Eduardo Cunha exclui deputados do PT do comando de CPIs

Apesar de ter declarado que sua boa educação o impediria de fazer um jantar "rival" na mesma noite em que a presidente Dilma Rousseff reunia seus aliados no Palácio da Alvorada, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), promoveu um encontro com a oposição e governistas na noite desta segunda-feira. É o que informam repórteres da Folha nesta terça-feira.

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E, como previsto, foi uma reunião totalmente anti-Planalto. Isso apesar de contar com a presença de vários líderes de bancadas governistas, que chegaram à casa de Cunha –a cerca de 12 quilômetros do Alvorada– após deixar o jantar de Dilma.

"Tinha mais gente no jantar do Eduardo do que no da Dilma", brincou o oposicionista Paulo Pereira da Silva (SD-SP). O encontro de segunda levou Cunha a cancelar o almoço que faria nesta terça (4) com seus aliados.

De acordo com relatos, o presidente da Câmara acertou com a oposição e com parte da base de Dilma a exclusão do PT dos postos de comando das duas CPIs que têm grande potencial de desgaste para o governo: as que vão investigar supostas irregularidades no BNDES e nos fundos de pensão.

A dos fundos será presidida pelo oposicionista DEM –Efraim Filho (PB)– e relatada por um peemedebista aliado de Cunha, Sérgio Souza (PR). A do BNDES será presidida pelo peemedebista Marcos Rotta (AM) e relatada pelo PR –Márcio Alvino (SP). O oposicionista PSDB ficará com a presidência da uma outra CPI, a de crimes cibernéticos.

Cunha é hoje adversário declarado do governo. Ele afirma haver uma dobradinha sigilosa entre o Planalto e o Ministério Público Federal para incriminá-lo na Operação Lava Jato. Adversários afirmam, entretanto, que ele usa o embate político como cortina de fumaça contra as investigações.

Cunha é apontado por dois delatores da Lava Jato como destinatário de propina do esquema de corrupção na Petrobras. Seu nome aparece também em requerimentos que, segundo esses delatores, foram usados na Câmara para achacar fornecedores da estatal.

O líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE), se reuniu na manhã desta terça com Cunha para tentar contornar o estrago.

"Não tem essa de excluir o PT, é a segunda maior bancada da Casa. Quem decide é a base [governista]", afirmou.

IMPEACHMENT

Ainda segundo participantes do encontro, o impeachment foi um tema bastante discutido. A avaliação mais consensual é a de que é preciso aguardar a recomendação do Tribunal de Contas da União sobre as contas de Dilma relativas a 2014.

Caso haja o parecer pela rejeição –o Congresso é quem dá a palavra final–, alguns defendem que Cunha autorize a tramitação do pedido de impeachment.

O peemedebista tem dado sinais de que pretende fazer isso, mas segundo participantes do encontro de segunda, ele teria anunciado um outro caminho. Ele rejeitaria o pedido de impeachment, mas a oposição recorreria ao plenário. Com isso, bastaria os votos da maioria dos presentes à sessão para reverter a decisão.

Cunha afirmou que no jantar só ouviu os comentários da oposição sobre impeachment e que não se manifestou.


7 comentários:

Anônimo disse...

PARABÉNS AO EDUARDO...É O MESMO QUE BOTAR A RAPOSA DENTRO DO GALINHEIRO E FECHAR A PORTA AO DEIXAR O PT PARTICIPAR DE QUALQUER CPI OU INVESTIGAÇÃO...O PT É O INVESTIGADO,É O CORRUPTO,É O LADRÃO.O PT TEM QUE SER AFASTADO DE TUDO,SEM EXCEÇÃO.AFASTADO E ELIMINADO E SEUS POLÍTICOS PRESOS.

Cap Caverna disse...

Fez muito bem o Eduardo Cunha , em excluir os ratos petistas das CPIs. Colocar qualquer canalha petista , em comissão que tente ser séria, é o mesmo que colocar o Fernandinho Beira Mar, cuidando um depósito cheio de cocaína!

Anônimo disse...

O Cunha só deve autorizar a tramitação do pedido de impeachment quando ele tiver certeza que já tem 2/3 favoráveis! FORA DILMA! FORA PT!

Anônimo disse...

O Ministério Público está a investigar os contratos ganhos em Portugal pelas brasileiras Odebrecht e Andrade Gutierrez, durante a governação de José Sócrates, diz o Correio da Manhã. Os contratos valem cerca de 900 milhões de euros, contando uma a uma os contratos públicos ganhas pelas empresas, desde que comparam em Portugal a Bento Pedroso construções e Zagope.

Esses contratos envolvem barragens (Sabor e alqueva), autoestradas (Grande Lisboa, Baixo Tejo e Douro Litoral) e a modernização de escolas (ao abrigo da Parque Escolar).

A Procuradoria Geral da República nada quis acrescentar ao CM, face ao comunicado emitido esta semana, quando confirmou ter recebido um pedido de colaboração da justiça brasileira, ao abrigo do caso Lava Jato – que envolve estas duas empresas e investiga também o ex-Presidente Lula da Silva. A teia de relações entre os dois países (empresarial e política) foi descrita já aqui, em cinco gráficos, pelo Observador.

Anônimo disse...

É por isto que os destruidores de reputações estão fazendo o possível e o impossível para tentar destruir Cunha, mas quanto mais tentam, mais forte ele fica!

Anônimo disse...

Petistas não devem participar das CPIs.

Anônimo disse...

Eduardo Cunha não é burro. É a versão cabocla de Frank Underwood da série House of Cards.

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