O Procurador da Lava Jato falará as 23h no Manhattan Connection

O procurador Deltan Dallagnol, coordenador da Lava Jato, estará hoje no Manhattan Connection, na GloboNews, 11 da noite.

Dilma manda Edinho aliciar Eduardo Cunha

A revista Veja desta semana revela que Dilma mandou seu ministro da Comunicação, Edinho Silva, até a casa do deputado Eduardo Cunha, quinta-feira, para tentar um acordo e escapar do impeachment.

PT e PCdoB entram no desespero e tentam usar STF para violar Constituição e proteger dilma

Mandados de segurança entregues na sexta-feira ao STF pelos deputados Rubens Pereira Júnior (PCdoB-MA) e Wadih Damous (PT-RJ) questionam ritos seguidos na Câmara pelo presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), quando respondeu questão de ordem sobre como seria o rito de cassação da presidente por crime de responsabilidade. Cunha teria usado em sua resposta elementos que não estariam na lei, segundo os parlamentares. 

Uma terceira ação foi protocolada no Supremo pelo deputado Paulo Teixeira (PT-SP).

Dilma voltou neste domingo a Brasília, leia abaixo, para reduzir o tamanho da cirse política. 

Ronaldo Caiado pede prisão imediata de Lula

Senador do DEM comenta reportagem do colunista Lauro Jardim, do Globo, que publicou denúncia envolvendo o nome do filho do ex-presidente na Lava Jato, e diz que "fato novo é grave e merece uma investigação profunda e aberta. Só assim podemos acelerar a prisão do cabeça de todo o esquema do petrolão"

Dilma volta repentinamente a Brasília. Crise política agudiza. Eduardo Cunha jogará Dilma aos leões nesta terça-feira.

Menos de 24 horas durou a permanência de Dilma Roussef em Porto Alegre. Ela chegou no sábado e neste domingo, as 15h30min, já estava no Palácio Alvorada.

Dilma pretendia passar o feriadão com a família.

A crise política está cada vez mais aguda e ficará pior esta semana, porque o presidente da Câmara, acuado pelo Procurador Geral da República e aliado do governo, Rodrigo Janot, dará o troco nesta terça-feira, decidindo monocraticamente o início de processo de impeachment contra Dilma. Ele tem essa prerrogativa, embora possa também negar tudo, o que não será o caso. Fazendo isto, Eduardo Cunha sairá do canto do ringue, retomará a iniciativa e jogará Dilma aos leões - com seus aliados.

Leia o manifesto tucano contra a intervenção federal no PSDB do RS

O movimento tucano gaúcho PSDB Democrático, que contesta a intervenção federal no Partido do RS, vai abrir sede própria na segunda-feira e lançará manifesto em favor da democracia interna e pela realização imediata de convenções estadual e municipal.

Adesões com Fábio Correa (51) 9127-2658

Leia o manifesto:

MANIFESTO AO POVO RIO-GRANDENSE

“Na defesa dos princípios estatutários e do exercício da democracia interna, nasce um novo Movimento no PSDB do Rio Grande do Sul”.

Convencidos de que,  a despeito do exercício da democracia interna desde a fundação, em 1988, o PSDB do Rio Grande do Sul se encontra:

- perplexo, porque a Comissão Executiva Nacional patrocinou intervenções infundadas no Diretório Estadual e dezenas de Diretórios Municipais, incluindo Porto Alegre, Caxias do Sul, Novo Hamburgo, Canoas, Passo Fundo e São Leopoldo;

- angustiado com a falta de perspectiva do exercício da democracia interna no âmbito do PSDB/RS;

- chocado com o espetáculo de autoritarismo da atual Comissão Provisória nomeada para comandar o PSDB/RS;

- desiludido com os atos de perseguição política a filiados que não concordam com a cassação dos direitos dos filiados eleger seus representantes nos órgãos partidários;

- descrente com líderes partidários que não correspondem ao voto de confiança recebido do eleitorado e/ou se omitiram em relação ao autoritarismo vigente o PSDB do Rio Grande do Sul;

- preocupado com a participação do PSDB nos futuros pleitos eleitorais, especialmente em 2016 e 2018, e nos movimentos contra a corrupção e os desgovernos do PT;

Anunciamos a fundação do Movimento “PSDB Democrático” e convocamos os filiados do Estado do Rio Grande do Sul para prosseguir a luta pela redemocratização partidária, com energia redobrada, de forma pacífica e através da via estatutária.

O novo Movimento nasce longe das benesses oficiais, dos projetos pessoais de poder e do autoritarismo, mas perto do pulsar das ruas, tendo como princípios e objetivos:

- cumprir e defender o Estatuto do PSDB;

- lutar contra as violações da democracia partidária, dos princípios programáticos e das normas estatutárias, contra qualquer tentativa de retrocesso a situações autoritárias

- participar ativamente da vida do Partido e de suas atividades;

- participar do processo de decisão partidária, manifestar pontos de vista nas reuniões, denunciar irregularidades ou defender-se de acusações ou punições;

- participar assiduamente das reuniões dos órgãos partidários a que pertencer, das atividades realizadas e das campanhas políticas e eleitorais dos candidatos do Partido;

- cumprir e fazer cumprir as deliberações das instâncias do PSDB e do Movimento;

- manter conduta ética, pessoal e profissional, compatível com as responsabilidades partidárias, particularmente no exercício do mandato eletivo e de função pública;

- votar, apoiar e empenhar-se nas campanhas dos candidatos do Partido a cargos eletivos, especialmente aqueles apoiados pelo Movimento;

- manter relações de urbanidade e respeito com os dirigentes partidários, os detentores de mandatos eletivos e os demais filiados;

- pagar pontualmente a contribuição financeira estabelecida, na forma regulada no Estatuto e Regimento Interno do Movimento, e participar das campanhas de arrecadação de fundos.

- cumprir com exação as suas funções nos órgãos partidários, no Movimento e para os quais tenha sido eleito.

Saiba como a Odebrecht plantava informações falsas na mídia

O jornalista Murilo Ramos, revista Época de hoje, informa na sua coluna Expresso que Marcelo Odebrecht planejava divulgar informações falsas sobre sua empresa. A Odebrecht e a Braskem, sabidamente compravam e compram serviços de jornalistas, blogs e revistas, tudo para buscar blindagem, fazer lobby e obter vantagens. 

A mídia e os jornalistas amigos são do mesmo quilate de delegados que Marcelo considerava aliados nas suas trampas.

Leia tudo:

A Polícia Federal apreendeu na sede da Odebrecht e-mails que revelam uma faceta ainda inédita de Marcelo Odebrecht: plantador de falsas notícias. Às 21h40 do dia 31 de janeiro de 2015 , ele encaminhou e-mail a executivos da empresa propondo a criação de um “dossiê” com informações erradas sobre a empreiteira, que pudessem “destruí-la”. Ato contínuo, orienta-os a encontrar alguém que pudesse entregar o tal dossiê a ÉPOCA numa “quinta-feira de manhã (para não dar muito tempo de checar)”. Marcelo Odebrecht queria que ÉPOCA publicasse reportagem com informações do tal dossiê falso. Seu objetivo era “desmoralizar” a revista. Às 21h48, ele encaminha outro email recomendando a produção de informações e contra-informações para proteger a empresa. Marcelo conclama seus funcionários: “Precisamos partir para uma guerra de guerrilha!”. A Odebrecht não negou os emails, mas diz que deles não resultou uma “ação concreta”. Se houve dossiê, nunca chegou a ÉPOCA.


Uma das pessoas para quem Marcelo Odebrecht encaminha os e-mails é Sérgio Bourroul, diretor de comunicação da Odebrecht. Em 2014, Bourroul foi premiado pela Associação Brasileira de Comunicação Empresarial (Aberje) como um dos "comunicadores do ano".

Sérgio Moraes, PTB, será candidato em Santa Cruz, mas enfrentará prefeito bem avaliado, Telmo Kirst, PP

Santa Cruz do Sul, via WhatsApp

O jornal Gazeta do Sul informa neste domingo que o deputado federal Sérgio Moraes, PTB, será canidato a prefeito nas eleições do ano que vem.O município gaúcho tem 90 mil habitantes.

A ex-mulher de Sérgio, Kelly Moraes, disputará uma cadeira na Câmara de Vereadores.

O atual prefeito, Telmo Kirst, PP, é muito bem avaliado.

Sérgio e Kirst não costumam perder eleições.

PSDB Democrático quer Marchezan Júnior fora do cargo de interventor federal no Partido do RS

Nesta terça-feira a noite, em Porto Alegre, o grupo PSDB Democrático lançará manifesto contra a intervenção federal nos diretórios estadual e metropolitano do Partido.

Os tucanos querem que o interventor federal, Nelson Marchezan, saia do cargo, e que a Execvutiva Nacional convoque e realize novas eleições.

O interventor federal já empossou seu interventor em Porto Alegre, Jorge Gobbi. Ele já recebeu as chaves do diretório.

Eduardo Dias da Costa Villas Bôas ao jornal Zero Hora "Não há possibilidade de intervenção militar"

Não é muito comum militares da ativa falarem francamente sobre assuntos políticos e sociais, mas nas últimas semanas eles são cada vez mais solicitados a fazer isto, até porque diante da crise política e econômica muitos grupos de pessoas passaram a clamar por nova intervenção castrense.

A entrevista a seguir do general Eduardo Villas Bôas ao jornal Zero Hora, deixa claro que o Exército não trabalha com a hipótese de intervenção militar na crise. Natural de Cruz Alta, aos 63 anos o general lidera um efetivo de mais de 200 mil homens.

A entrevista foi concedida a Guilherme Mazui e vale a pena ler com atenção:

Ao escolher o general Eduardo Dias da Costa Villas Bôas para comandar o Exército, a presidente Dilma Rousseff optou por um militar de perfil conciliador e de posições firmes. VB, como lhe chamam os amigos, é franco ao dizer que o Brasil “não se deu conta” da relevância da Amazônia, tampouco esconde preocupações com os cortes de orçamento que ameaçam projetos estratégicos das Forças Armadas. E assegura que não há chance de intervenção militar.

Natural de Cruz Alta, casado, três filhos e três netos, aos 63 anos Villas Bôas lidera um efetivo de mais de 200 mil homens. Desde fevereiro, exerce a principal função de uma carreira eclética, que se iniciou em 1967. Com origem na arma de Infantaria, foi instrutor, adido militar na China, chefe da assessoria parlamentar do Exército e Comandante Militar da Amazônia. Em 2014, respondia pelo Comando de Operações Terrestres, com atuação na estratégia de defesa da Copa do Mundo.

Na última terça-feira, oito meses depois de assumir o Comando do Exército, Villas Bôas recebeu ZH para uma conversa em seu gabinete, em Brasília. Chimarrão à mão, falou sobre Comissão Nacional da Verdade, mudanças no Ministério da Defesa e a crise política que o país vive.

Qual o futuro do Exército?

O Brasil tem uma problemática de defesa complexa. Em pleno século 21, metade do território não está integrada ao desenvolvimento, com espaços vazios onde as Forças Armadas são a única presença do Estado, única alternativa de atendimento básico da população. Atuamos com a estratégia da presença. Por outro lado, o Brasil é uma das maiores economias do mundo, pleiteia assento no Conselho de Segurança da ONU (cinco países – China, França, Rússia, Estados Unidos e Reino Unido – têm cadeira permanente no colegiado voltado à resolução de conflitos, com direito a veto) e precisa de capacidade de projetar poder e influência. O país precisa de Forças Armadas com alto conteúdo tecnológico. Ao mesmo tempo em que temos de ser um Exército moderno, temos de ser um Exército de colonização.

Para ser moderno é preciso investimento. Os cortes de orçamento afetaram projetos estratégicos, como o Guarani (compra de blindados) e o Sisfron (Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteiras)?

Os projetos estratégicos foram afetados com cortes de 40%. Nenhum foi cancelado, mas o ritmo foi alongado. Se imaginou que seria um soluço, mas hoje se sabe que o ano que vem será difícil, talvez 2017 também. No caso do Guarani, a empresa se preparou para produzir cem blindados por ano, mas se reestruturou para fazer 60. Se a gente não conseguir manter isso, perderemos recursos humanos. A tecnologia não fica em prateleira.

Jovem trans tem dados vazados após alistamento militar: "Medo de alguém querer me matar"

O Sisfron é um sistema para melhorar o controle da fronteira (era previsto investir R$ 12 bilhões em 10 anos). Sua implementação será alongada?

Estima-se que 80% da criminalidade urbana seja ligada ao tráfico de drogas. Pagamos o preço que nenhuma guerra cobra. Morrem por ano 54 mil pessoas assassinadas no Brasil, cem mulheres são estupradas por dia. É impressionante. Para mudar o quadro, é fundamental melhorar o controle da fronteira, que tem quase 17 mil quilômetros. Fisicamente, é impossível vigiar a fronteira, é preciso muita tecnologia aplicada. E o Sisfron foi a resposta para isso.

Mas quando o sistema de monitoramento estará pronto?

A previsão inicial era implementar em 10 anos, a partir de 2012. No ritmo que vinha, a conclusão seria em 2035, mas, com o ritmo de orçamento desse ano, vai para 2060. O Sisfron é resposta para muitos problemas que as autoridades precisam dar solução. De todos os projetos estratégicos, é o mais necessário para sociedade.

O período do país é conturbado por causa de uma crise política, algumas pessoas pedem intervenção militar constitucional. Isso existe?

Até queria saber como se faz uma intervenção militar constitucional. Isso não existe. Não interpreto isso como desejo de volta do governo militar, mas como a volta dos valores que as instituições militares representam. A sociedade perdeu disciplina social, senso de autoridade. O professor deve entrar na sala investido de autoridade, mas isso não é reconhecido, por exemplo. Ainda pesa uma imposição do politicamente correto.

Um novo golpe não está em gestação?

No aspecto legal, não há possibilidade de intervenção militar, golpe, nada disso. Quando me perguntam o que os militares vão fazer, digo: está escrito no artigo 142 da Constituição. Pautamos a postura do Exército para contribuir na estabilidade. Nossa crise é de caráter econômico, político e ético, mas as instituições funcionam, vamos sair da crise. Pautamos também a legalidade, todo e qualquer emprego do Exército tem de estar respaldado na legislação, e a legitimidade. Por fim, exigimos coesão, o Exército como um bloco monolítico. Não podemos permitir qualquer tipo de fissura na estrutura e no pessoal da ativa ou reserva.

Há coesão mesmo na reserva, que costuma ter posicionamentos mais polêmicos?

Muita, mas sempre há uma declaração ou outra, o universo é grande. Há pluralidade. O Brasil tem instituições consolidadas, é um país complexo, com sistema de pesos e contrapesos que dispensa a sociedade de ser ter tutelada.

No ano passado, saiu o relatório da Comissão Nacional da Verdade. Há críticas de que as Forças Armadas não cooperaram com as investigações, e avaliações de que foi uma comissão da “meia verdade”. Qual a sua opinião?

No início, houve um entusiasmo para esclarecer tudo o que ocorreu. Depois, houve uma frustração da nossa parte quando a comissão se limitou no tempo em relação ao que foi criada (para apurar violações de direitos humanos entre 1946 e 1988) e no campo de atuação, investigando somente os órgãos de Estado. O Exército cooperou, tudo o que foi instado a fornecer foi feito dentro do limite da lei. Apresentaram o relatório e consideramos o assunto superado.

O relatório reconciliou o país?

Espero que sim. Como não houve apuração dos dois lados, sempre ficam questões latentes. A gente considera superado. Veja só, temos um ministro da Defesa do partido comunista (Aldo Rebelo, do PC do B), já vencemos essas etapas históricas. A expectativa é a mais positiva possível para o ministro Aldo, que teve atuação parlamentar ligada a temas que nos dizem respeito, como Amazônia e soberania. Ele tem um viés nacionalista que nos identifica.

Ao falar da fronteira, o senhor citou números de uma guerra urbana. O Exército deve auxiliar na segurança pública?

A Constituição e as leis complementares são claras sobre e o emprego das Forças Armadas quando se verifica incapacidade e falência dos órgãos com responsabilidade para atuar. Esse emprego deve ser episódico e limitado no tempo, porque a estrutura e o preparo do Exército não são moldados para isso. No Complexo da Maré e do Alemão, no Rio, ou mesmo no Haiti, não é o Exército que vai resolver. A Força visa criar estabilidade e proporcionar condições para que outros órgãos implementem medidas que mudem a realidade do ambiente.

A presença no Rio deu resultado?

Na Maré, quase nada foi feito por outros órgãos de Estado, até por dificuldades que todos os governos vivem. O que vai resolver não é o Exército. Os outros vetores mudam a realidade.

No Haiti, qual o saldo depois de 11 anos de missão (Missão das Nações Unidas para a Estabilização no Haiti, a Minustah)?

A contribuição é enorme, mas será que o Haiti está em condições de andar pelas próprias pernas? Pegamos a fase inicial, que foi muito violenta, pegamos dois furacões e o terremoto. Muito foi feito, mas não o suficiente. Estão ocorrendo eleições no Haiti, e espera-se que se consolide uma normalidade política. No próximo ano, a previsão é sair do Haiti.

O Exército vai atuar na estratégia de defesa da Olimpíada. Muda muito em relação à Copa?

A Olimpíada é muito mais complexa. Cada modalidade é uma Copa do Mundo. Temos muitas Copas simultâneas em um espaço de tempo restrito. A questão do terrorismo preocupa. O Brasil não tem tradição de terrorismo, mas os Jogos Olímpicos têm.

Como evitar um ataque terrorista?

Exige atenção redobrada. A essência do terrorismo não é o combate ao terrorista, mas impedir que o terrorismo ocorra. Todas as medidas de segurança e inteligência são tomadas. Haverá um trabalho intenso na fronteira. Estamos preparados, devemos empregar entre 18 mil e 20 mil homens só do Exército.

Alguns especialistas dizem que o Brasil não teria condições de responder a uma guerra. É uma constatação correta?

É preciso entender o papel das Forças Armadas. O papel essencial é da dissuasão. Quando a Força é empregada é porque algo falhou. A dissuasão não pode ser um blefe, exige capacidade operacional reconhecida. Daí, a necessidade de prosseguirmos com os grandes projetos estratégicos, como o submarino nuclear, a aviação de caça, os blindados.

Seu pai era militar (Antônio Villas Bôas foi coronel do Exército). Pesou na escolha da carreira?

Influenciou, porque vivi um ambiente militar. Também tive infância ligada ao campo, em Cruz Alta, onde a família da minha mãe tinha fazenda. O papa João Paulo II dizia que ninguém é universal se não amar a própria aldeia. Minha aldeia é Cruz Alta, meu lastro afetivo vem de lá.

O senhor ingressou no Exército em 1967. Pegou o início do regime militar, a redemocratização, governos tucanos e petistas. O Exército mudou em quase 50 anos?

Tem gente que diz que o Exército mudou, mas sempre foi o mesmo porque os valores de hierarquia e patriotismo são os mesmos. O Exército tem cultura apegada às tradições e valores, e isso estabelece o desafio de preservar a cultura e evoluir ao mesmo tempo.

Sua trajetória ficou marcada pela atuação na Amazônia. O que aprendeu lá?

Minha carreira tem dois períodos. A primeira parte foi em torno da Academia das Agulhas Negras, onde fui instrutor, e, depois, em torno da Amazônia. O exercício da profissão militar na Amazônia tem sabor diferente. A Amazônia é um passivo geo-histórico que o Brasil tem. Ela tem papéis importantes, e o Brasil não se deu conta.

Por que não seu deu conta?

Inicialmente, pelas dificuldades de caráter econômico e pela área de difícil acesso. Hoje, tem o problema do politicamente correto, o país se deixou aprisionar, não viabiliza ações na Amazônia para explorar recursos preservando, com foco no desenvolvimento da população. A história mostra que subdesenvolvimento é sinônimo de dano ambiental. Enquanto não se oferecer alternativas à população para que deixe de derrubar, vai ser difícil.

É um risco quando organizações internacionais dizem como proceder na Amazônia?

Há uma tentativa de quase congelar a Amazônia, um ambientalismo fundamentalista. Ficamos imobilizados para qualquer investimento. O Brasil é um país com dificuldades na produção de energia, nosso grande potencial ainda está na Amazônia, só que não se pode construir grandes reservatórios. As usinas não produzem energia no potencial máximo. Com isso, continuamos queimando carvão e petróleo e emitindo gases de efeito estufa.

O senhor foi adido militar na China. Trouxe boas ou más lições?

Morei há 21 anos na China, quando o PIB do Brasil era maior. Veja o que é o sentido de projeto, a capacidade de planejamento. O Brasil das décadas de 30 a 80 foi o país do mundo que mais cresceu, mas cometemos um erro. Durante a Guerra Fria, permitimos que o Brasil perdesse a coesão. É urgente recuperar o sentido de projeto. É plausível que a gente volte a viver uma Guerra Fria, não mais com base em ideologias tradicionais. Qualquer confronto tem fundo econômico, mas se reveste de outros aspectos para ter legitimidade.

Uma nova Guerra Fria?

Podemos ver China e Estados Unidos disputando recursos naturais. O Brasil precisa recuperar a coesão e impor os nossos projetos. Daí, a importância da Lei de Anistia, da Comissão da Verdade. Essas coisas precisam ser superadas para termos coesão nacional.

Em momento de corte de gastos, é adequado manter o pagamento de pensões como as pagas a filhas de militares?

Quando foi concedido o benefício, era outro contexto social e econômico. Hoje, só mantém as pensões quem tem direito adquirido, que não se pode mexer. As novas gerações já não têm essa pensão. Então, a tendência é equilibrar contribuição e gasto médio.

A Justiça Militar justifica seu custo? E necessário um foro para militares?

Algumas pessoas acusam que é muito cara, pois a comparam com a Justiça comum. Mas é fundamental para a preservação da disciplina e precisa existir em razão de questões da atuação do Exército. Se trabalha no sentido de aumentar o escopo de atuação da Justiça Militar. Um militar é transferido, ele entra na Justiça comum para não ser transferido e a decisão leva um tempo enorme. A ideia é de que esse tipo de caso vá para a Justiça Militar.

O senhor é descrito como um militar de diálogo. É o seu jeito de comandar?

O general Leônidas (Leônidas Pires Gonçalves, ex-ministro do Exército, morto em junho) costumava dizer que hoje o exercício da profissão é mais difícil porque mecanismos de controle são maiores. Só hierarquia não é suficiente para tocar um empreendimento militar. Tem aquele estereótipo do militar carrancudo, para o qual durante a história os militares contribuíram, mas é um estereótipo que não corresponde mais à realidade.

Costuma-se falar na “solidão do comando”. É solitário comandar o Exército?

O comandante carrega a mochila da responsabilidade. Digo ao pessoal que trabalha comigo “não me deixem errar”, mas sei que a decisão é minha. É um peso, mas não sinto solidão. Sempre há grande receptividade. O único problema é orçamento e vencimento (folha salarial).

Há perspectiva de reajuste nos salários?

Havia perspectiva de escalonar um aumento a partir de janeiro, que foi postergada em sete meses. O problema é que a situação econômica é grave, isso nos aflige.

O Rio Grande do Sul tem forte presença militar. O futuro do Exército no Estado indica manter a presença ou levar unidades para outros lugares do país?

A confrontação estratégica do Prata, que ocorreu na colonização e após os processos de independência, resultou em um adensamento do dispositivo militar no Sul. Com o advento do Mercosul, a prioridade estratégica mudou para Amazônia. Em 1986, tínhamos efetivo de 6 mil militares na Amazônia, hoje temos 28 mil. No Sul, estamos preocupados com orçamento, talvez tenhamos de cortar unidades.

Vão fechar unidades no Estado?

Fechar unidades, o que é um processo traumático e doloroso. Temos de nos adequar ao limite do orçamento. O Comando Militar do Sul se diz “A Elite do Combate Convencional”, nossa força de blindados está lá. Santa Maria está se tornando um polo de defesa em razão da proatividade das lideranças, prefeito, empresas, universidades. Podemos diminuir quantitativamente no Estado, mas vamos evoluir qualitativamente.

Os cortes estão definidos?


São estudos em andamento. Definimos que o Exército fará redução de efetivo paulatina na ordem de 5% ao ano, mas não definimos até onde vai a diminuição. Mudanças importantes vão acontecer, e até o próximo ano teremos as definições.

Rodrigo Janot já tem delações de Fernando Baiano contra Lulinha, Lula, Palocci e Dilma. O que fará com elas ?

CLIQUE AQUI para ler, também, "Cálculos na tormenta", de Igor Gielow, Folha de ontem. 
CLIQUE AQUI para ler, igualmente, "Soberba, autoritarismo, incompetência", editorial do Estadão de sábado. 


O Procurador Geral da República, Rodrigo Janot, já dispõe da íntegra da delação premiada de Fernando Baiano, apontado há oito meses como o grande lobista do PMDB, em nome do qual roubava dinheiro das empreiteiras que por sua vez roubavam dinheiro da Petrobrás.

Roubo, no caso, é verbo usado eufemisticamente, porque nos casos havia acordo entre todos para meterem a mão em dinheiro alheio.

Acontece que os vazamentos ocorridos até agora não mostram pecados mortais contra líderes do PMDB e nem sequer contra Eduardo Cunha, que segundo a mídia comprada seria detonado pelo lobista.

O que Rodrigo Janot tem em mãos são denúncias comprovadas de dinheiro sujo entregue ao filho de Lula e mais R$ 2 milhões de dinheiro sujo entregue a Antonio Palocci para a campanha de Dilma Roussef.

Baiano diz que pagou contas de filho de Lula

Resta saber o que dirá sobre isto o Procurador Geral da República, porque quando ele trata de Lula, faz isto com reverência obsequiosa e evita constrangê-lo, ao contrário do que faz com Eduardo Cunha, escolhido como único alvo de seus vazamentos seletivos, o que tem ajudado Dilma a desgastar a autoridade que poderá dar curso ao pedido de impeachment contra ela.


O jornalista começou sua carreira na Rede Globo com um furo nacional na edição deste domingo do jornal, conforme mostra manchete ao lado. Lauro Jardim trabalhou 17 anos na Veja, assinando a coluna Radar. Esta semana, ele foi substituído pela jornalista Vera Magalhães, que assinava coluna política na Folha.

A revelação bota mais fogo na fogueira que crepita sobre Lula e boa parte da sua família, todos envolvidos em grossas denúncias de corrupção e trapaças.

Segundo nota publicada pelo jornalista Lauro Jardim, em sua estreia no jornal O Globo, a delação premiada do lobista Fernando Soares, conhecido como Fernando Baiano, envolveria o filho do ex-presidente Lula, Fábio Luis Lula da Silva; no acordo, homologado pelo ministro Teori Zavascki, ele teria dito que arcou com despesas de Fábio Luis, estimadas em cerca de R$ 2 milhões; graças a essa delação, Baiano deve sair da prisão no dia 18 de novembro e poderá voltar a viver em sua cobertura de 800 metros quadrados na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro; delação garantiu liberdade

Ex-ministro do STF diz que caminho para impeachment estará “aberto” se Congresso rejeitar contas

O ex-presidente do STF, Sydney Sanches, afirmou na última sexta (9) que a presidente Dilma Rousseff poderá sofrer um processo de impeachment se o Congresso aceitar a recomendação do TCU e rejeitar as contas do exercício de 2014.

Em entrevista ao “Broadcast Político” do “Estadão”, o ex-ministro afirmou que a eventual rejeição caracterizaria um crime de responsabilidade por parte da presidente.


Sanches acredita que ainda não há clima para o impeachment, pois faltaria “pressão popular” e não haveria nenhum político disposto a assumir o país em meio à crise econômica. 

“No fundo, todos têm medo disso. Vão passar para a história como culpados também do problema”, afirmou.

Artigo, Francisco Ferraz, Estadão - A função da substituição institucional

Há algumas semanas, em artigo neste espaço, afirmei que o sistema político brasileiro não está preparado para lidar com uma crise da magnitude e complexidade da que vivemos. Se há uma marca típica desta crise, é a absoluta predominância dos interesses pessoais e partidários que se sobrepõem despudoradamente sobre os interesses nacionais.
Entre outras perdas que este processo de crises acumuladas acarreta, encontra-se a inviabilização do exercício da função de substituição institucional. Essa função, atributo de democracias estáveis, é invariavelmente ausente em democracias instáveis. Ela consiste na capacidade de uma instituição de assumir a defesa de valores ou funções indispensáveis à vida social organizada, que as organizações responsáveis por eles deixaram de proteger, por motivos políticos.
Karl Polanyi, na sua obra clássica The GreatTransformation, analisa, de maneira notavelmente original, a revolução industrial na Inglaterra detalhando como se deu esse processo ao longo do século 19. Quem defende a sociedade e os segmentos populacionais dos desajustes sociais gerados pela industrialização, quando as organizações que deveriam defendê-los se revelam incapazes de ou desinteressadas em fazê-lo?
Em situações como essas, pode acontecer que outros segmentos da população ou mesmo outras organizações protejam – por interesse ou por motivos políticos – aqueles que não dispõem dos meios para se defender das consequências do processo social em curso. Foi o que aconteceu na Inglaterra, quando diferentes setores da sociedade e da política inglesa assumiram a responsabilidade pela proteção dos fundamentos da nação britânica, impondo limites de social, econômica e política às tendências tirânicas do mercado, na primeira fase da revolução industrial.
“O ser humano, tratado como força de trabalho, a natureza tratada exclusivamente como terra, eram concebidos apenas como bens à venda no mercado. Entretanto, tratar o ser humano e a natureza pela ficção da ‘commodity’ desconsiderava o fato de que entregar o destino do solo e das pessoas ligadas à sua exploração ao mercado equivalia a aniquilá-los” (Polanyi, op. cit.).
Em consequência, a contramedida defensiva destinada a conter a ação socialmente desagregadora do mercado exigia alguma forma de intervencionismo que, por definição não poderia vir do mercado. A Lei Speenhamland foi o muro erguido para defender as organizações rurais tradicionais.
Coube, então, aos senhores rurais da Inglaterra, que ainda detinham o poder político – por interesse ou por inclinação –, proteger a agricultura e a vida dos agricultores do impacto avassalador das mudanças que varriam a sociedade rural e transformavam a agricultura numa precária atividade industrial. Por um período crítico de 40 anos essa ação retardou o progresso econômico industrial e quando, em 1834, o Parlamento da reforma eleitoral (1832) aboliu Spenhamland, os nobres ingleses mudaram o foco de sua resistência ao mercado extremado para as leis fabris.
Interesses políticos, econômicos e nacionais de enorme importância estavam também em jogo. Politicamente tratava-se também de proteger as bases rurais da sociedade inglesa do avanço da crescentemente poderosa burguesia, assegurando a sobrevivência da aristocracia numa sociedade urbana e industrial na qual, em tese, ela não mais exerceria função socialmente necessária.
O interesse próprio, arejadamente entendido, levou então a aristocracia a unir-se politicamente primeiro aos trabalhadores rurais e a partir da segunda metade do século 19 aos operários industriais (torysocialism), em ambos os casos contra a burguesia, o inimigo comum.
Foi essa ação política lúcida que preservou a monarquia e a aristocracia para os séculos 20 e 21, evitou as traumáticas revoluções sociais e políticas, incorporou um protecionismo seletivo do Estado como instrumento de defesa do próprio sistema de mercado, aparou por meio da legislação social as arestas mais desumanizadoras da revolução industrial, tornou viável o sindicato como mecanismo de autoproteção do trabalhador e criou as condições para o surgimento do partido trabalhista.
Como assinala Polanyi, “enquanto a ruína da agricultura era postergada na Inglaterra por uma geração, os nobres conservadores impuseram novas técnicas de convivência numa sociedade industrial de mercado. A lei das 10 horas de trabalho de 1847, que Marx equivocadamente saudou como a primeira vitória do socialismo, foi obra de reacionários inteligentes”.
Também nos EUA o princípio da substituição institucional tem desativado crises e resolvido problemas quando outras instituições se revelaram incapacitadas. Exemplo emblemático foi a ação da Suprema Corte na década de 1960, quando, numa sucessão de decisões históricas, se desincumbiu da tarefa de defesa e promoção dos direitos civis dos negros, substituindo o Executivo e Legislativos politicamente bloqueados.
O Brasil hoje se encontra num impasse. Excetuados a força-tarefa comandada pelo juiz Sergio Moro e algumas personalidades notáveis do Legislativo e do Judiciário, a maioria da elite institucional do País alinha-se com interesses particulares e partidários; a Nação, já desiludida, aguarda em vão um desfecho exemplar para a oceânica corrupção que nos cerca; as organizações aparelhadas pelo partido no poder há 12 anos dedicam-se a bloquear os caminhos para as soluções da crise; a oposição cultiva a cautela ao limite da paralisia; a Nação, dividida pela propaganda do nós contra eles, corteja os riscos do ódio político.
Dificilmente se encontraria hoje exemplo mais eloquente da fragilidade de uma democracia instável do que a situação de múltiplas crises em que nos encontramos. Daqui a alguns anos talvez olhemos para trás e, constrangidos, nos perguntemos: como foi possível chegar ao nível degradante a que chegamos?

* FRANCISCO FERRAZ É PROFESSOR DE CIÊNCIA POLÍTICA E EX-REITOR DA UFRGS, PÓS-GRADUADO EM PRINCETON, É DIRETOR DO SITE POLÍTICAPARAPOLÍTICOS.COM.BR

Manuela D'Ávila não foi às comemorações dos 70 anos da ditadura familiar comunista da Coréia do Norte

CLIQUE AQUI para ver outras fotos da festa ocorrida na Coréia do Norte. Manuela continua em Porto Alegre, onde cvuida da filha recém nascida por cesariana. -

Não é verdadeira a informação de que a deputada comunista Manuela D'Ávila tenha viajado para Pyong Yang, tudo com o objetivo de participar em nome do PCdoB do RS das festas dos 70 anos de Poder do Partido Comunista da Coréia do Norte.

O País é comandado por uma ditadura dinástica, portanto familiar, há 70 anos. No mundo, só duas ditaduras familiares comandam regimes comunistas, no caso a Coréia do Norte e Cuba, mas a asiática é infinitamente mais cruel, assassina e repressora.

O PCdoB de Manuela é fã ardoroso do regime norte-coreano e apesar dos discursos mentirosos sobre democracia do tipo ocidental, o que lhes interessa mesmo é a democracia populasr, portanto comunista.

Chove neste domingo e choverá a semana toda no RS

20.420 gaúchos já estão afetados gravemente pelas chuvas em 46 cidades, informou ontem a Defesa Civil.

O mau tempo ocorre no RS desde quarta-feira, com chuvas abundantes.

Este domingo amanheceu novamente chuvoso, frio e com neblina fortíssima até o rés do chão em muitos bairros de Porto Alegre, onde a temperatura neste momento, 8h45min, é de 17 graus. O Weather Chanel prevê chuvas para a semana toda.,

Nestge momento, 8hj46min, 14 graus em Gramado, 27 graus em Salvador, 22 graus em SP, 26 graus no Rio, 25 graus em Brasília e 26 graus em Miami.

Dilma passa o feriadão com a família em Porto Alegre

A presidente Dilma Rousseff erstá desde a tarde de sábado para Porto Alegre, onde passará o fim de semana com a família. Há a expectativa de que ela aproveite para descansar no Feriado de Nossa Senhora Aparecida, na próxima segunda.


No final da manhã deste sábado, Dilma se reuniu com os novos ministros do núcleo mais próximo do seu governo, como Ricardo Berzoini, da Secretaria de Governo, e Jaques Wagner, da Casa Civil. 

De acordo com a agenda presidencial, o seu próximo compromisso oficial está marcado para a próxima terça-feira, quando se reúne com o vice-presidente Michel Temer, o secretário-geral da União de Nações Sul-Americanas (Unasul), Ernesto Samper, e o governador de Buenos Aires, Daniel Scioli.

Domingo começará o horário de verão

Começará no domingo que vem o horário de verão.
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