Quem conheceu a ministra Dilma Roussef, como é o caso do próprio editor, que trabalhou com ela no PDT, na prefeitura e no governo do Estado (o editor é leitor de tudo que diz Dilma e consegue entendê-la) sabe que ela fala tão bem quanto um presidente de grêmio estudantil. A ministra é uma operadora política tecnoburocrática. Na velha União Soviética, corresponderia a um Laurence Béria, sem ofender a ministra, ou algo semelhante a um Kissinger, sem ofensa ao ex-secretário de Estado, caso vivesse nos Estados Unidos. Estes funcionários cumprem as ordens do chefe de modo canino, mas não têm vôo próprio. O que o editor quer dizer é que o ministro Tarso Genro estava correto na entrevista que concedeu na quinta-feira à Folha de S. Paulo, ao revelar que Dilma só saiu candidata porque o PT estava fragilizado por causa do Mensalão e não conseguiu enfrentar Lula. Claro que por trás da constatação correta de Tarso, vai também um bocado de ressentimento, porque ele mesmo gostaria de estar no lugar da ministra. Sobre o discurso de Dilma, vale a pena ler a íntegra do artigo a seguir de Augusto Nunes no seu blog do site http://www.veja.com.br/ Nunes foi editor de Zero Hora quando Dilma foi secretária das Minas e Energia no RS. Ele sabe do que fala. Seu artigo compara a retórica da ministra à retórica dos generais Dutra e Lott. O editor, há mais tempo, lembrou de Lott para sublinhar a semelhança entre os discursos e a movimentação de Dilma.
CLIQUE AQUI para ler a análise dos discursos inquietantes da ministra da Casa Civil.http://veja.abril.com.br/blog/augusto-nunes/
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