As exportações do Rio Grande do Sul somaram US$ 1,58
bilhão em maio, o que representa uma queda de 19,8% em relação ao mesmo mês de
2014. Esse resultado foi puxado pelas commodities, que recuaram 34,3%
(totalizando US$ 551 milhões), influenciadas principalmente pela menor demanda
externa por soja (-34%).
A indústria de transformação também apresentou
desempenho negativo, ao cair 9,2% nessa base de comparação, totalizando US$
1,01 bilhão. Esse é o patamar mais baixo para o segmento nos meses de maio desde
2009 (US$ 859 milhões).
Por outro lado, a retração foi menos intensa ante ao
total do Brasil (-10,9%). “A desvalorização do câmbio tem servido para
compensar parte das perdas relacionadas à queda da demanda externa por nossos
produtos. No entanto, continuamos perdendo participação em importantes mercados
em virtude dos elevados custos de produção que derrubam a competitividade das
nossas mercadorias.”, afirmou o presidente da Federação das Indústrias do Rio
Grande do Sul (FIERGS), Heitor José Müller, ao avaliar a balança comercial do
Estado.
Dos 24 segmentos industriais gaúchos, apenas seis
cresceram, enquanto 14 caíram e quatro mostraram estabilidade. Os principais
resultados negativos vieram de: Coque e Derivados de Petróleo (-95,6%),
Veículos Automotores, Reboque e Carrocerias (-32,0%), Máquinas e Equipamentos
(-25,6%) e Couro e Calçados (-10,8%). Os destaques positivos foram de Químicos
(22,7%), Tabaco (17,8%) e Alimentos (6,1%).
Em relação aos destinos das vendas externas do Estado, a
China garantiu a liderança (US$ 523,7 milhões), apesar da queda de 33,8%,
adquirindo basicamente soja. A segunda posição ficou com a Argentina (US$ 101,4
milhões), que diminuiu em 11,7% as encomendas e recebeu principalmente veículos
automotores. Na sequência vieram os Estados Unidos (US$ 87,5 milhões), ao
reduzir em 20,9% sua solicitação, cujo produto destaques foi armas de fogo.
Ainda sobre maio, as importações totais caíram 42,5%,
somando US$ 798 milhões – também o valor mais baixo para o mês desde 2009.
Todas as categorias de uso apresentaram desaceleração, com destaque para
Combustíveis e Lubrificantes (-60,0%) e Bens de Consumo (-53,6%). As demais,
ligadas à indústria, também tiveram quedas acentuadas: Bens de Capital (-38,1%)
e Bens Intermediários (-35,2%). Além dos menores preços de petróleo e seus
derivados no mercado internacional, tem pesado a desvalorização do câmbio, a
desaceleração intensa da economia gaúcha e o pessimismo dos empresários em
relação ao futuro.
Acumulado do ano – De janeiro a maio, as exportações
totais do Rio Grande do Sul caíram 8,4%, com a indústria retraindo 8,1%. As
maiores variações negativas foram de Coque e Derivados de Petróleo (-93,3%),
Materiais Elétricos (-25,5%), Celulose e Papel (-24,3%), Máquinas e
Equipamentos (-18,9%) e Couro e Calçados (-10,9%).
2 comentários:
o Bananão é uma galinha cacarejadora...
só vive de grãos...
cortou os grãos, tudo entra em colapso...
Concordo com o primeiro comentarista, o país está muito dependente das commodities e do mercado chinês, e se de repente os xing lings acharem que estão pagando muito pela soja e resolverem forçar o preço para baixo, fazendo o mesmo que aconteceu com o petróleo, por exemplo, atrasando as compras da soja, alegando que estão com um bom estoque do produto, ou que a soja brasileira está com uma praga, seria a quebradeira em cadeia do setor no Brasil, incluindo o sistema financeiro, porque o país não tem nem onde guardar a safra, e não tem um plano B para uma catástrofe destas. A soja e outras commodities deveriam sair já beneficiadas do país, pois nós atualmente estamos é exportando empregos e renda!
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