O jeito rasteiro de se fazer política de Sergio Cabral

Clipping
Site UOL - 16/03/2010
Em vez de boa política, chantagem pura e simples
por Juca Kfouri

Que a emenda Ibsen Pinheiro é polêmica e prejudica estados como os do Rio de Janeiro e Espírito Santo parece claro.
Daí a reagir com simulação de choro, ranger de dentes e chantagens do tipo renunciar à Olimpíada-2016 e à Copa do Mundo de 2014 no Rio vai uma grande distância, embora seja exatamente isso que o governador Sérgio Cabral Filho esteja fazendo.
Os recursos do pré-sal, por exemplo, vale repetir, nem podem ser citados como previstos para investir na Olimpíada porque quando a candidatura do Rio foi lançada não se tinha a menor ideia de seu potencial.
Decretar ponto facultativo nesta quarta-feira no Rio para que os funcionários públicos possam ir ao protesto organizado pelo governador é outra forma rasteira de se fazer política, principalmente porque esses mesmos funcionários quando protestam ou fazem greve são tratados à base de cacetetes, bombas de efeito moral etc, como aconteceu em setembro passado –.e pode ser visto na foto abaixo.
E o clima de chantagem acaba por criar, nacionalmente, um clima de antipatia em relação às reivindicações dos fluminenses e capixabas, caldo de cultura para o Senado ratificar a decisão da Câmara dos Deputados e tornar mais difícil que Lula vete a emenda.

6 comentários:

Anônimo disse...

Realmente a atitude do governador carioca foi simplesmente ridícula.

Anônimo disse...

Renunciar a Copa e a Olimpíada é uma atitude sensata e deveria ser seguida por todos. Usar os recursos de Petróleo para obras de estádios e centros esportivos para sediar as competições é outro absurdo, ainda maior. Fazer pequenos centros de lazer, mais simples, em cidades do interior e vilas das grandes metrópoles seria um uso mais racional dos recursos. O Brasil ainda pode renunciar as Olimpiadas e a Copa, sem prejudicar as competições.

Surfista Prateado disse...

Kfouri deve ter estado em outro planeta... Funcionários públicos jamais são tratados a cacetes quando em greve, simplesmente oficializam o que já fazem na maior parte do tempo, não trabalhar, mesmo ganhando salários muito mais altos que cargos semelhantes na iniciativa privada, ou que exigam o mesmo saber e responsabilidade...

JVS9999 disse...

Editor, acredito que aqui temos uma confusão, pois na emenda envolveu duas coisas distintas, POS SAL(leiloada e acertada sob regime de concessão) e PRE SAL.

A parte da emenda Ibsen, altera o POS SAL que foi licitado como concessão, que foi acertado e tem contratos firmados entre as partes gerando um volume de "royaltes" que o governador chora, briga e reclama, a meu ver com razão.
O ponto é inconstitucional mesmo, e será vetado ou será considerado na justiça inconstitucional.

Agora a parte PRE SAL que não tem nada ainda, nem licitada e nem acertada e muito menos tem qualquer contrato, é constitucional, é valida e se for vetada terá veto derrubado.
Ou seja, essa confusão tem que ser desfeita, o governador não chora, chantageia e coloca o Rio na defensiva, por causa das receitas futuras, mas sim das receitas presentes.
Que constam sim no orçamento, que constam sim no plano da Copa e principalmente das Olimpiadas.

Uma coisa apenas não entendo, porque o Serra não se envolveu?
Porque o Serra não criticou uma unica linha do que foi feito?
São Paulo tem interesse tanto ou mais que o Rio de Janeiro.
Porque será?

Unknown disse...

Os cariocas são muito engraçados: para o Pan, Olimpíada e Copa do MUndo de Futebol, todos nós pagamos e eles se beneficiam. Para dividir o que é riqueza nacional , eles choram.

Anônimo disse...

Este Sérgio Cabral é uma bicha!

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