Começou há pouco na CPI da Câmara o depoimento de Venina da Fonseca, ex-gerente executiva da Petrobrás. Ao fundo, na mesa, Venina. Em primeiro plano, o deputado gaúcho Onyx Lorenzoni, de volta à CPI, depois de recuperado, preparando-se para falar.
A seguir, recupere informações de Venina do dia 4 de fevereiro deste ano ao Bom Dia Brasil, Rede Globo, que mostra a enorme importância do depoimento da ex-gerente:
Venina Velosa diz que Petrobras foi avisada que
empreiteiras faziam cartel
Ex-gerente da Petrobras foi uma das testemunhas que
falaram à Justiça. Nesta quarta-feira, mais cinco pessoas depõem na Operação
Lava Jato.
Nesta quarta-feira(04) tem mais cinco depoimentos de
testemunhas de acusação na Operação Lava Jato, que investiga as denúncias de
corrupção na Petrobras.
As cinco pessoas que vão falar nesta quarta-feira (04) já
foram ouvidas nos outros dois dias. Como
a contadora do doleiro Alberto Youssef Meire Poza. Ela falou nesta terça-feira
(03) no processo que envolve a construtora Engevix. Nesta quarta-feira (04), o
processo é contra a construtora OAS. São nove réus nesse processo, incluindo o
presidente da empreiteira, José Aldemar Pinheiro Filho, conhecido como Léo
Pinheiro. Todos são acusados de crimes como corrupção, organização criminosa,
lavagem de dinheiro e uso de documento falso.
Nesta terça-feira (03), entre as testemunhas que falaram
à Justiça Federal estava a ex-gerente da Petrobras Venina Velosa da Fonseca.
Ela disse que a Petrobras sabia que as empreiteiras estavam em cartel.
A ex-gerente da Petrobras, Venina Velosa da Fonseca,
contou no depoimento à Justiça Federal como funcionavam as licitações da
Petrobras e disse que o então diretor de serviços Renato Duque assumiu parte da
fiscalização das obras da refinaria Abreu e Lima em Pernambuco. A construção da
refinaria teve o custo elevado de R$ 2 bilhões para R$ 18 bilhões segundo o
Tribunal de Contas da União.
“O diretor da área de serviços, o diretor Duque, tomou
para ele a questão do cronograma e da execução ficando para a área de negócios
realmente a questão do acompanhamento orçamentário”, disse no Venina Velosa no
depoimento.
A ex-gerente disse também que em 2009 um gerente jurídico
da estatal alertou um superior dele sobre a escalada de preços em Abreu e Lima.
Segundo Venina, o gerente pediu que os aditivos fossem fetos de forma mais
clara e organizada. “Os pedidos vinham de forma confusa e ficava difícil
analisar”, afirma a ex-gerente da Petrobras.
Ela afirmou que o alerta foi desconsiderado. Segundo
Venina, o gerente jurídico também tinha provas da existência de cartel em obras
da Petrobras.
Procurador: Essa documentação que ele reuniu seria cartel
nas obras de refinaria?
Venina: Era. Ele tinha um conjunto de documentos que
levavam a isso.
Outras quatro pessoas foram ouvidas nesta terça-feira
(03) como testemunhas de acusação no processo relacionado à Engevix, uma das
seis empreiteiras investigadas na sétima fase da Operação Lava Jato. Meire
Poza, a contadora de Alberto Youssef, confirmou que as empresas dele eram
usadas para lavar dinheiro.
Meire Pozza disse que nas contas da GFD, uma das empresas
de Youssef, entrou dinheiro das empreiteiras. E que notas frias foram emitidas
para justificar as transferências bancárias. No caso da Engevix, R$ 2 milhões.
“De fato, o tipo de serviços que foram descritos nas
notas emitidas para as empreiteiras não foram prestados”, diz Meire Pozza.
Três executivos e um ex-diretor da Engevix são réus no
processo, acusados de organização criminosa, lavagem de dinheiro e uso de
documentos falsos. Eles também são acusados de corrupção, por pagar propina a
Paulo Roberto Costa e a Renato Duque, ex-diretores da Petrobras.
O advogado dos empresários nega o envolvimento deles em
irregularidades. “Está cada vez mais comprovado que eles não tinham nenhum
vínculo com os fatos que estão sendo apurados nessa ação penal”, defende o
advogado da Engevix Fábio Tofic.
Os depoimentos não são sigilosos, mas são feitos em uma
sala fechada, sem acesso da imprensa. Nas audiências de segunda-feira (02), o
executivo Augusto Mendonça, da Toyo Setal, confirmou informações do acordo de
delação premiada que fez com a Justiça. Ele disse que parte da propina
combinada com o ex-diretor Renato Duque foi paga através de doação de campanha,
a pedido do próprio Duque. Segundo Augusto Mendonça, os pagamentos aconteceram
em 2008 e 2011.
Augusto Mendonça: Uma época o diretor Duque me pediu que
fizesse algumas contribuições oficiais ao PT e eu as fiz.
Figueredo Basto: Mas isso decorrente do pagamento de
propina?
Augusto Mendonça: Decorrente da comissão que eu havia
combinado com ele.
O PT disse que todas as doações ao partido foram feitas
dentro da lei e declaradas à Justiça Eleitoral.
O consultor da Toyo Setal Julio Camargo, que também fez
acordo de delação premiada, disse que a empresa pagou R$ 12 milhões de propina
a Renato Duque e ao ex-gerente de serviços da Petrobras Pedro Barusco. Barusco
também fez acordo de delação e já aceitou devolver R$ 250 milhões desviados da
estatal.
Julio Camargo afirmou no depoimento que a corrupção na
Petrobras era institucionalizada. “Chegou um determinado momento que essa
conversa não era mais necessária, era a regra do jogo”, afirmou em depoimento.
A advogada de Pedro Barusco disse que não pode se
manifestar por conta do sigilo do acordo de delação premiada. O advogado do
ex-diretor de serviços da Petrobras, Renato Duque, não retornou as ligações.
Sobre o alerta citado por Venina da Fonseca no depoimento, a Petrobras não quis
se pronunciar.
2 comentários:
O ex-jogador de futebol Fábio Pinto, de 34 anos, foi preso, nesta terça-feira, em Balneário Camboriú, Santa Catarina, durante a operação “Ex-Câmbio” da Polícia Federal. O ex-atleta, que defendeu clubes como Grêmio e Internacional, é suspeito de participar de um esquema de crimes financeiros envolvendo quatro organizações criminosas integradas por doleiros.
Leia mais: http://extra.globo.com/casos-de-policia/ex-jogador-de-gremio-inter-fabio-pinto-preso-em-operacao-da-policia-federal-17571293.html#ixzz3mUsMkmYL
A Venina vai meter veneno no rabo da Dilmandioca, ela tem o e-mail comprovando que a presidanta sabia de toda a roubalheira na petroleira e não fez nada porque estava em cumplicidade! E vejam só, o Leopoldo Lopez, opositor à tirania chavista do Maduro na Venezuela, foi condenado à 13 anos de prisão porque tuitou chamando as pessoas para as ruas, e é isso que esse governo petralha comuno/vagabundo pretende fazer aqui no Brasil, calar os cidadãos que fazem oposição à essa quadrilha de ladrões!
Postar um comentário