Numa instigante análise intitulada "Resposta à pergunta que todos fazem: o que Tarso faria?", o economista Darcy Francisco Carvalho dos Santos explica de que modo o governador do PT agiria para desatar o nó da herança maldita que ele deixou ao sair do Piratini.
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A pergunta que todos fazem é qual o plano que o
governador Tarso tinha para o segundo mandato, caso ele se reelegesse,
tendo em vista que ele lutou intensamente para isso. Então, não dá para dizer
que ele preparou uma bomba-relógio para o próximo governador, até mesmo porque
acreditamos que ele não seria capaz de uma atitude dessas.
Como também nos questionamos muito a respeito desse fato,
procuramos buscar essa resposta em um artigo de autoria do governador
publicado na Zero Hora de 02/11/2014, p.27, logo depois das eleições, sob
o título “Dívida e Saída da Crise”.
Inicialmente, depois de reconhecer democraticamente como
legítima a vitória do adversário, faz uma apologia aos gastos e uma
crítica às medidas de austeridade, cujos dois parágrafos transcrevemos:
A proposta, para resolver o impasse, acolhida pela
maioria eleitoral, está baseada na “redução de gastos”. É uma visão originária
do pensamento econômico predominante, hoje, na Europa já afastada da
social-democracia.
Mais adiante diz o seguinte:
O projeto vencedor não especificou como enfrentaria o
desafio, mas não sonegou a informação principal: adotará políticas de
“austeridade” no Estado, análogas às políticas aplicadas na Espanha, em
Portugal e na Grécia, que hoje tem gerado recessão econômica e taxas de
desemprego que alcançam até 45% entre a juventude.
Antes de continuar na análise do artigo, cabe fazer a
seguinte consideração: Governo nenhum deixa de aplicar recursos se dispor
deles, porque é na aplicação de recursos que ele concretiza suas realizações,
pelo menos, a maioria delas. Ninguém agrada a população com austeridade
orçamentária, mas sim com gastos. O povo é imediatista, não importam as
consequências.
No caso do Rio Grande, com um déficit
superior a R$ 5 bilhões, com todos os recursos extras esgotados, como
também a margem para contrair novos empréstimos, como o governo vai continuar
gastando? Nem que queira, não poderá fazer.
O próprio governador Tarso sabe disso, pois só
conseguiu governar e conceder altos reajustes salariais porque
dispôs de R$ 7,1 bilhões do caixa único (sendo R$ 5,7 bilhões dos depósitos
judiciais) e mais de R$ 4 bilhões de empréstimos e ainda concedeu os maiores índices
desses reajustes em novembro/2014, com os maiores reflexos no
período governamental seguinte.
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5 comentários:
Na Grécia citada no texto,os governos da esquerda fizeram uma dívida imensa como fez os governos do PT no Brasil.Ocorre que o ex-presidente que fez como a Yeda fez no RS,saneou as dívidas em 4 anos e na hora que a Grécia começou a apresentar melhoras e um pequeno crescimento em 2014 o povo bananeiro colocou a esquerda novamente no poder.
Políbio
O peremptório fez de conta que queria um segundo mandato. Armou a bomba relógio e se mandou. Tal qual fez o Olívio outrora, Agnelo Queirós no DF e a Dilma esta fazendo no Brasil.
Estes esquerdistas são um bando de incompetentes de má-fé. Explodem com os cofres públicos, negociam aumentos irreais com o funcionalismo e, como estamos vendo, também enviam uns bilhõesinhos no próprio bolso já armando a fuga para Paris ou Nova York.
Impeachment JÁ !!
"consideradas “direitos adquiridos” com valores para os quais os beneficiários não contribuíram proporcionalmente."
Eis a questão que alguns funcionários públicos ficam indignados quando os chamo de CASTAS. Para os que ingressão hoje pelos concursos públicos são realmente uma seleção de profissionais autênticos, mas, eis que muitos não o fizeram por já estarem cinco anos antes da promulgação da constituição/88 na folha de pagamento do pessoal pelo Brasil a fora, portanto estão recebendo gordas remunerações sem nunca terem contribuídos.
Mas isto não é só, tem muito encargos do estado vindo das reclamatórias trabalhistas mediante acordos entre os advogados das partes (do estado e do reclamante), exemplo CEEE-CORSAN-CRT.
Na verdade todos querem é mamar não querem fazer.
Tenho sérias dúvidas de que o ex-governador quisesse realmente ganhar as eleições. Aliás, com o Estado quebrado como ele deixou, gostaria que tivesse ganho para ver como iria administrar as finanças públicas. Estou quase arrependido de ter votado no Sartori! Sair de cena com o Estado falido e levando pensão vitalicia para si (por 4 anos de trabalho!?) e para a frau é o melhor dos mundos. E mais: com chance de voltar porque ninguém vai consertar o estrago num mandato e aí a Esquerda volta salvadora... É fogo!!!
Abs, João.
Pois é! Mas tá com trinta mil por mês na guaiaca e nós, trouxas, pagamos a conta! É ou não é bom ser político no Brasil?
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