O Pixuleko, boneco inflável que representa o
ex-presidente Lula (PT) em trajes de presidiário, vai-se provando um sucesso.
Apareceu pela primeira vez em Brasília no dia 16 de agosto, durante protesto
contra o governo Dilma Rousseff (PT); circulou em seguida por capitais como São
Paulo e Curitiba e agora começa a se multiplicar.
Grupos de Brasília, São Paulo e Fortaleza aproveitaram
manifestações do 7 de Setembro para exibir réplicas variadas do Pixuleko –o
nome faz referência ao termo que, segundo um dos delatores da Operação Lava
Jato, era empregado por João Vaccari Neto, ex-tesoureiro do PT, para tratar de
propina.
Na Esplanada dos Ministérios, o Movimento Brasil, que
criou a primeira versão do ícone, diz ter vendido 600 miniaturas do boneco, ao
preço de R$ 10 a unidade. O grupo também comercializa, por R$ 30, camisetas com
a imagem do Pixuleko ou do rosto de Sergio Moro, juiz federal responsável pela
Lava Jato em Curitiba.
De acordo com integrantes do movimento, tais negócios
ajudam a bancar viagens de manifestantes e a manutenção dos bonecos gigantes –o
maior deles mede 12 metros de altura e chega a 300 quilos quando inflado.
A ironia salta aos olhos. Nas décadas de 1980 e 1990, um
PT bastante diferente do atual também vendia adesivos e bandeiras para
financiar suas atividades partidárias. Contava para isso com militantes de
carteirinha que assumiam a tarefa voluntariamente.
Iniciativas dessa natureza parecem hoje impensáveis para
uma agremiação que se profissionalizou a caminho da Presidência –e que,
instalada no poder, protagonizou os maiores escândalos de corrupção de que se
tem notícia, nos quais desvios de dinheiro público e recursos de campanhas
eleitorais andaram ruinosamente juntos.
Petistas históricos como José Genoino e José Dirceu
viram-se condenados pelo Supremo Tribunal Federal no julgamento do mensalão; o
mesmo Dirceu volta ao cárcere em meio às investigações da pilhagem na
Petrobras.
Não admira que o número de simpatizantes do PT seja cada
vez menor, ou que exista uma debandada de prefeitos dispostos a tentar a
reeleição em 2016 por outra sigla. A imagem da legenda está cada vez mais
associada à dos esquemas ilícitos que abrigou, e seus principais nomes pouco
fazem para mudar esse quadro.
Entende-se, pois, o sucesso do Pixuleko. Mesmo que nada
esteja provado contra Lula, o boneco vestido de presidiário sintetiza a ojeriza
que seu partido desperta em camadas crescentes da sociedade. A oposição, não
por mérito das agremiações políticas, arrumou um símbolo anti-PT. Falta ainda
um programa de governo.
3 comentários:
E faltou citar a quantidade de vezes que o Pixuleko foi esfaqueado... Pegou infecção devido as facas contaminadas com mortadela....
Onde posso adquirir um Pixuleco? Aliás, esse boneco deveria estar a venda, pois é um desejo de todos os que querem limpar o Brasil dessa corja petista!! Abços
O pixuleko está arrasando a turma da mortadela, quem diria! Foi uma excelente ideia que expressa a vontade do povo brasileiro, que quer ver essa petralhada na cadeia.
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