Istoé prevê acordão nacional com Michel Temer

Istoé identifica alguns nomes que Temer poderia chamar para seu governo de união nacional. Da esqueda para a direita: Simon, Ayres Brito, Marina, Josué Gomes (filho do ex-vice de Lula) e Joaquim Barbosa. Seria um governo de transição para as eleições de 2018.- 


A reportagem da revista Istoé desta semana, intitulada "O papel de Temer", assegura que com ou sem Dilma na Presidência, o vice Michel Temer torna-se peça fundamental para assegurar a governabilidade do País.

Leia o material de Mario Simas Filho e Josie Jeronimo.


Durante uma conversa rápida e acima de tudo tensa, o vice-presidente, Michel Temer, mostrou como trabalha para buscar a governabilidade do País no momento em que as pesquisas revelam que seis em cada dez brasileiros clamam pelo impeachment da presidente Dilma Rousseff. A conversa se deu na Base Aérea de Brasília, na sexta-feira 17. Temer preparava-se para embarcar rumo a São Paulo, quando foi abordado pelos presidentes da Câmara e do Senado, Eduardo Cunha e Renan Calheiros, ambos do PMDB e na alça da mira da Operação Lava Jato. Mais irritado do que de costume e com um tom de voz acima do habitual, Cunha disse ao vice-presidente que iria naquele momento anunciar o rompimento com o governo. Lamentou que o Palácio do Planalto não o protegia das ações do juiz Sérgio Moro e antecipou que não pouparia esforços para colocar na pauta do Legislativo o impeachment de Dilma Rousseff. Temer interpretou o gesto como uma armadilha: Cunha teria preparado o cenário para colocar o vice-presidente como co-protagonista do rompimento com o governo e na declaração de guerra à presidente. Mostrando irritação, a resposta dada pelo vice-presidente traduz o pragmatismo político de Temer. Logo depois de dizer que o rompimento com o governo era um gesto isolado de Cunha e não o caminho escolhido pelo PMDB, ele afirmou ter um compromisso com a Constituição e não com o Código Penal. Lembrou aos interlocutores que não se furtará a ocupar o lugar da presidente caso um processo absolutamente constitucional leve ao impeachment. Mas, em seguida, advertiu que, se vier a se concretizar o afastamento da presidente e sua promoção ao comando do País, a postura será a de buscar convergências capazes de retomar o crescimento e não colocar a máquina governamental como instrumento de proteção ou a serviço de um ou outro grupo político. 

O CONCILIADOR
Afeito à liturgia do poder, Temer se credencia para coordenar
um pacto nacional com todos os atores políticos
Temer sabe da importância do PMDB e de sua atuação para a governabilidade do País, seja como vice-presidente, como substituto de Dilma se vier o impeachment ou como aliado de um novo presidente caso tanto Dilma como ele venham a ser afastados do poder em razão de falcatruas nas contas eleitorais do PT. Como vice, não abre mão da lealdade, ocupa espaço na articulação política do governo e vem trabalhando de uma maneira que o credencia, caso necessário, a ocupar o poder sem que o País mergulhe em uma crise institucional. Temer navega com facilidade pelas mais variadas legendas e setores da sociedade. E quanto mais a Lava Jato agrava a crise política, mais aumenta a importância do vice. Não é à toa que nos últimos meses o Palácio do Jaburu, sede da Vice-Presidência da República tem se transformado em destino principal de diversas romarias. Cansados das negativas, indiferença e rispidez da presidente Dilma Rousseff, parlamentares da base, governadores, ministros petistas, representantes de associações empresariais e sindicais, militares de alta patente, presidentes de órgãos do Judiciário e, até mesmo, integrantes da oposição buscam o gabinete de Michel Temer para suprir a falta de diálogo da Presidência. Somente nas duas primeiras semanas de julho, Temer recebeu 77 parlamentares, acomodados nos intervalos das agendas com governadores, empresários e representantes do Judiciário. A muitos deles, o vice tem dito que, caso o governo se inviabilize politicamente, não será ao lado de Cunha e Renan que ele buscará a recomposição nacional. Ele pretende aglutinar quadros como o ex-senador Pedro Simon, os ex-ministros do STF Carlos Ayres Brito e Joaquim Barbosa, e o empresário Josué Gomes, filho do ex-vice-presidente José Alencar. “Em nenhum instante ele fala em impeachment, mas deixa muito claro que caso venha a governar, seja agora ou em 2018, pretende fazer um governo que não fique refém de Cunha ou de Renan”, disse na manhã da quinta-feira 23 um dos interlocutores do vice-presidente.

Enquanto tenta promover a articulação política do governo, na condição de principal líder do PMDB, Temer trabalha para apresentar ao País uma nova alternativa de poder, uma vez que já anunciou que a legenda pretende ter candidato próprio em 2018. Sob seu comando, o programa nacional do partido que vai ao ar em cadeia de rádio e tevê no dia 28 de setembro irá repetir o slogan “não são as estrelas que me guiam, são as escolhas que vão me levar” e em seguida dirá: “As escolhas falam por nós”. Na prática, uma espécie de declaração de independência em relação ao PT. Nada impede, porém, que a separação, a princípio marcada para 2018, seja antecipada. Outra demonstração de alternativa real de poder está agendada para o dia 15 de outubro, com o primeiro Congresso Nacional do Partido, que levará o nome de Congresso Compromisso. Ali, o PMDB apresentará ao País um novo estatuto e 15 propostas concretas para o Brasil. Para elaborar esse tipo de carta de intenções, Temer tem se reunido com empresários, sindicalistas, representantes do agronegócio, membros do Judiciário e líderes de diversos partidos, inclusive da atual oposição como o DEM e o PSDB. Emissários do vice-presidente conversam semanalmente com o senador Aécio Neves (PSDB-MG) e com o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. Há alguns desses interlocutores Temer já manifestou que o PMDB deve lançar candidato próprio em 2018, mas que abrirá mão de disputar a eleição caso venha a ocupar a Presidência em razão de um impeachment de Dilma. Nesse cenário, afirma que chamara Lula, Marina Silva, Aécio Neves e outros presidenciáveis e dirá a eles para que construam suas candidaturas enquanto permitam que o governo trabalhe para recolocar o País nos trilhos, sem abrir mão do combate à corrupção.

Sem o poder da caneta presidencial, o vice costuma mais ouvir do que falar e assim vem conquistando a confiança de parlamentares e empresários. Atualmente, Temer tem priorizado o setor produtivo da Construção Civil e do Varejo, áreas que sofrem fortemente os impactos da crise econômica. Nas próximas semanas pretende abrir a agenda para os movimentos sindicais. A todos esses interlocutores o vice repete como se fosse um mantra que o País precisa avançar independentemente do combate à corrupção, que, segundo ele, deve ser implacável. “O problema não é combater a corrupção, mas precisamos tratá-la nas páginas policiais e não pautar a política pelos crimes ou pelos criminosos”, afirma Temer a vários líderes que o procuram. Na semana passada, o trabalho de Temer pela manutenção da governabilidade ultrapassou as fronteiras. Reportagem da revista Economist com o título “The Power Behind the Throne” (O poder por trás do trono”), diz que o vice-presidente faz o papel de primeiro-ministro e se reúne com o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, com mais frequência do que a própria presidente Dilma. A revista afirma ainda que, no governo atual, é o PMDB quem dá as cartas em Brasília. A Economist cita a estagnação econômica, a alta da inflação e a Operação Lava Jato para explicar por que, agora mais do que nunca, a presidente precisa do PMDB. A reportagem lembra que o PMDB tem mais cadeiras no Congresso e mais integrantes do que qualquer outro partido, incluindo os principais rivais da política brasileira, PT e PSDB.
O papel de Temer ganhou destaque no exterior depois de sua atuação em Nova York, onde permaneceu da segunda-feira 20 até a quarta-feira 22. Temer deu palestra em evento com advogados americanos e alunos da Universidade de Cornell e teve encontros reservados com empresários do setor de infra-estrutura. A agenda oficial de Temer nos Estados Unidos incluiu, ainda, almoço com 30 representantes de grandes grupos de investidores financeiros como Pimco, Goldman Sachs, JP Morgan e Nomura. Juntas, as empresas gerenciam fundos em dezenas de países que atingem cifras de U$ 14 trilhões, valor sete vezes maior do que o Produto Interno Bruto do Brasil. O objetivo era o de reconquistar a confiança desses investidores. Temer tentou relativizar a crise política e econômica do País e chamou de “alegria cívica” as manifestações populares que tomam as ruas para pedir a saída da presidente Dilma Rousseff. A ida do presidente da Câmara, Eduardo Cunha para a oposição foi chamada de uma “crisezinha política”, que, segundo Temer, não interfere na instabilidade institucional. “Na verdade, até uma crisezinha política existe, mas crise institucional é que não existe. Esses acidentes ou incidentes que acontecem de vez em quando não devem abalar a crença no País”, disse, para logo em seguida afirmar que se vier a ocupar o governo não abrirá mão do ministro Joaquim Levy.
A maior visibilidade ao pragmatismo político de Temer se deu exatamente na semana em que foi constatada a impopularidade recorde da presidente Dilma. Na terça-feira 21, pesquisa CNT/MDA apontou que o governo tem a pior avaliação registrada desde 1999. Dilma Rousseff tem apenas 7,7% de avaliação positiva dos brasileiros. Em março, o percentual era de 10,8%. A queda demonstra a resposta das ruas ao desgaste sofrido pelo governo devido às denúncias de corrupção, flagrantes de irregularidades, falhas na administração pública e alta inflacionária. De acordo com a pesquisa, 70,9% dos entrevistados consideram o governo ruim ou péssimo. A pesquisa questionou, também, a opinião dos brasileiros em relação a um pedido de impeachment de Dilma. A saída da presidente foi apoiada por 62,8% dos consultados.

Os números negativos do governo e a radicalização política em torno do afastamento de Dilma exigem que o País seja pacificado. É nessa direção que o desafio de manter a governabilidade se impõe. Em outro momento emblemático da história do Brasil, na esteira do impeachment do ex-presidente Fernando Collor, a celebração de um pacto nacional foi necessária para restaurar a tranquilidade institucional e fazer o País voltar a andar. A condução desse processo, na ocasião, coube ao vice de Collor, Itamar Franco. Em dezembro de 1992, Itamar convocou uma reunião com todos os líderes e presidentes de partidos e estabeleceu um governo de unidade nacional. Os frutos seriam colhidos mais adiante, em 1994, com a criação do Plano Real, que proporcionou a estabilidade da moeda e o fim da inflação. As duas conquistas foram fundamentais para abrir caminho para as políticas de distribuição de renda e inclusão social – iniciadas nos governos de FHC e aprimoradas nas gestões de Lula.

A fama de pacificador atribuída a Michel Temer remonta ao início da década de 90. Em 1992, ele assumia a Secretaria de Segurança de São Paulo, depois de ser procurador-geral do Estado, com uma missão das mais espinhosas: a de tentar resolver a profunda crise no setor ocasionada pela chacina dos presos do Carandiru. Em seu primeiro ato como secretário, Temer convocou a sociedade civil para participar da política de segurança. Arejou o gabinete. Recomendou à secretária que marcasse quantas audiências fossem necessárias por dia, mesmo que ele tivesse que madrugar em sua sala de trabalho. Pela primeira vez, representantes de entidades ligadas aos direitos humanos conquistaram assento no Conselho da Polícia Civil. O cenário encontrado por Temer na secretaria de Segurança Pública era desolador. Registrava-se 1421 mortes de civis em conflitos com a PM. Para alterar o quadro, reforçou as corregedorias e ordenou que agentes envolvidos em crimes contra civis fossem deslocados para áreas administrativas, depois de passarem por exames psiquiátricos. Em um ano, reduziu drasticamente as mortes para não mais que 350. Ganhou o respeito da população e a admiração da tropa. 23 anos depois, Temer se considera mais maduro, viu sua liderança extrapolar os limites do Estado de São Paulo, mas continua a apostar em uma arma fortíssima para romper as resistências: o diálogo. Arma essa que parece não existir no arsenal da presidente Dilma Rousseff. 


25 comentários:

Anônimo disse...

essa conversa de união é pra deixar tudo como esta...

é no caos que as coisas mudam...

esse negocio de anunciar instabilidade institucional é tudo terrorismo verbal da turma que quer manter o poder...

vejam a Grecia...

diziam que o mundo ia acabar, que o dia de amanha seria incerto, analistas palhaços pagando mico prevendo o fim da UE...

o Brasil nao vai acabar se essa insana for arrancada da cadeira presidencial, o Brasil nao vai falir, nao vai haver guerra nem besteiras desse tipo...

como ja disse, é tudo terrorismo para demonizar a Lava Jato, que é a unica operação que esta realmente contribuindo para o país...

Anônimo disse...

Sem problemas, desde que antes o cachaceiro bravateiro vá para cadeia.

Anônimo disse...

MT está na lista de MO e já é bem conhecido entre nós como o maior achacador dos petralhas. Certamente, apenas estas credenciais já o inviabilizam a dirigir o país ou seja em palavras mais claras - MICHEL TEMER SÓ NÃO É MAIS CORRUPTO QUE LULA E ZÉ DIRCEU. Sua corrupção se diferencia apenas por ser mais sofisticada: ele achaca os achadores do PT e Petrolão. NÃO SERVE PARA O BRASIL ESTE TIPO A TOA!

Anônimo disse...

Combinaram com os Russos, digo, com o TSE e o STF?

Anônimo disse...

Como di0zia meus antepassados,"O Brasil tá bem arranjado".

Emmanuel disse...

Não há como!
Se o PMDB fica, apadrinhado, ou não, por Temer, ou por Cunha, de nada adiantaria. O problema do governo é a credibilidade, inexistente dentro e fora do Brasil.
Temer não é salvador da pátria e nem coisa alguma, e sim, mero elemento dentro da estrutura corrupta que levou Dilma ao planalto - "p" minúsculo mesmo, porque perdeu a credibilidade.
Manter esse cidadão lá é sinalizar que tudo fica como está, ou seja, muda a quadrilha e a roubalheira continua.
É como disse um articulista ultrajado: "hora de mudar o ladrão" ... e com Temer, não muda é nada!
Demais disso, quem perguntou ao povão se ele quer algum tipo de acordo?

Unknown disse...

O PMDB é sócio de carteirinha do saque impiedoso que bandidos comuns homiziados no PT e partidos da base aliada protagonizaram.
Durante os últimos 12 anos ele assistiu impassível, quando não com alegre conivência (vide Cabral & a Gang do Guardanapo, Renan no reino da Transpetro ou Eduardo Paes, o aderente sem pudor & o sumiço das vigas) e agora posa de Salvador? Menos, muito menos...
As circunstâncias o colocaram na solução do momento, mas não devemos nunca nos esquecer de que matéria o PMDB é feito, sob pena de repetirmos a aventura dos medíocres e despreparados no poder.

Valeriobrl disse...

LA #GroßeKoalition giá é in opera. Adesso c'é il tentativo di ufficializzata. @valeriobrl

Anônimo disse...

Michel Temer será tragado pela Lava-Jato.

a)Zelada vai entregar Temer:
http://veja.abril.com.br/blog/radar-on-line/brasil/jorge-zelada-negocia-delacao-e-negocia-envolver-novo-personagem-na-lava-jato/

""Já citou aos investigadores um personagem novo na Lava-Jato, hoje em um alto posto da República"

b)Cunha avisa Temer que vice-presidente é o próximo na Lava Jato.
http://epoca.globo.com/tempo/expresso/noticia/2015/07/cunha-avisa-michel-temer-que-nome-de-vice-presidente-deve-ser-citado-na-lava-jato.html

Nolano

Anônimo disse...

Se for para acabar com o projeto petralha e das esquerdas de transformar o país em um lixo bolivariano e iniciar o endireitamento do Brasil, ou no mínimo frear os planos petralhas, já é um alento, o menos pior melhor. Mas existe grande chance de, apesar desse acordão, o PT continuar dando as cartas e tudo não passar de uma grande encenação, e o Temer funcionar apenas como uma marionete petralha devido a sua lealdade.
Espero que o Joaquim Barbosa não se meta para não queimar o seu filme!

Anônimo disse...

MARCELA TEMER PRIMEIRA-DAMA JÁ!

Anônimo disse...

SE TEMER FOR PARA A PRESIDENCIA DARÁ UM JEITO DE LIVRAR LULLA E O PT.

É COBRA MANDADA. POR ISSO É VICE. SÓ SABE OBEDECER.

Anônimo disse...

Não se trata de guerra entre quadrilhas. Qualquer um que sentar ali, até 2018, pelo menos, terá que coligar. É inevitável. Nada irá andar. O momento é de engolir alguns sapos. Apear o PT do Executivo. Apear Cunha e Renan. E partir para a transição política, com calmaria. Temer para mim, já deveria ter assumido. A última eleição foi uma farsa, mentiras e mentiras. Não existe crime perfeito. No mínimo, sabemos o que ocorreu no verão passado. Todos sabem muito bem. Tenho certeza que todo o Judiciário só está esperando o dia 16 de agosto. Se nas ruas estiverem pelo menos 3 milhões de almas, a sorte estará selada. O Brasil não é Grécia e não está na Europa, como se tivesse um papai e uma mamãe pra ser socorrido. Temos 200 milhões de bocas. É muita responsabilidade.

Anônimo disse...

O Brasil está num beco sem saída. Com o PT no governo é essa destraceira, roubalheira, com o pT na oposição, nem Jesus Cristo governaria em paz. A UNE está quieta há treze anos, a roubalheira campeia nesse tempo todo e a UNE tá nem aí. Agora se sair o PT do governo a UNE desperta, os sindicatos, o MST e toda a quadrilha de movimentos ditos sociais, sairão às ruas. Triste destino o nosso.

Emmanuel disse...

Coalizione, niente !!
Ladri e truffatori saranno espulsi dal potere.
Basta con le persone che afferra il governo in favore própiro e fiancia dittatori con i soldi brasiliano.
Lula e Dilma è già il passato oscuro della storia, e Temer è solo un altro beneficiario della campagna con il denaro rubato al popolo.

Anônimo disse...

Para passar o Brasil, será necessário ética em todos os níveis. A começar por moralizar os conchavos políticos via cargos, o afastamentos dos ficha suja, a devolução dos valores roubados, a limitação do somatório de salários e afins superiores ao teto constitucional, eliminação de CC's, extinção de auto-aumentos salarias.
Depois desta pequena moralização, podemos seguir em frente.

Anônimo disse...

PT levando um pontapé na bunda
Já começa a melhorar

Anônimo disse...

Dra. Delação partiu com marido condenado:

A advogada criminalista Beatriz Catta Preta conheceu Carlos Eduardo Catta Preta Júnior como cliente, preso por falsificação de dinheiro; nesta semana, ela anunciou deixar a defesa de três investigados na Lava Jato porque estaria de mudança para Miami, onde está com o marido, que foi flagrado pelo Denarc com mais de 350 mil dólares falsos em 2001; a advogada foi responsável por nove dos 17 acordos de colaboração premiada na investigação da Petrobras, com os quais pode ter amealhado até R$ 45 mi; quem fazia as cobranças de seus clientes era o marido linha-dura; a origem de pagamentos de investigados na Lava Jato à advogada é questionada por parlamentares da CPI da Petrobras, que querem ouvir seu depoimento...

O motivo dado pela advogada Beatriz Catta Preta ao juiz Sérgio Moro para deixar a defesa de três investigados na Lava Jato esta semana – Júlio Camargo, Pedro Barusco e Augusto Ribeiro de Mendonça – foi sua mudança para Miami, nos Estados Unidos. É onde a criminalista, especialista em delação premiada, já está com o marido, condenado em 2003 por falsificação de dinheiro.

Carlos Eduardo Catta Preta foi flagrado e preso em 2001 em Alphaville, Grande São Paulo, com 50 mil dólares em notas falsas presas na cintura, segundo reportagem das jornalistas Mariana Barros e Laryssa Borges, de Veja. Agentes do Denarc – departamento de combate ao tráfico de drogas – encontraram em sua casa ainda 350 mil dólares falsos escondidos no banheiro.

O falsificador de dólares foi atrás de um advogado e, por indicação de um amigo, chegou ao escritório de Pedro Rotta, onde trabalhava Beatriz Lessa da Fonseca, então seu nome de solteira. Foi quando os dois se conheceram. Ela trabalhou em sua defesa e conseguiu que ele respondesse em liberdade. Carlos Eduardo foi condenado a três anos de prestação de serviços comunitários e começou a namorar Beatriz.

Os dois se casaram e tiveram dois filhos. Hoje, o marido é quem cuida das cobranças dos honorários dos clientes de Beatriz, chegando até a estabelecer os valores. A estratégia seria uma forma de evitar o desgaste da relação advogada-delator. Outra nota no site da revista, assinada por Ana Clara Costa, dá conta de que "doutor Carlos", como é chamado, usa métodos indelicados para fazer as cobranças, mesmo de famílias fragilizadas por conta das prisões dos acusados.

De acordo com relatos, não é incomum presenciar socos na mesa, gritos e xingamentos por parte do marido de Beatriz, que é ex-policial, sem distinção entre clientes. A cobrança conta com a mesma rispidez no caso de casos grandes, que rende quantias vultosas para o escritório, a exemplo da Lava Jato, ou de casos menores. Segundo amigos, ele exerce grande influência sobre a mulher.

Especula-se, no meio jurídico, que os honorários de Beatriz Catta Preta estejam entre R$ 2,5 milhões e R$ 5 milhões por causa. Tendo sido responsável por nove das 17 delações premiadas da Lava Jato – entre elas a do ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa, que revelou todo o esquema de corrupção – ela deve ter partido para Miami com no mínimo R$ 22,5 milhões e pode ter amealhado, em toda a investigação da estatal, até R$ 45 milhões.

Atacada por críticos da delação premiada, a advogada decidiu deixar a defesa de Júlio Camargo duas semanas depois de ele ter revelado o repasse de US$ 5 milhões em propina ao presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que nunca havia sido citado por ele antes. Segundo o lobista, o motivo foi medo de perseguição por parte do deputado. Cunha usa o fato para se defender: considera "estranha" a nova informação no depoimento.

Xi...Xiii....será que ela está fugindo do Eduardo Cunha, PMDB, Presidente da Camara?

Anônimo disse...

Se os cachorros assumirem
Começo a latir imediatamente
Nos livrando desta doença do petismo já é lucro

Valeriobrl disse...

Concordo com a palavra responsabilidade, ma o Brasil t que evoluir, tem que ter um sistema bi-polar: Centro-Direita de um lado CentroEsquerda do outro. Reforma Constitucional é indispensável. Não é mais o Brasil do 1988. @valeriobrl

Valeriobrl disse...

Concordo com a palavra responsabilidade, ma o Brasil t que evoluir, tem que ter um sistema bi-polar: Centro-Direita de um lado CentroEsquerda do outro. Reforma Constitucional é indispensável. Não é mais o Brasil do 1988. @valeriobrl

Anônimo disse...

Mas que time representativo heim? Ayres Brito e Joaquim Barbosa nunca foram eleitos e não são políticos. Marina foi derrotada nas eleições passadas e é outra que não negocia, apenas exige. Josué Gomes, um total desconhecido e filho do ex-vice de LULA, faria o que lá? representaria Lula? Simon... É o Pedro Simon, ilustre conhecido apenas pelos eleitores do RS? ele já não deveria estar aposentado criando galinhas?

Anônimo disse...



ACORDÃO COM MICHEL TEMER?? O PMBD ESTÁ "ATOLADO ATÉ O PESCOÇO" NAS FALCATRUAS DO PT NA LAVA JATO. É SÓ AGUARDAR UM POUCO QUE OS NOMES SERÃO CONHECIDOS.
CUNHA DENUNCIADO POR 5 MILHÕES DE DÓLARES E RENAN TERÁ QUE EXPLICAR SUA RELAÇÃO COM O ROMBO, DIGO, ROUBO, NO POSTALIS O FUNDO DE PENSÃO DOS EMPREGADOS DOS CORREIOS.

Anônimo disse...

Oxalá Nolano tenha razão. Tenho a mesma perspectiva.

Valeriobrl disse...

Com certezza a FIAT teve o dineiro do BNDES.. Vai de JEEEEEP... o povo que pagou a nova montadora.

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