Descoberta de setor mafioso, dedicado a corromper, recoloca Odebrecht no centro da Lava Jato

A secretária Maria Lúcia Tavares, que chegou a ser presa e optou pela delação premiada, foi quem delatou a existência da organização interna,. um setor estruturado tipo máfia. Com base nela, saiu hoje a Operação Dona Xepa.

A Globonews apresenta neste momento, ao vivo, a entrevista coletiva dos delegados e procuradores federais, que explicam as operações de hoje.

Eles informaram que o caso envolve apenas a Odebrecht.

Planilhas de lançamentos de propinas em reais e dólares (pagamentos no exterior) foram mostrados ainda há pouco na coletiva.

É que a PF e o MPF descobriram a existência de uma organização interna da empresa, um setor estruturado, que contava com a participação de 11 altos executivos, além de sistemas paralelos de contabilidade, comunicação e de informática, tudo destinado a corromper entes públicos e privados. O sistema operou até meados do ano passado, quando foi desativado. A Odebrecht destruiu tudo que pode e também transferiu para o exterior diretores e até secretárias mais comprometidos, tudo com o objetivo de suprimir provas.

Marcelo Odebrecht, preso em Curitiba, operava pessoalmente muitos dos negócios ilícitos, mas além disto comandava tudo.

As propinas foram pagas até meados do ano passado, apesar da ocorrência das prisões de diretores e buscas e apreensões, tudo para garantir obras públicas em andamento.