Depois de assistir a invasão de calçadistas gaúchas em seu território, passar a disputar o mercado mundial com os brasileiros, a China parece agora disposta a se instalar diretamente no Brasil. De acordo com o
consultor da empresa chinesa Fluxo Confecções no RS, Vanderlei Silva, que falou para o jornal Zero Hora nesta sexta-feira, foi mesmo adquirido um prédio de 10 mil metros quadrados no município de Campo Bom, que servirá como depósito e centro de
distribuição dos calçados que já são produzidos em ateliês da região. Ele não
confirma que a área de 40 mil metros quadrados junto à RS-239 abrigará uma
linha de produção, mas a Abicalçados desconfia que é esta a intenção dos chineses.
. Saiba mais, no texto do jornal, copidescado pelo editor, que pinçou os trechos mais importantes:
. O projeto apresentado na prefeitura de Campo Bom,
entretanto, prevê futuramente a instalação de linhas de produção de calçados e
também de roupas. Sem revelar o valor do investimento, a Fluxo projeta um
faturamento entre R$ 45 milhões e R$ 50 milhões, anualmente.
. O sapato chinês é um dos principais inimigos da indústria
calçadista brasileira, que desde 2004 tenta dificultar a entrada de produtos da
China no mercado nacional. Atualmente, o Brasil cobra uma tarifa antidumping de
US$ 13,85 para cada par importando do gigante asiático. O temor da Abicalçados
é que uma fábrica na região aumente, o que a entidade chama de atitude desleal,
e prejudique a produção das empresas locais.
. A empresa, que atua no mercado nacional há uma década já
é conhecida no Vale do Sinos por montar sapatos com cabedais a parte superior do calçado vindos da China. A Fluxo afirma que concentrará em Campo
Bom toda a sua produção. Atualmente, os calçados são direcionados a um depósito
no Paraná para, posteriormente, ser distribuído no mercado interno.
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