. Se não havia na história um avião a jato, nem sequer um prosaico ultraleve a ser lavado, a expressão era descabida. Dada sua clara intenção de conotar uma faxina em regra, como a executada nos carros em postos de gasolina, o nome correto seria “lava a jato”.
. Agindo com impressionante competência e rapidez na
perseguição aos saqueadores da maior empresa pública do País, a PF tem saldo
credor para cometer impunemente mais umas duas ou três mancadas
ortográficas.
. Há quase 20 anos, o jornalista Paulo Francis denunciou,
no programa Manhattan Connection, que “todos os diretores da Petrobrás” punham
dinheiro na Suíça. Apesar do alerta em off de Lucas Mendes (“olha, que dá
processo”), Francis não tirou o dedo do gatilho. Referiu-se a um amigo,
advogado, que num almoço com um banqueiro suíço ouvira deste o seguinte
comentário: “Bom mesmo é brasileiro, porque esses bilionários árabes depositam
US$ 1 milhão, US$ 2 milhões, mas uma semana depois tiram. Os brasileiros põem
US$ 50 milhões, US$ 60 milhões e deixam”. Segundo Francis, toda aquela grana era
fruto de roubalheira, de superfaturamento.
. Novo alerta de Lucas, dessa vez gestual (um discreto
tapinha no braço direito), novamente ignorado por Francis, que reiterou sua
certeza de que a Petrobrás fora dominada “pela maior quadrilha” em atividade
numa empresa pública brasileira.
. Lucas suspeitou certo: deu galho. Não contra a quadrilha
vagamente apontada por Francis (o que só poderia ocorrer se o então presidente
da Petrobrás, Joel Rennó, tivesse mandado investigar a procedência das
acusações e as tivesse comprovado), mas contra o próprio acusador.
. Sem provas concretas para substanciar sua denúncia,
Francis acabou processado por Rennó, no foro de Nova York. Um processo
impagável de US$ 100 milhões, ao qual o jornalista ainda se referiria em outra
edição do Manhattan Connection, quando citou nominalmente o presidente da
Petrobrás e acusou os diretores da estatal de tentarem intimidá-lo e
silenciá-lo.
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7 comentários:
A Comissão da Verdade vai apurar esse caso?A Família de Paulo Francis vai ter indenização?
ESTA PORCARIA, ESTA ANTRO DE CHUPINS, CRIADORA DE CORRUPTOS, TEM QUE SER PRIVATIZADA.
PRIVATIZAR é a única solução. Jamais teremos pessoas SANTAS ou anjinhos na direção desta empresa ladra desde os tempos de sua criação.
Dizer o quê? A Petrobrás movimenta trilhões de reais e doláres por ano. O Presidente e os diretores da estatal ganham em média uns 50 mil reais por mês. Deve ser muito difícil ter auto controle para não colocar a mão em míseros 0,0001% desse valor e ratear entre eles. Acho que só santos conseguiriam.
Afinal o dinheiro investido não é deles eles estão ali só de passagem e não tem um tostão investido por eles na empresa que é do governo federal em sua grande totalidade, isto é, dos contribuintes.
Dizem que o olhar do dono é que engorda o gado.
E nesse caso está claro que o dono não está nem aí para o que acontece na empresa. Aliás como controlar um mastodonte como a Petrobrás?
Só a privatização é que pode resolver este problema.
O governo se livra de um problema e continua arrecadando um mundão de impostos e royalties pagos pela empresa.
Claro que não interessa ao governo de plantão. Ele quer tirar sua lasquinha.
Privatizem todas as estatais !
Estado não tem competência para gerenciar empresas !
Eu me lembro, na época cairam de pau no PF, chamaram de bandido a traidor da pátria etc e etc. Mas nada como "un giorno doppo d'altro", como dizi minha nona.
Joel
Há quase 20 anos, o jornalista Paulo Francis denunciou, no programa Manhattan Connection, que “todos os diretores da Petrobrás” punham dinheiro na Suíça. Apesar do alerta em off de Lucas Mendes (“olha, que dá processo”), Francis não tirou o dedo do gatilho.
POLIBIO, POR FAVOR, QUE TAL VOCÊ CLAMAR,POR COERÊNCIA, INVESTIGAÇÃO TAMBÉM NA ADMINISTRAÇÃO DOS GOVERNOS TUCANOS (FHC et caterva)? Grato.
PS: Votei nulo na última eleição.
QUANDO UMA EMPRESA É DE TODOS:NÃO É DE NINGUÉM" DITADO VELHO MAS QUE CABE COMO UMA LUVA NESTE EPISÓDIO!ADIVINHEM QUEM VAI PAGAR MAIS ESTA CONTA?
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