As críticas do presidente do Supremo Tribunal
Federal (STF), Joaquim Barbosa, ao não pagamento do piso nacional do
magistério pelo governo do Rio Grande do Sul causaram desconforto no Palácio
Piratini, segundo informou esta noite o site www.zerohora.com.br Leia todo o texto:
No fim da tarde desta segunda-feira, o secretário
estadual da Educação, Jose Clovis de Azevedo, concedeu entrevista
para esclarecer que o governo não entrou com Ação Direta de
Inconstitucionalidade (Adin) contra o piso em si, mas contra o seu índice de
correção, considerado impagável.
"RS não é um Estado pobre", diz Barbosa
A artilharia de Barbosa foi disparada durante
a Conferência Global de Jornalismo Investigativo, no Rio de Janeiro, na
manhã desta segunda-feira. Ao todo, seis governadores de diferentes Estados são
os autores da Adin. O ministro afirmou que o tema já foi alvo de apreciação do
STF, com decisão favorável à legislação.
— Nós já julgamos, eu inclusive fui o relator, uma outra
Adin contra a lei do piso. Foi uma proposição de vários governadores. O Supremo
disse: 'A lei é constitucional. Os governos têm de pagar' — ressaltou.
Depois, o ministro criticou especificamente o governo do
Rio Grande do Sul.
— Alguns estados já pagam. Mas outros,
surpreendentemente, alguns governadores dos quais não se esperava isso, se
recusam terminantemente a pagar o piso, como é o caso, por exemplo, do Rio
Grande do Sul, que não é um estado pobre — alfinetou Barbosa.