Joaquim Barbosa critica influência das autoridades nas apurações de corrupção

O ex-ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Joaquim Barbosa disse nesta terça-feira, durante palestra em São Paulo, que "autoridades de alto nível do governo deveriam adotar uma postura de total equidistância com relação às apurações" sobre corrupção, em especial à Lava Jato.

Sem citar nomes, Joaquim Barbosa disse que "é evidente que pessoas envolvidas, especialmente aquelas do mundo político, tentam criar obstáculos à ação" de instituições como o Ministério Público, a Justiça e a Polícia Federal.

"Se nota uma certa ambiguidade. O governo deveria se abster completamente disso", disse Barbosa. "As autoridades de alto nível do governo deveriam adotar uma postura de total equidistância em relação às apurações, já que há pessoas do círculo do poder que estão sendo investigadas. Mas acredito que a Justiça dará conta de seu trabalho".

O ex-ministro vê avanços no combate mundial à corrupção, com maior acesso de autoridades a dados ao redor do mundo. Falando sobre a Lava Jato, ele explicou que a divisão da operação em inúmeras fases se dá pelo grande volume de material que imagina estar chegando às mãos da força-tarefa.

Ao comentar a nova lei anticorrupção, o ex-ministro do STF afirmou que o governo "emite sinais contraditórios que lançam dúvidas sobre sua real intenção em combater" a prática. Para exemplificar seu raciocínio, citou a readequação de multas a empresas brasileiras que corrompam agentes fora do País. Segundo o ex-ministro, ao limitar em 5% multas que poderiam chegar a 20% sobre o faturamento, o governo demonstra falta de comprometimento.

Um comentário:

Anônimo disse...

Vem pra política Dr. Joaquim. Pesquisa algum partido desses vários sem o menor sinal de corruptos em seu meio e se filia para 2018.O Brasil precisa da tua firmeza para eliminar a corrupção dos políticos e dos eleitores.

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