Assembléia rejeita Lei Manuela

Agora, se Manuela quiser votar contra Sartori, terá que levar babá e bebê, que nasceu há poucos dias de cesariana. A jornalista Rosane Oliveira, que se diz amiga fraternal da deputada, chegou a dizer que Manuela, guerreira pelo parto natural, teria enfrentado com galhardia as dores do nascimento da filha, mas no dia seguinte, entristecida, teve que reconhecer que errou. Ao lado, junto com o maridão e o filho dele. 


A Assembléia rejeitou ontem o projeto de resolução apresentado pelo deputado Luiz Mainardi, PT, que instituía  a convocação de suplente em caso de licença-maternidade, atingindo em cheio a deputada Manuela D'Ávila, PCdoB, que no entanto não se opôs à proposta. 

O próprio PT, ano passado, pediu a mudança para beneficiar a então deputada Ana Affonso. Desta vez, o Partido queria garantir todos os votos do seu satélite PCdoB contra os projetos de ajuste fiscal de Sartori.

Agora, se Manuela D'Ávila quiser votar, terá que levar junto babá e nenê. 

A proposta casuística foi apresentada pelo deputado Luiz Fernando Mainardi (PT) e tinha como objetivo imediato preencher a cadeira da deputada Manuela d'Ávila (PCdoB), já afastada das atividades parlamentares em decorrência da gestação. A matéria é especialmente polêmica por restabelecer uma norma que vigorou até 2014 e foi derrubada justamente por pressão da bancada petista, sob a liderança da então deputada Ana Affonso (PT).

A mudança no regimento interno aconteceu em março de 2014 e, até o momento, beneficiou Ana Affonso e Juliana Brizola (PDT), que puderam se licenciar do cargo, mas não precisaram interromper a atuação dos assessores nos gabinetes, em decorrência da licença de 120 dias. Ambas defendem a medida, como forma de não haver prejuízo político para as parlamentares. Manuela d'Ávila disse que não participou dos debates do ano passado, mas que pessoalmente é favorável ao projeto. "O PCdoB não vê problemas nos suplentes assumirem."

Para Mainardi, que também é líder da bancada do PT, a alteração no ano passado "foi um erro". "Erramos em promover aquela mudança, por isso queremos reconsiderar e garantir que a representação não seja alterada. A licença-maternidade não pode prejudicar a representação do partido na Assembleia Legislativa, porque os assessores e o gabinete são secundários, o importante é a atuação do parlamentar", defendeu.


As discussões sobre a licença-maternidade são recentes em parte porque a própria presença feminina no Parlamento estadual aconteceu a partir da segunda metade do século XX, mais de 100 anos após a instituição da Assembleia Legislativa. Ao pesquisar esta participação, a doutora em Ciência Política Andréia Orsato constatou que, entre 1951 até 2012, as mulheres assumiram 50 mandatos - como eleitas ou suplentes - o que corresponde à 5,6% dos 880 mandatos do período. Espaços de poder como a Mesa Diretora são praticamente inacessíveis - apenas 2% foram de mulheres. Nenhuma na presidência.

8 comentários:

Anônimo disse...

Ué, Políbio! Ela optou por parto NÃO HUMANIZADO (cesariana) ao invés do PARTO HUMANIZADO, que tanto prega para as outras? Hipocrisia é isso aí: pregar para os outros aquilo que não se faz (enxoval para o bebê em Nova Iorque e cesariana), típico da comunistalha tupiniquim!

Anônimo disse...

Políbio,

Quanta "geração de calor" sem produção de vapor.

A discussão pela discussão enquanto o RS naufraga.

Este é o "retrato" do nosso glorioso Legislativo a mais de 40 anos. Só pensam neles e no corporativismo do funcionalismo estatal.

Estamos "quebrados".

A Manoela que vá votar do jeito que ella quiser e chega de mimimi. Ela não é CLT.

JulioK

Anônimo disse...

Na rádio CBN, Gilberto Dilmenstein usou o termo "epidemia de cesarianas" em comentário sobre um ensaio fotográfico que acompanhou e documentou gestação e parto humanizado de um casal brasiliense. Quando se tem uma agenda esquerdista não há jeito mesmo.

Anônimo disse...

Boa essa; "Geração de Calor sem Vapor"... a escumalha impera e os calhordas se locupletam e essa porcaria de AL não serve pára nada só para votar aumento para eles e os compadrios para ferrar o contribuinte e saquear o estado. Agora somos piores que o Maranhão...
Joel

Anônimo disse...

Expor rosto de menores pode gerar mais processos.....

Anônimo disse...

Mais um pouco e estaremos pagando a creche dos bebês dessas deputadas mimadas, nem tão boas de discurso,muito menos de atitude.
Quando penso na quantidade de mães que precisam trabalhar e não têm creche para deixar seus filhos,obrigando-se a pagar uma cuidadora, lembro-me da promessa vã de Dilma prometendo 6000 novas creches para as criancinhas. Onde foram construídas? Quem sabe nos fundo do Palácio do Planalto. Merecido o nariz de Pinóquio!

Augusto disse...

Nenhuma mulher erra por fazer cesárea, Políbio! A deputada defende que as mulheres conheçam as possibilidades de nascimento e possam escolher o tipo de parto, quando não oferecer risco. Estás culpabilizando a Manuela por ter tido um filho, dizendo que terá que votar com o bebê e a babá. Repugnante, machista e estreito o teu texto. Lei Manuela? Qual a fonte disso? Quanta imaginação, chegaste a nomear a lei do deputado Mainardi.

Anônimo disse...

Políbio, não cansa de tomar processo?
Para a galera alienada que comentou: informem-se sobre o que é parto humanizado. Pode-se, perfeitamente, fazer uma cesária, que é um parto, humanizada. Pelo que vejo eventualmente da Manuela , nunca escutei ela condenar a cesária. A vi a defendendo, inclusive, em uma audiência pública, quando necessária. O problema é que a cesária virou epidemia no Brasil e muitos médicos direcionam suas pacientes para tal procedimento sem necessidade clínica para tal. Segundo a mídia, ela fez cesária porque precisou. Queria parto normal, tentou, o filho corria risco e ela fez cesária. Coerente seria deixar o bebê em risco? Não, né! Então, deixem de ser hipócritas.

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