A reportagem a seguir é assinada pelos jornalistas Vitor Santana e Fernanda Borges, G1. leia tudo:
A Polícia Federal realiza desde a manhã desta
quinta-feira (10) uma operação contra uma quadrilha especializada em fraudar os
pagamentos de prêmios de loterias da Caixa Econômica Federal. No total, 54
mandados judiciais são cumpridos em Goiás, Bahia, São Paulo, Sergipe, Paraná e
no Distrito Federal. Entre os suspeitos de envolvimento estão o ex-jogador
da Seleção Brasileira Edílson e um doleiro.
Dos mandados, cinco são de prisão preventiva, oito de
prisão temporária, 22 conduções coercitivas e 19 de busca e apreensão. Até as
11h, nove mandados de prisões preventiva e temporárias foram cumpridos, sendo
três em Goiás. Além disso, no estado, foram realizadas sete buscas e apreensões
e uma condução coercitiva.
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De acordo com a corporação, o esquema desviou mais de R$
60 milhões em bilhetes premiados, não sacados pelos ganhadores, que deveriam
ser destinados ao Fundo de Financiamento Estudantil (Fies). No ano passado, os
premiados na loteria deixaram de resgatar R$ 270,5 milhões.
No total, 250 policiais federais participam da operação,
que tem supervisão do Ministério Público Federal e do Setor de Segurança da Caixa
Econômica Federal. Já foram apreendidos diversos cartões bancários, cédulas de
documentos falsos, além de modems, que eram usados em desvios de dinheiro
pela internet.
Esquema
Segundo a PF, a investigação, iniciada em outubro do ano
passado, apontou que o esquema criminoso contava com a ajuda de correntistas da
Caixa Econômica Federal, que eram escolhidos pela quadrilha por movimentar
grandes volumes financeiros e que também seriam os responsáveis por recrutar
gerentes do banco para a fraude.
Entre esses suspeitos está o ex-jogador Edílson, que
negou, por telefone, qualquer envolvimento com o caso. Agentes da PF
apreenderam discos rígidos e computadores na casa dele, em Salvador.
Ainda segundo a PF, quando os criminosos estavam de posse
de informações privilegiadas, entravam em contato com os gerentes para que eles
viabilizassem o recebimento do prêmio por meio de suas senhas, validando, de
forma irregular, os bilhetes falsos.
"A fraude não está no sorteio, ela está na validação
fraudulenta dos bilhetes. Qualquer bilhete premiado tem o prazo de 90 dias para
ser retirado. O sistema da Caixa emite um alerta quando falta oito dias para
prescrever esse bilhete. Com base nessas informações privilegiada, servidores
da Caixa repassava quais seriam esses bilhetes para membros da quadrilha",
explicou a delegada Marcela Rodrigues de Siqueira.
Em nota, a Caixa Econômica Federal informou que “já vem
colaborando com as investigações da Operação Desventura” e que “manterá
cooperação integral com as investigações em curso”. A instituição destacou,
ainda, que “está tomando todas as providências de abertura de processos
disciplinares, apuração de responsabilidades e afastamentos, nos casos de
envolvimento de empregados do banco”.
Os policiais federais também identificaram fraudes na
utilização de recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento Social (BNDES),
ConstruCard, que é o financimento da Caixa para a compra de materiais de
construção, e liberação irregular de gravames de veículos.
“Essa é uma forma inédita de ação. Hoje a gente espera
que tenha conseguido desarticular essa quadrilha”, afirmou o procurador da
República Hélio Telho.
Durante a investigação, um integrante da quadrilha foi
preso ao tentar aliciar um gerente para o saque do prêmio de um bilhete no
valor de R$ 3 milhões. Meses depois ele foi liberado e, segundo a PF, morreu em
circunstâncias que ainda estão sendo apuradas.
Os suspeitos poderão responder pelos crimes de integrar
organização criminosa, estelionato, lavagem de dinheiro e corrupção.
5 comentários:
ESTES EX JOGADORES NÃO SÃO FÁCEIS
E JUSTIÇA NEGA PRISÃO DE EDINHO. É QUE ELE PODERIA FALAR QUEM SÃO REALMENTE OS CHEFES. MELHOR DEIXAR SOLTO.
O que será que não tem roubo ou trambique no bananão?
É um caso de profundo estudo.
Como é que chegamos a esse ponto?
A MUITO TEMPO EU DEFENDO A IDÉIA DE QUE TODOS OS JOGOS DE LOTERIA DEVERIAM OBRIGATORIAMENTE CONSTAR O CPF DO APOSTADOR. INDEPENDENTE DELE REIVINDICAR O PRÊMIO, SERIA TRIBUTADO E DEPOSITADO AUTOMATICAMENTE EM SEU NOME NA CAIXA ECONÔMICA FEDERAL!!! ISSO ACABARIA COM MUITA LAVAGEM DE DINHEIRO E FALCATRUAS!!!
- MAS NÃO HÁ INTERESSE NISSO, POR QUE SERÁ NÉ???
Onde tem PT TEM ROUBO! OSASCO, a cidade escolhida (POR ACASO?) para
sediar todas as semanas os jogos das loterias federais. NINGUÉM leva
nada com esta "COINCIDÊNCIA"?
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