MBL ficará fora do novo governo de Porto Alegre

O MBL não terá secretários na administração do novo prefeito de Porto Alegre. O movimento envolveu-se num rumoroso e trágico episódio no primeiro turno das eleições deste ano, quando um dos coordenadores nacionais, Arthur do Val, veio em missão de São Paulo para reforçar a campanha de Marchezan Júnior e envolveu-se em gravações destinadas a comprometer adversários. Um deles, Plínio Zalewski, acabou suicidando-se dias depois. Ele deixou um bilhete, no qual acusa as perseguições:

- Muito bem. Vocês conseguiram. Espero que deixem minha família em paz. Espero que façam política, mas não com métodos de Estado Policial, grampos, hackeamentos e perseguições.

Ontem a tarde, o delegado Paulo Rogério Grillo, confirmou ao editor que a perícia grafológica constatou a veracidade da autoria do bilhete, que era mesmo de Plínio Zalewski. O delegado, com quem o editor conversou pessoalmente, longamente, segunda-feira da semana passada, disse que o inquérito poderá ser divulgado ainda esta semana, já que outras perícias, como a que resultará no laudo necropsial, forem concluídos. Um dos laudos concluiu que Plínio não ingeriu qualquer tipo de droga ou medicamento antes de se suicidar. Ele foi encontrado no banheiro do diretório municipal do PMDB, morto, vestido, atingido por facadas desferidas por ele mesmo.