O que quer Tarso ao enfrentar o governo Dilma

Quem já foi ou é governo – ou faz política – sabe mais do que ninguém que auxiliar algum de peso faz declarações públicas como as que fez o secretário Mauro Knijnik, sem que seu superior, no caso o governador Tarso Genro, saiba com antecedência e aprove tudo.

. Se é que ele mesmo não mandou o auxiliar falar.

. Aqui nem se trata de situações vexatórias como as do secretário de Infraestrutura e Logística, que se revela um parlapatão incorrigível, ao atacar um diretor do Daer, seu subordinado, em vez de demiti-lo ou se demitir.

. O que quer Tarso Genro ao atacar obliquamente o valete da própria presidente Dilma Rousseff, o ministro do Desenvolvimento, Fernando Pimentel ?

. Apenas utilizar Mauro Knijnik como laranja, visando conquistar a posição confortável do soldadinho bom?

. Isto não parece manobra política tão rasteira.

. É possível acusar Tarso Genro por qualquer maldade, menos a de não saber jogar o bom jogo político – o que significa desenhar, sustentar e completar manobras estrategicamente bem sucedidas.

. Neste caso, as teses mais recorrentes para explicar o mau humor repentino do Piratini em relação ao governo federal dos seus próprios companheiros, são as seguintes:
1) Tarso estaria movendo mais um factóide, desviando a atenção do seu desastroso governo, ao eleger um inimigo externo, que é a coisa que o gaúcho mais gosta.
2) O governador estaria pensando como petista,  afastando-se do núcleo duro do PT e do governo Dilma, visando garantir uma alternativa mais palatável para o Partido em 2014.

- A tese do alinhamento automático, que o ajudou a se eleger em 2010, está sendo de pouca utilidade.