Catarinenses não querem indústria de fosfatados da Yara e Bunge.

Foram duas dezenas, os e-mails que o editor recebeu de moradores e empreendedores do Sul de Santa Catarina, protestando contra a decisão da Yara (adubos, Porto Alegre) e Bunge, de investir R$ 550 milhões para explorar as minas de fósforo e a indústria de fosfatados, em Anitápolis.

. O empresário Elton Heidemann, por exemplo, avisou: “Como empresário e morador da calha do Rio Braço do Norte, quero esclarecer que a questão contra a IFC vai muito além de questões ambientalistas. É uma atividade que poderá ocasionar danos em toda a economia local, assim como danos a saúde da população e as várias PCHS que se encontram rio abaixo”.

. O Comitê do Rio Tubarão, que fica na região, segundo Eldon Heidemann, possui uma declaração técnica que impugna o investimento.

. Letícia Weigert, de Rancho Queimado, vizinha de Anitápolis, pensa da mesma forma: “Não é uma questão de ambientalistas contra o desenvolvimento. A indústria de fosfatados é letal para as águas que abastecem 21 municípios. Vidas humanas correm risco. O caso também é destaque na imprensa internacional."

8 comentários:

Anônimo disse...

As empresas multinacionais Bunge (EUA) e Yara (Noruega) criaram o projeto Anitápolis para explorar a jazida de fosfato localizada no Vale do Rio Pinheiro, em Anitápolis, Santa Catarina. O projeto prevê a abertura de uma mina de fosfato a céu aberto na região e a construção de uma fábrica de fertilizante SSP (Superfosfato Simples). Anitápolis é uma cidade situada na subida da Serra catarinense, perto de Rancho Queimado, Angelina, São Bonifácio e Santo Amaro da Imperatriz. Trata-se de uma região montanhosa, reduto do pouco que resta da Mata Atlântica, onde vários alfuentes dos rios mais importantes do Estado têm suas nascentes.

A Associação Montanha Viva está mobilizada contra o projeto, qualificando-o como uma “ameaça séria para seres humanos, fauna, flora, solo e recursos hídricos, contrariando qualquer conceito de sustentabilidade e de preservação do ambiente”. O local previsto pelas empresas para a abertura da mina e a construção da fábrica de fertilizantes tem 1800 hectares e está localizado em uma Área de Proteção Permanente (APP), nas margens de um rio que faz parte da bacia hidrográfica do Rio Braço do Norte, depois rio Tubarão. Para depositar o material de sobra proveniente da mineração e do beneficiamento de minério estão previstas duas barragens de rejeitos, com 80 metros de altura. “Estas barragens vão interromper o fluxo natural do Rio Pinheiro”, adverte a associação. Além disso, o projeto prevê um complexo industrial para a fabricação de ácido sulfúrico. A produção anual estimada é de 240.000 toneladas de fosfato e de 240.000 litros de ácido sulfúrico.

A entidade aponta os riscos do projeto, que já teve sua primeira licença concedida (“muito estranhamente adiantada”) pela Fatma (órgão ambiental do governo catarinense):

“A técnica utilizada para a extração do fosfato será a céu aberto, que consiste em primeiramente desmatar, depois retirar toda terra superficial até chegar ao minério, e em seguida cavar, deixando áreas gigantescas devastadas, à mercê da erosão. Mineração a céu aberto significa a exposição permanente da mina às influências das forças incontroláveis do tempo, este estando seco produzindo poeira, prejudicando a saúde de quem trabalha no local ou mora por perto, com chuva causando lixiviação e infiltração no solo, os resíduos assim podendo chegar aos cursos hídricos e à água subterrânea”.

“O geólogo José Carlos Alves Ferreira, formado pela Universidade da Califórnia, ao tratar do fosfato afirmou que “a grande poluição que se vê hoje no Pantanal deve-se ao fosfato dissolúvel resultado do modelo agro químico”. Por ser lixiviável e hidrossolúvel, ele vai diretamente para os rios e os contamina. Com isso, a extração do fosfato provocará, com certeza, a contaminação dos recursos hídricos da região, em especial, do Rio Braço do Norte, e na continuação o Rio Tubarão”.

Mas o ponto mais critico do Projeto Anitápolis, acrescenta a associação, compreende as duas barragens de rejeitos. Anitápolis está entre os municípios catarinenses mais propensos a desastres ambientais produzidos por enxurradas. O Rio Pinheiro é muito caudaloso nestas ocorrências. Em janeiro de 2007, o município de Mirai (MG) foi vítima de uma enchente de grandes proporções após o rompimento da barragem da mineradora Rio Pomba Cataguases, pertencente ao Grupo Quimica, de Cataguases. Resultado: 12.000 desalojados; mais de dois bilhões de litros de água misturada a lama e resíduos químicos utilizados no beneficiamento da bauxita, após destruírem a cidade de Miraí, invadiram o Rio Muriae e, assim, destruíram diversas cidades da região (Muriaé, Patrocínio do Muriaé etc.) e do norte do Estado do Rio de Janeiro (Itaperuna, Laje do Muriaé, Italva etc.). Este foi o segundo acidente ocorrido na região sob responsabilidade da mineradora. Os danos ao meio-ambiente foram incalculáveis”.

Para maiores informações sobre essa campanha, visite o site da Associação Montanha Viva.

http://www.montanhaviva.org.br/

Fonte: http://www.rsurgente.net/

Anônimo disse...

Sem fosfato não há agricultura decente, a produtividade vai cair brutalmente. Por que não cobrar medidas de proteção adequadas destas empresas? O resto é fanatismo não somente ambientalista,pois há outros interesses ocultos nesta história. Sem agricultura forte o Brasil não é nada e dependemos vitalmente da mesma. O Brasil cresce a custa das comodities e ,para tal, precisamos nos preparar adequadamente e não será por posicionamentos xiítas que alcançaremos o progresso. O RS deixou de crescer tanto quanto poderia, nos últimos 20 anos, por darmos ouvidos a xiítas como estes de SC. A vanguarda do atraso criou escola no estado vizinho.

www.eraldonaz.com disse...

Só quero deixar uma pergunta a esse individuo favorável a IFC.

O ilustre cidadão aprovaria uma alimentação orgânica (incentivando a nossa agricultura familiar, gerando renda e fixando o homem no campo com qualidade de vida... ) na merenda escolar das nossas crianças ou faria um convenio com industrias tipo dessas que se envolvem com alimentos transgênicos e se entranham entre os nossos representante políticos e lhe tiram a ética...


RESPONDA ISSO POR FAVOR?


Eu me chamo Eraldo Nazário, não sou ambientalista mais tenho orgulho do meu caráter...

Pra quem não tem ideia do que é a IFC quero deixar o link do Blog Projeto Reciclar
http://projeto-reciclar.blogspot.com/

Saúde a todos que não são gananciosos

Anônimo disse...

Pergunte de onde são todos esses ecologistas que estão em Santa Catarina. SÃO TODOS GAUCHOS...

Olhei no mapa, Anitápolis fica a 122 km de Laguna e tem idiota que disse que o tal empreendimento vai prejudicar as baleias.

Daqui a pouco vão dizer que vai prejudicar as Malvinas.

Braço do Norte é uma das cidades que mais polui o rio Braço do Norte com a criação de Suinos...

Anônimo disse...

Esse abobado das 19:30 fala isso pq não é no quintal dele.

Anônimo disse...

Se dependessemos dos ambientalistas estaríamos na Idade da Pedra, e olhe lá.

E' uma falta de senso prático impressionante. Ah.. a barragem lá longe rompeu é, pois que seja projetada uma que não rompa para Anitópolis. Áreas gigantescas devastadas... soa como o apocalipse chegando. Mas e será que chegam a um milésimo da área de SC ? Ou 1 milésimo da área da Mata Atlântica em SC ? Duvido.
Acido no rio Tubarão ? Será que vão conseguir jogar mais ácido que a Termoeletrica Jorge Lacerda com sua cinza de pH baixo espalhada por toda Capivari de Baixo ?
E quanto ao citado geólogo da UC, por que ele não fala das medidas antipoluentes adotadas em Mercedes, Califórnia a capital mundial do adubo ?
Não, já sei culpando o "modelo" em vez de apontar soluções.
O outro fala dos transgênicos. Qual é objetivamente o problema deles ? Não sabe, é claro, mas isso não importa.

Os ambientalistas são ruins de jogo até para compor uma solução que atenda a todos. Saem atirando pedras e querem ser levados a sério. Se posicionam contra o emprendimento em sí, enquanto, me parece ao menos, são contra a poluição potencial do projeto. Se tivessem uma inteligencia emocional mediana conquistariam níveis de poluição satisfatórios, recuperação da mata após a extração, área máxima em extração, barragens confiáveis, um plano B para os casos imprevisíveis, etc.

Anônimo disse...

Aqui é o abobado das 19:30h. Sugiro que os cultos, inteligentes, letrados e altamente perceptivos das possibilidades do futuro da humanidade, comecem a ler literatura científica, feita por cientistas de verdade, comecem a utilizar a técnica disponível no mundo e verão que a única saída plausível vem através de uma série de ações que nada tem a ver com radicalismos ambientalistas que não passam de uma percepção radical religiosa transferida para o meio ambiente. Por exemplo, a melhor forma de obtenção de energia , preservando o meio ambiente,atualmente, é a energia nuclear, basta fazer usinas tecnicamente conduzidas. Precisamos de toda a terra disponível já desmatada para cultivar alimentos e, o que é mais importante, controlar a população de nosso planeta. Temos mais de 6 bilhões de pessoas onde cabem de forma sustentada 1 bilhão. Não precisamos extermínio em massa, isto é para radicais, como os acima, mas sem diminuir a população do planeta, não há saída. O caso de Anitápolis só exige boa técnica aplicada ali, sem poupar dinheiro. O resto é radicalismo de fazer inveja aos talibãs. A ignorância faz as pessoas agirem de forma irracional, como aqueles que criticam o que eu disse antes. Merecem minha pena e a de todas as pessoas realmente inteligentes.

Anônimo disse...

Sou da iniciativa privada, defendo o sistema capitalista, mas entendo que deve haver estudos sobre o impacto ambiental, sem demagogia. A empresa deve se responsabilizar pelos efeitos de sua produção. Neste momento, o mundo necessita cada vez mais alimentos.
"Neste mundo nada se cria tudo se transforma", há soluções pra tudo.

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