Erenice Guerra, ex-ministra-chefe da Casa Civil do primeiro governo Dilma, do qual foi demitida após denúncias de tráfico de influência para beneficiar seu filho, admitiu à Polícia Federal ter firmado parceria com o então conselheiro do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf), José Ricardo da Silva, para resolver uma “grande dívida tributária” da empresa chinesa Huawei. O depoimento, que aconteceu no âmbito da Operação Zelotes, foi prestado em dezembro, mas tornado público somente hoje.Ela disse que não via impedimento no fato de José Ricardo advogar contra o órgão para o qual trabalhava. Erenice contou ter levado o lobista Alexandre Paes dos Santos (que está preso) para um encontro com Fernando Bertin, do grupo Bertin. Em também não se recordar se a procuração para atuar com José Ricardo foi protocolada no Carf e quem custeou a passagem para encontrar Bertin.
Erenice negou irregularidades, mas admitiu ter recebido pedido de seu irmão para que indicasse José Ricardo para o conselho do Carf. Sustentou não ter influência no Ministério da Fazenda, mas, confrontada com e-mail no qual fez uma indicação para outro conselho da pasta, afirmou não se lembrar.












