Os percentuais referem-se à Receita Corrente Líquida. CLIQUE AQUI para saber o que é RCL.
Nesta reportagem para o Correio do Povo, a jornalista Flávia Bemfica explica que os números envolvendo as finanças do Estado apresentados
pelo governo José Ivo Sartori e apontados pelo Tribunal de Contas (TCE), no que
se refere a gastos com pessoal, são divergentes. Na última sexta-feira, quando
o secretário da Fazenda, Giovani Feltes, anunciou o parcelamento dos
salários de parte do funcionalismo, o governo sustentou que a despesa com
pessoal, em números atualizados, é de 75,5% da Receita Corrente Líquida (RCL). O percentual consta em todo o material produzido pelo
Executivo sobre a crise nas contas, foi destacado por Feltes na audiência
pública sobre as finanças ocorrida na Assembleia Legislativa e mostrado
repetidas vezes nas Caravanas da Transparência. Mas o entendimento do TCE,
comprovado no parecer sobre as contas do governo, contudo, é que o
comprometimento da RCL com pessoal foi de 51,2% em 2013. Projeção atualizada
para 2014 indica percentual entre 53 e 54%.
Leia tudo (a tabela ao lado também é do jornal):
A diferença de cálculos tem causado desconforto em parte dos quadros
do Tribunal, entre eles servidores graduados, com longa trajetória no exame de
contas públicas. Internamente, há no TCE quem considere que o Executivo está
sendo “imprudente”. Isso porque, se de fato o governo estadual compromete mais
de 70% da RCL com despesa de pessoal, está descumprindo a Lei de
Responsabilidade Fiscal (LRF), que estabelece um limite de 60%. E o
descumprimento da LRF implica uma listagem de sérias consequências.
“Seguimos uma metodologia rigorosa e há toda uma
certificação sobre os números constatados. Para usar uma expressão da qual o
secretário da Fazenda costuma lançar mão: não fazemos uma conta de padeiro”,
explica um integrante do corpo técnico do TCE.
“O Tribunal trabalha com um número, a Fazenda com outro e
a Secretaria do Tesouro Nacional com outro. Então, na verdade, existem três
cálculos”, minimiza o chefe da Casa Civil, Márcio Biolchi. Quando esteve na
Assembleia, Feltes creditou a diferença no percentual a “ajustes” feitos pelo
TCE, de forma a manter o RS dentro dos limites legais. “Esses ajustes
interessam a todos os poderes, já que, em todos, a despesa com pessoal é alta.
Mas nós queremos mesmo é estourar a corda, evidenciando esses gastos”, completa
outro secretário.
Governo usa cálculo alternativo
A divergência entre os percentuais do Tribunal de Contas
(TCE/RS) e o Executivo estadual ocorre porque no cálculo de quanto o gasto com
pessoal consome da Receita Corrente Líquida (RCL) os integrantes do governo
Sartori não consideram determinadas exclusões. Entre elas estão algumas
despesas classificadas contabilmente no grupo Pessoal e Encargos Sociais mas
que, conforme os critérios da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), não devem
influenciar o cálculo do limite.
E, ainda, outras exclusões que, conforme o TCE, também
precisam ser feitas, como pensões, dedução do Imposto de Renda Retido na Fonte
dos Servidores (IRRF) e apropriação da despesa com a Revisão Geral Anual
(salarial) dos órgãos.
Nos números referentes a 2013, por exemplo, os gastos com
pessoal representam 71,7% da Receita Corrente Líquida sem as exclusões, mas
caem para 51,2% com elas.
Entre as punições previstas para o não cumprimento da LRF
estão o impedimento do recebimento de transferências voluntárias e de
contratação de operações de crédito. As sanções penais incluem pagamento de
multa com recursos próprios, inabilitação para o exercício da função pública
por um período de até cinco anos e até perda do cargo e cassação do mandato.
11 comentários:
por tras dos panos deste discurso esta o aumento de impostos,assim como a nivel nacional,o que os governos querem de fato é mais impostos para terem mais grana pra manter a gastança, ilusaõ achar que eles poderiam cortar gastos.
Feltes o Profeta do Caos...vai trabalha em prol do RS e não esculhambá com essas planilha de anarquista
É fácil quem diz que a despesa com pessoal é menor deve ser responsabilizado com os gastos futuros se estourar a Lei de Responsabilidade Fiscal,quero ver quem vai colocar o chamegão,assinatura,ou como diz no popular, "Colocar o seu na reta".Quem está com a responsabilidade na mão é quem sabe onde o calo aperta.
Que vergonha para o Feltes, foi desmascarado.
Xiiiiiiiii.........Xiiiiii........os números do tiririca da serra (75%) eram 171. Agora nada mais justifica atraso de salário, falta de pagamento de fornecedores, falta de gasolina para a policia e outros pacotes.
E agora José ??
Pelo jeito vai dá pra levá mais gente pro tour na Europa
Quem paga e controla os pagamentos é que deve informar corretamente. Não creio que o TCE esteja com toda essa bola e garantir esse percentual.
PERA AÍ > SECRETARIA ESTADO NÃO SABE FAZER CONTAS ???
alguém está mentindo..
quem?
TIRIRICA PELADO INFORMA:
NO "GOV. PEDRINHO SIMON", OS GASTOS ERAM DE 80 %, E NO ATRASO GERRO", TB ERA O MESMO VERBO.
SÓ QUE ESTE ÚLTIMO, EM TRATATIVAS COM AS ASSOCIAÇÕES DE ALGUMAS CATEGORIAS, DEPOIS DE SER DESMENTIDO DO PERCENTUAL GASTOS COM O FUNCIONALISMO, AFIRMOU Q ESTAVAM INCLUÍDOS OS PAGAMENTOS DAS EMPREITEIRAS.
CONCORDO PLENAMENTE COM O TCE, PELAS INFORMAÇÕES Q OBTENHO.
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