No momento em que o cenário parece estar cada vez mais
afeito para a exportação, com a valorização do dólar e a recuperação econômica
de importantes mercados, uma notícia trouxe alívio para os calçadistas que,
apesar das quedas no varejo doméstico, nutrem otimismo quando aos embarques
internacionais.
Isto foi o que informou esta tarde a Abicalçados.
. Leia toda a análise da entidade:
A notícia é de que a Argentina ouviu a Organização Mundial do
Comércio (OMC), que em setembro passado havia decido que o governo de Cristina
Kirchner deveria eliminar das barreiras às importações. Para os calçadistas,
que vêm sofrendo com as barreiras impostas desde 2012, a decisão pode abrir um
novo horizonte para exportadores que já haviam desistido daquele mercado por
conta da imprevisibilidade nas negociações. O presidente-executivo da Associação Brasileira das
Indústrias de Calçados (Abicalçados), Heitor Klein, ressalta que a medida deve
dar um novo ânimo para exportadores de calçados que haviam desistido do mercado
argentino devido aos constantes cancelamentos gerados pelos atrasos nas liberações
das licenças. Segundo ele, a Argentina, que ainda é o segundo maior mercado o
produto verde-amarelo, vem perdendo força entre os destinos das exportações de
calçados ano após ano. “Em 2011 chegamos a exportar o equivalente a US$ 189,8
milhões para a Argentina, número que caiu a US$ 79,45 milhões no ano passado. O
calçado brasileiro já chegou a representar 70% do total comprado do exterior
por aquele mercado, espaço que foi tomado pelos asiáticos. Hoje, apenas 25% dos
calçados comprados pela Argentina são brasileiros”, lamenta o executivo.
Queda
Conforme levantamento da Abicalçados, em 2014 as
exportações para a Argentina caíram ao pior patamar desde o calote argentino no
início da década passada. A queda chegou a 34,5% frente a 2013, quando os
embarques geraram US$ 121,4 milhões. Já as importações argentinas de calçados
do resto do mundo, notadamente dos asiáticos, cresceram 11%, para US$ 182
milhões. Para Klein, a normalização do fluxo de comércio, mesmo em meio à crise
econômica pela qual passa o país vizinho, pode representar um aumento nos
embarques para lá, recuperando um pouco do espaço perdido nos anos
recentes.
Tempo
Por outro lado, os calçadistas ressaltam que, de acordo
com as regras da OMC, a Argentina poderá levar até 15 meses retirar integralmente
as barreiras. “Nós aguardamos ansiosos desde 2012. A decisão da OMC comprova
que estávamos certos na nossa luta pela normalização do comércio frente ao
absurdo das restrições impostas ao produto brasileiro pelo país vizinho”,
conclui o executivo.
Um comentário:
vão vender o que pra la?
conga?
chinelo de dedo?
a Argentina esta numa pindaíba danada...
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