Artigo, Arnaldo Jabor, O Globo - O boi

A ilustração é do jornal O Tempo, Minas, hoje. -

CLIQUE AQUI para ler, também, "O ocaso de um Partido", de Dione Kuhn, editora de Notícias do jornal Zero Hora. -

Faltam-me palavras para dar conta do que está acontecendo no Brasil. Eu nunca vi o país assim. Já vi crises violentas como a morte de Getúlio ou o golpe militar, mas esta tem uma característica diferente; é pastosa, uma areia movediça que engole tudo.

O que é uma crise? Digamos que um projeto político ou empresarial quisesse chegar a determinado objetivo. Corria um risco. Se não desse certo, teríamos uma crise. Era a época dos riscos. Hoje, vivemos na incerteza, porque não sabemos como agir.

Hoje, a crise é sonâmbula – como chegar e aonde chegar? O grave é que esses impasses estão eliminando os instrumentos institucionais da democracia.

O Congresso brasileiro é chefiado por dois sujeitos investigados com provas e recibos por crimes na Lava Jato, e também o Renan quando fugiu para não ser cassado pela evidência de suas jogadas. E hoje preside o Senado. Conta isso para um alemão, um inglês, e eles não acreditarão.

O Brasil está se esvaindo em sangue por causa de um cabo de guerra entre Dilma e Cunha, em amor e ódio, em busca de proteção mútua: “Você me salva do impeachment, e eu tento evitar sua cassação”. O Brasil está paralisado porque Cunha está mandando no país, porque detém o poder de chantagear todo mundo, mesmo denunciado até pela Suíça (que chique!). Como pode o Legislativo estar nas mãos desses caras? Parece não haver um só lugar onde não haja roubo. Na saúde, na merenda escolar, na educação.

O Brasil está encurralado entre uma flébil tentativa de ajustar as contas públicas e o ajuste sendo usado como moeda de troca. O Congresso está bloqueando nossa recuperação. O Brasil está sendo chantageado. “Se o Brasil não me atender, eu destruo o Brasil”.
Antigamente, o segredo era a alma dos negócios espúrios. Hoje, os mais sujos interesses são expostos à luz fria de um bordel. Está tudo a nossa cara.


Sempre houve roubalheira, considerada apenas um “pecado”, e era uma roubalheira setorial, descentralizada, e não esta coisa sólida, extensa, onipresente. 

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4 comentários:

Anônimo disse...

Leandro karnal é perfeito. Não é até divertido. Vale ouvir. https://www.facebook.com/video.php?v=1230000493693415

Anônimo disse...

Jabor, Jabor!!

Dizer que o país é comandado pelo Eduardo Cunha ou que o legislativo federal está bloqueando nossa recuperação é uma baita afronta à nossa pequena inteligência.

V. sabe muito bem que quem manda nesta zorra é Lulla , os petralhas, os petistas e cia. bela.

Seu artigo é missa encomendada por alguém que não quer largar o osso. Fala a verdade pra nóis, os otarios pagadores desta farra federal.

Sds

Anônimo disse...

O Jabor sempre matando a pau, ele é exceção que confirma a regra na Globo chapa branca, e um belo começo para se encontrar a solução para o Brasil seria prender o Lula urgente, metade dos nossos problemas sumiriam já de cara!

Anônimo disse...

A ROUALHEIRA tem que ser DESESTIMULADA E CASTIGADA já na infância.
Não é este o entendimento das famiglias petraglias e agregados, deu
no que deu esta aula de maus costumes. Vide exemplo da famiglia do
chefão, só gurizada medonha, descoronhados.

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