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Como tradição, herança dos vikings, conquistadores e
grandes navegadores, os noruegueses sempre foram excelentes marujos e
pescadores.. Os Mares do Norte, ondas geladas e assustadoras , escondem
tesouros nos seus bancos de pesca.
Durante o predomínio, no comércio, da Liga Hanseática,
quando os comerciantes teutões ocupavam posição de destaque no cenário mundial,
ocorreu uma associação mais do que eficiente, vantajosa para todos na Noruega.
Em Bergem, a pesca do bacalhau, o cod da região,
encontrou o seu ápice. Após a pesca, salgado, era a proteína que podia ser
comercializada a longas distâncias sem problemas de deterioração. Sem a
refrigeração atual, não havia outra possibilidade para o comércio em escala
mundial.
Bergem, concentrava mais de 2.500 alemães, eficientes e
trabalhadores ,contra uma população local de 5.000 noruegueses.
Até hoje, Bergem apresenta na parte medieval da cidade,
características em tudo semelhante as das antigas cidades alemãs. Após a 2ª
Guerra Mundial, com a destruição quase total da Alemanha, em Bergem é possível
retornar ao passado. A arquitetura medieval ressurge.
Em Stavangen,não muito longe , nos meados do século XIX,
pioneiros encontravam outra alternativa. As sardinhas, após processamento em
fábricas incipientes eram colocadas em pequenas latas. O processo manual
permitia a venda de produtos a preço bastante vantajoso. Por sinal em Stavangen
foi inventado o abridor para a nossa conhecida e tradicional latinha.
Com grande número de noruegueses emigrados para os
Estados Unidos - mais de 500.000 pessoas - com a proximidade da língua, outras
possibilidades de comércio surgiram.
Para ganhar o novo mercado, as embalagens ganham vida,
cores, motivos para marketing e frases e expressões em inglês.
O preço, a praticidade amplia a exportação, o produto
ganha dimensão e ofertas para todo o mundo.
Até 1929 não haverá restrições.
A visita às instalações da antiga fábrica, hoje um museu,
permite analisar como o peixe não nobre, barato, alcançou prestígio
internacional.
Após a depressão, resultado da quebra da Bolsa de Nova
York, ocorre lenta recuperação que só termina com a eclosão da 2ª Guerra
Mundial.
Interessante acompanhar o desenvolvimento dos rótulos, as
possibilidades no uso dos azeites, dos molhos, como conservante do produto.
Para redução do custo, até o óleo de soja pode ser usado.
No início, um operador poderia envasar até 900 latas por
dia, a mecanização a seguir, com máquinas para nós agora obsoletas, permitia
alcançar até 2.000 latinhas por hora. A evolução industrial não parou, mesmo
com os custos elevados da mão de obra.
Agora uma latinha pode ser adquirida no local por preço
variado entre 3 e 4 dólares americanos.
O local é pitoresco, a fábrica permite ter visão do
período em que Stavangen era a capital e o Mercado Mundial das Sardinhas. A
seguir, o mercado local, com restaurantes e pratos típicos nos aguarda. Podemos
apreciar os peixes do Mar do Norte e a gastronomia local.O salmão defumado, servido
com ovos mexidos em sanduiches com mostarda , é prato típico . Aprecie
com a cerveja local .
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