O misterioso lobista finalmente mostrará a cara, sem máscara. Ele só apareeu depois de ameaçado pela CPI.
O lobista é suspeito de ser um dos operadores do esquema
de corrupção que atuava na Petrobras. Ele chegou a ser convocado para depor na
CPI, mas não apareceu, afirmando depois que não recebeu um comunicado oficial
sobre a sessão.
Faerman só entrou em contato com a comissão depois de o
presidente da CPI, Hugo Motta (PMDB-PB), encaminhar, em maio, um pedido de
prisão temporária à Polícia Federal (PF) e à Interpol para que ele fosse
conduzido à força à Câmara dos Deputados.
Além do direito de ficar em silêncio, a ministra Rosa
Weber, do Supremo, também garantiu ao ex-representante da SBM a possibilidade
de não ser obrigado a falar a verdade diante dos parlamentares e também de não
“sofrer constrangimentos físicos ou morais” durante a sessão em razão das
demais garantias.
Faerman foi apontado pelo ex-gerente de Engenharia Pedro
Barusco, um dos delatores da Operação Lava Jato, como o responsável pelos
pagamentos de propina vinda da SBM para Petrobras desde 1998.
Em depoimento a integrantes da CPI, em Londres, em 19 de
maio, o ex-diretor da SBM Jonathan Taylor confirmou que os pagamentos de
propinas a funcionários da Petrobras eram feitos por Faerman.
Numa das gravações entregues por Taylor à CPI, um
ex-diretor de Vendas da SBM chegou a explicar que a comissão era de 3% sobre
cada contrato. Faerman ficava com 1% e o restante ia para pessoas da Petrobras,
segundo o ex-diretor.
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