Na entrevista coletiva que concederam esta manhã em Curitiba, o MPF e a Polícia Federal (foto ao lado) concederam detalhes da nova fase da Operação Lava-Jato. Na 14ª etapa da
investigação, batizada de Operação Erga Omnes, foram cumpridos oito mandados
de prisão preventiva, quatro de prisão temporária, nove de condução coercitiva
e 38 de busca e apreensão, em São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Rio
Grande do Sul.
As
empresas estão entre as maiores do país no setor, e há suspeitas de
irregularidades em contratos com a Petrobras.
Além deles, Bernardo Schiller Freiburghaus, que seria o
operador da Odebrecht, "cortou os laços" com o Brasil e está na
Suíça, salientou a PF.
Conforme o procurador da República Carlos Fernando dos
Santos Lima, as duas empreiteiras agiam de forma mais sofisticada no esquema de
corrupção e fraude em licitações da Petrobras. O diferencial, de acordo com
ele, foi comprovado por meio de pagamentos de propina a diretores da estatal em
contas no Exterior:
– Há indicativos suficientes para que fossem pedidas as
prisões preventivas.
Propina de R$ 510 milhões
Os detidos serão levados para a carceragem da PF, em
Curitiba, ainda nesta sexta-feira. De acordo com o delegado da Polícia Federal
Igor Romário de Paula, a propina dos contratos com a Odebrecht seria de R$ 510
milhões, apesar de o número ser "muito especulativo". A PF ressaltou,
na entrevista, que a empresa tinha "grande poder de influência" na
cartelização ocorrida na Petrobras.
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– A Odebrecht vem negando as irregularidades, mas
documentos provam o contrário. A colaboração esperada de uma empresa que
enfrenta um problema como esse deveria ser diferente – disse o delegado.
O Ministério Público Federal (MPF) informou que Suíça,
Panamá e Mônaco foram os países usados para movimentação financeira dos
suspeitos dessa nova fase da Lava-Jato. O órgão acredita que as empresas
estavam envolvidas "como um todo" na cartelização e fraude de
licitações. Ele criticou também a tentativa de "blindagem" que as
empreiteiras vêm fazendo durante as investigações.
Saiba quem são os
presos da Erga Omnes:
– Marcelo Odebrecht (preventiva): Presidente da Odebrecht
– Rogério Santos de Araujo (preventiva): Executivo da
Odebrecht
– Márcio Faria da Silva (preventiva): Executivo da
Odebrecht
– Otávio Marques de Azevedo: Executivo da Andrade
Gutierrez
– João Antônio Bernardes: Ex-diretor da Odebrecht
– Alexandrino Alencar (temporária): Executivo da
Odebrecht
– Antônio no Pedro Campelo de Souza: Executivo da Andrade
Gutierrez
– Flávio Lucio Magalhaes: Executivo da Andrade Gutierrez
– Cristiana Maria da Silva Jorge: Prestava consultoria
para a Odebrecht
3 comentários:
Poxa ...
Que legal! Trocar o hotel cinco estrelas pelo xadrez da Federal em Curitiba!
Bom é se fossem para Pinhais: lá é um pouquinho mais frio ... E olha que está fazendo frio em Curitiba.
e o lobista x9, quando é que vai para curitiba ou pinhais tomar banho frio sem o menino do mep?
Meu pai teve um comércio aqui no Ceará, um fiscal foi lá cair em cima e acusou de um monte de coisa que existia e não existia. Cobrou propina para não fazer nada. Depois o judiciário também corrupto tentou extorquir e tirar os bens. No Brasil é assim. Se você não é roubado por empresários, você é roubado por burocratas. E depois ainda te mandam a fatura cobrando IPVA, IPTU, ICMS, ISS, Imposto de Renda e etc. Que no meu ponto de vista, imposto é extorsão. Se eu sou obrigado a construir, logo é extorsão.
Por que eu sou ou a sociedade civil é obrigada a sustentar o estado?
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