Ao decretar estado de calamidade pública no Rio de
Janeiro, faltando menos de 50 dias para os Jogos Olímpicos, o governador em
exercício Francisco Dornelles (PP) passou um atestado de falência do Estado que
já foi a vitrine do país. Como outras unidades federativas que gastam mais do
que arrecadam, o Rio chegou a tamanho esgotamento financeiro que não consegue
mais cumprir compromissos com servidores e fornecedores, nem prestar
adequadamente serviços públicos em áreas essenciais como saúde, educação,
mobilidade e gestão ambiental. O Rio faliu e pede ajuda.
Há inegável oportunismo
na atitude inusitada do governador fluminense, pois o propósito claro é obter
socorro financeiro emergencial da União sob pretexto de garantir as Olimpíadas.
A crise é real, como atestam os atrasos de salários dos servidores e a
interrupção de obras viárias. As causas apontadas pelo governo também são
reconhecidas, com ênfase na queda na arrecadação do ICMS e nos royalties do
petróleo. Só que esses fatores, na verdade, são apenas agravantes, pois a razão
maior da falência do Estado _ como também ocorre em outras unidades da
Federação como o Rio Grande do Sul _ é o mau gerenciamento histórico, o acúmulo
de despesas crescentes com a administração pública e sistemas previdenciários
desvinculados da realidade.
Mais do que um recurso para obter crédito federal, o
decreto de calamidade pública do Rio tem que ser visto como um alerta a outros
Estados. Em vez de apenas buscar pretexto para ajudas emergenciais, os
governantes têm que enfrentar as dificuldades e interromper a gastança irresponsável
que resultou na atual estado de penúria.
5 comentários:
E além disso, a falência é oportunidade unica para o habilidoso dornelles negociar a divida do Rio de Janeiro e confirmar suas magistrais qualidades demonstradas quando da sua participação de rumorosa CPI.
De calamidade e má gestão eles entendem....
O Rio poderia ser uma das cidades mais visitadas por turistas no mundo, não fosse ter caído nas garras de políticos da gangue do guardanapo.
Esses políticos só sabem governar no vermelho. Deixam seus Estado em estado de calamidade de tanta incompetência. Devemos urgentemente mudar essa situação. É vergonhoso a gestão desses indicados.
O governo federal deveria impor condições duríssimas para que esses espertinhos aprendam a gerir seus estados, principalmente a fina flor da malandragem carioca (eduardo paes, pezão, alencar, ... todos minúsculos).
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