nenhum dos dois tivessem por objetivo o uso de parte deles ou a obtenção futura de vantagens.

. As acusações mais graves do material, foram avalisadas pela publisher (revista Srs. & Sras.) Magda Koenigkan, mulher de Marcelo. Magda decidiu falar, embora tema perder anúncios de governos ligados a Yeda, sem se referir em momento algum ao favor que estava prestando aos governos ligados aos adversários de Yeda, no caso os governos que controlam as verbas publicitárias da Petrobrás, Banco do Brasil e Caixa, muito mais suculentas.

. O que dizem as principais denúncias: 1) requentam pela enésima vez as dúvidas sobre a compra da nova casa da governadora, que teria sido paga com parte de recursos de caixa 2 da Alliance One e CTA, negados por ambos (a Alliance One deu dinheiro por dentro e a CTA não deu nada), assunto investigado e considerado lícito pelo Ministério Público Estadual e TCE. 2) envolvem o Sicepot (empreiteiros de obras públicas) em ações de irrigação de dinheiro de caixa 2 para a campanha de Yeda, o que explica a razão pela qual Ruas e Luciana Genro se referiram ao empresário Humberto Busnello, porque ambos imaginaram que Busnello seria o presidente do Sicepot. Aliás, Veja, prudentemente, como também Genro e Ruas, não se refere a Busnello e Aod Cunha, que processam os dois parlamentares no sTF

. E as outras fitas ? O editor imaginava que o material em poder da deputada Luciana Genro e do vereador Pedro Ruas, entregue há quatro semanas para a revista Veja (Ruas viajou há quatro semanas em "missão especial", curiosamente, há quatro semanas), contivesse gravações parecidas com aquelas que ambos divulgaram há tres meses: 1) conversas com imagens entre financiadores e agentes da campanha eleitoral tucana, pegos em flagrantes ilícitos eleitorais. 2) grampos telefônicos entre financiadores e agentes da campanha eleitoral tucana, revelando ações eleitorais ilícitas e troca ilegal de favores presentes ou futuros. O que foi divulgado não diz nada, porque apenas revela a que ponto podem chegar bandidos ameaçados de prisão.

- O que vai acontecer: 1) as fitas serão encaradas como realmente são, ou seja, uma montagem grosseira, editada previamente, articulada entre dois lobistas que desejavam livrar a cara e armar um trunfo futuro para si mesmos, sem prova alguma sobre a conversa de bar. 2) as pressões ficarão maiores pela liberação das outras fitas em poder de Veja. 3) a oposição usará mesmo assim o material montado e ficará mais capaz de demarrar a CPI da deputada Stela Farias, mas não obterá êxito porque o governo está muito mais forte. 4) os pontos centrais das conversas montadas traiçoeiramente por Lair Ferst, já foram esclarecidos pelo MPE e TCE, mas os demais pontos poderão ser objeto de ações próprias no âmbito da Procuradoria Geral da República, caso ela receba denúncias consistentes (pelo menos com provas, mesmo testemunhais ou de delação premiada) do MPF. 5) a polícia de Brasília terá que investigar a denúncia da governadora Yeda Crusius, segundo a qual a publisher Magda Koenigkan induziu seu marido ao suicidio.
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