A repórter do Terra, Janaína Garcia, acompanhou, à época, velório e enterro
do ex-deputado; figuras denunciadas futuramente na operação Lava Jato
compareceram. Seu depoimento não ajuda a esclarecer se o corpo sepultado foi mesmo de Janene, mas, esta noite, a viúva do ex-deputado, repeliu a tentativa do presidente da CPI da Petrobrás de exumar o corpo do marido e checar se é dele o corpo enterrado em Londrina.
Leia o depoimento de Janaína:
Lá se vão quase cinco anos desde que ele morreu, mas o
ex-deputado federal José Janene (ex-PP-PR) parece que não vai deixar o
imaginário político, muito menos o noticiário, tão cedo.
Denunciado no escândalo do mensalão como operador central
do esquema, Janene voltou a ter o nome citado em (outro) escândalo de
corrupção, nesta quarta-feira, por conta da operação Lava Jato. Isso porque o
presidente da CPI da Petrobras na Câmara Federal, Hugo Motta (PMDB-PB),
anunciou que pediria, por meio de um requerimento, a exumação do corpo do
ex-deputado porque teria recebido informações de que a viúva, Stael
Janene, desconfiaria que ele estivesse vivo. Mais tarde, a empresária
negou a ilação , por meio de nota.
Cobri o velório e o enterro do ex-deputado, em setembro
de 2010, à época como repórter de política do jornal “Folha de Londrina”. Ali,
Janene já era velho conhecido dos colegas setoristas não apenas pelas dezenas
de ações do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) em
um escândalo de corrupção local, conhecido como AMA-Comurb – referente a
fraudes em licitações durante a terceira gestão (19972000) do ex-prefeito
Antonio Belinati (PP) –, como pelo destaque que o nome dele ganhava em cada
desdobramento da denúncia do ex-deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ), feita em
junho de 2005, sobre o pagamento da mesada a parlamentares da base aliada de
Lula.
Também era notória entre a imprensa paranaense a
cardiopatia que exigia de Janene um tratamento minucioso e que, já em 2006, em
meio ao risco de processo de cassação do mandato, embasou o pedido de
aposentadoria por invalidez atendido pela Câmara.
A notícia de que o ex-deputado havia morrido veio logo
cedo. Era 15 de setembro de 2010, e a informação, confirmada pelo Hospital das
Clínicas de São Paulo, não representava algo exatamente improvável: Janene
estava internado havia 42 dias na instituição paulistana para a troca de um
“cardiodesfibrilador implantável” e, “em consequência de evolução de quadro de
choque séptico'', segundo o hospital, não resistira. Em fevereiro do mesmo
ano, já havia sido internado em Londrina, em estado grave, por conta de um acidente
vascular cerebral (AVC).
Natural de Santo Inácio, região noroeste do Paraná,
Janene, morto com 55 anos, era portador de insuficiência cardíaca congestiva
grave (grau IV) e estava inscrito em fila de espera há três meses para um
transplante de coração.
O enterro e o sepultamento foram realizados no Cemitério
Islâmico de Londrina. Políticos da região e do Estado compareceram – entre os
quais, o hoje ex-deputado federal André Vargas (ex-PT), preso por conta da
operação Lava Jato e considerado na região uma espécie de herdeiro dos votos de
Janene pelo interior do Estado. Também denunciado na Lava Jato, o então líder
do PP na Câmara, o hoje ex-deputado João Pizzolatti (SC), também foi ao velório
– a exemplo do então prefeito, Barbosa Neto (PDT), que decretou luto oficial de
três dias e, dois anos depois, seria cassado pela Câmara de Vereadores por mau
uso de verbas públicas.
O funeral de Janene seguiu o rito islâmico. Segundo as
orientações passadas à época pelas lideranças religiosas da mesquita Rei
Faiçal, onde foi velado o corpo, ele seria submetido a um processo de
purificação que consistia na limpeza e na envoltura do morto em “três tecidos
brancos, virgens e sem costura”. Todo o tempo, portanto, a imagem do corpo na
cerimônia estava isolada por essa mortalha. O enterro, sem caixão, foi feito
com a cabeça direcionada à cidade de Meca, considerada sagrada pelos
muçulmanos.
Lembro que um dos xeiques que conduziram a cerimônia fez
um breve sermão citando a mortalha branca como símbolo de que ''não levamos
nada deste mundo”. “Eterna é a vida futura, então, cuidado com as tuas ações,
adora a Deus e cuida dos teus semelhantes'', declarara. Outro xeique me
explicaria, depois: ''Familiares e riquezas são valores mundanos; é pelas ações
que a pessoa será questionada, no julgamento”.
Um jovem presente com frequência ao legislativo local, de
origem simples e deficiente mental, chegou a ser retirado da cerimônia depois
de um pequeno tumulto: tentara se lançar à cova do ex-deputado chamando-o de
“meu amigo”. Afastado, visivelmente magoado, lembro que ele xingou os presentes
mencionando a origem árabe da família Janene. Foi o único episódio que, por
assim dizer, extrapolou o rito.
8 comentários:
Registro importantíssimo do Foro de São Paulo, em vídeo de 1997.
https://www.youtube.com/watch?v=Q6LbzvI5Ra4
https://www.youtube.com/watch?v=y_TqxRTx048
Na ocasião, José Dirceu afirmou a importância da organização. "O Foro de São Paulo é uma resposta direta da esquerda latino-americana a queda do Muro de Berlim e a desintegração da União Soviética", declarou o petista.
Esse é o maior problema e a maior causa do desastre moral, social e econômico do Brasil.
Registro importantíssimo do Foro de São Paulo, em vídeo de 1997.
https://www.youtube.com/watch?v=Q6LbzvI5Ra4
https://www.youtube.com/watch?v=y_TqxRTx048
Na ocasião, José Dirceu afirmou a importância da organização. "O Foro de São Paulo é uma resposta direta da esquerda latino-americana a queda do Muro de Berlim e a desintegração da União Soviética", declarou o petista.
Esse é o maior problema e a maior causa do desastre moral, social e econômico do Brasil.
Olha Braguinha, primeiro me dou boas vindas ao teu blog depois de estar algum tempo afastado, mas gostaria de dizer que como conheço alguns médiuns e posso pedir que ele se concenterm para saber se ele está morto. Tu poderia pedir pata o teu amigo e também deputado Marlon Santos que também é medium.
se o caixao tiver vazio aproveita e poe o Lulla la.
Depois do espetáculo midiático esquerdista com a exumação de João Goulart, por quê não? Deixem que exumem à vontade.
Viúva de Janene diz nunca ter falado com deputados da CPI da Petrobras:
Presidente da CPI da Petrobras, deputado Hugo Motta (PMDB-PB) voltou atrás na afirmação de que pretende exumar o corpo do ex-deputado José Janene (PP), morto em 2010; a viúva Stael Fernanda Janene, que segundo ele teria dito ter dúvidas sobre a morte do marido, negou ter conversado com deputados da CPI e informou que o caixão de Janene não estava lacrado, uma vez que foi sepultado conforme os ritos da religião muçulmana...
Tal qual Elvis, Janene não morreu!
janene não morreu, apenas hipoteticamente faleceu.
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