RBS alimenta-se de novo de Feijó para engordar o golpismo contra Yeda

O procurador Celso Três, cuja base é Tubarão, SC, ajuizou ação para desmontar as atividades monopolísticas da RBS. O caso tramita desde o ano passado na Justiça Federal. A RBS chegou a contratar, este ano, como diretor Jurídico, um ministro aposentado do STJ, ex-colega de política estudantil do editor, Paulo Galotti, para defendê-la. Três, como muita gente que teme o monopólio ameaçador da Rede Globo, acha que a sociedade não pode ficar à mercê de grupos de comunicação do tipo Hearst, que sejam capazes de conduzi-la para onde seguem seus interesses. Todas as denúncias falsas, sem provas e testemunhas que a incriminem diretamente - a não ser por ouvir dizer, o que inclui fala até de morto - vazam através dos jornais, rádios e TVs da RBS. Nem uma só notícia do gênero foi entregue a qualquer das centenas de veículos que existem no Estado. Esta trama tem método.

Na noite desta sexta-feira a RBS TV elevou o tom da campanha que a RBS resolveu bancar para meter fogo na crise política gaúcha, alimentada de forma artificial pelo Eixo do Mal com o objetivo de tirar do caminho a governadora Yeda Crusius, favorecendo a candidatura do ministro Tarso Genro ao Piratini. Yeda tem sido fustigada por ações desenvolvidas no âmbito do ministério da Justiça, lideradas pelo próprio Tarso, e pela conjugação das ações do PT, PSOL, PCdo B e RBS. Pela enésima vez o vice Paulo Feijó voltou a assombrar o Rio Grande com denúncias que guarda há tres anos e que repete sem apresentar provas, sem revelar testemunhas e sem cerimônia.

. Está na hora de exigir que o sr. Paulo Feijó exiba suas provas e suas testemunhas. Ele mesmo já avisou que está de posse de um pen drive que pirateou dos computadores da campanha eleitoral da qual fez parte, onde consta uma lista de 120 dos mais abonados empresários do RS que teriam colaborado com a sua campanha e de Yeda ao Piratini. Ele que mostre o que está dentro desse pen drive. Ninguém entende por que razão ele não impugnou as contas da campanha no momento em que as contas de Yeda e dele mesmo foram submetidas ao TRE há quase quatro anos, já que naquela época sabia exatamente o que tinha acontecido. O que o impede, a não ser a deliberada decisão de acuar, amedrontar, desestabilizar e assombrar o Estado do Rio Grande do Sul.

. A campanha é golpista.

. O objetivo do movimento golpista é asfixiar o governo Yeda, impedi-la de manter as contas equilibradas e os investimentos em andamento, inéditos na história da administração pública estadual, levar Yeda à renúncia, à deposição ou a uma proclamação formal de que não é mais candidata à reeleição. Vítima dessa armação impiedosa, inédita na história política do RS, personalidades ligadas e sob a direção da governadora já vacilam, temem por si mesmas e colocam em dúvida o que fazem. Burocratas de segundo e terceiro escalão negam-se a assinar simples ordens de serviço. A própria governadora, acuada pelos golpistas, acaba de suspender a viagem que faria em busca de mais dinheiro para o RS nos EUA (leia abaixo), porque sabe que até mesmo ameaças físicas abatem-se sob as suas condições de governabilidade.

. O Eixo do Mal falhou no impeachment, desmoraliza-se na CPI do PT (o caso Buchmann foi um dia negro que encheu de vergonha e opróbio a Assembléia), criou o falso factóide da habitabilidade do governante e não apresentou até o momento uma só prova material ou testemunha que comprove o envolvimento direto da governadora Yeda Crusius em qualquer irregularidade. Ela é vítima de uma conspiração destrutiva, macartista, subversiva e que já corrói as instituições republicanas do Rio Grande do Sul. Isto é algo inédito na história contemporânea do Estado. E inaceitável. Cheira a covardia o silêncio dos representantes dos Poderes do Estado, das lideranças intelectuais, da maior parte da mídia não cabresteada pela RBS e dos juristas locais, engorda a delinquência política que desmoraliza o Estado.

. Esta noite a RBS - e amanhã todas as rádios e jornais do grupo - reverberam e reverberarão o depoimento de 91 minutos que o vice-governador Paulo Feijó concedeu ao MPF dois dias antes do ajuizamento da ação contra Yeda em Santa Maria. A gravação da delação não premiada está nos autos do processo e uma cópia foi entregue para a RBS, segundo ela mesma, pelo MPF. Que interesses moveram os procuradores, que anteriormente promoveram o espetáculo midiático que resultou na instalação da CPI do PT, não se sabe. Os deputados Sandro Boka e Iradir Pietroski pediram cópia da montagem e perícia, com o objetivo de enquadrar a deputada. A RBS não disse com quem conseguiu a cópia, mas as relações carnais que o grupo estabeleceu dentro do Eixo do Mal com a deputada do PT, fazem crer que foi ali que o grupo de comunicação se abasteceu.

As denúncias do sr. Paulo Feijó envolvem novamente o professor Carlos Crusius, que seria o coordenador de um esquema de caixa 2 na campanha eleitoral. O vice de Yeda refere-se a um contrato com o publicitário Chico Santa Rita. Um dos signatários do contrato foi o próprio Feijó, o deputado Onyx Lorenzoni e Yeda, mas Feijó acusa a jornalista Sandra Terra, que não era ordenadora de despesas e nem tinha autorização para assinar contratos, pela existência de um valor acertado em sigilo, maior, coisa que aparentemente só Feijó ficou sabendo. Mais uma vedz o delator não prova nada e os acusados são obrigados a se defender, recebendo espaço desproporcionalmente menor, o que os torna homologadores das teses golpistas. A inversão do ônus da prova é o retorno aos primórdios das relações humanas em estado primitivo de selvageria.

. No video, o sr. Paulo Feijó não apresenta provas, não apresenta testemunhas, mas apenas conta a sua versão, coisa que repete há três anos sem parar.

- As denúncias reverberadas pela RBS, sem provas, sem testemunhas, replicadas pela enésima vez com ares de escândalo, poderão custar novas interpelações a Feijó e pelo menos um processo por denunciação caluniosa. Este tipo de crime costuma render 5 anos de cadeia para o réu.