As pressões políticas sobre o Procurador Geral da República são enormes neste final de semana e não se resumem a ameaças de morte. Rodrigo Janot mandou a família para os EUA. O Procurador prometeu divulgar a lista dos políticos envolvidos no Petrolão até esta terça-feira. A seguir, leia notas da colunista Vera Magalhães na principal coluna da Folha de S. Paulo deste domingo:
Alô, Janot A pressão sobre Rodrigo Janot por conta
da lista dos implicados na Lava Jato não vem de hoje. Em novembro passado, José
Eduardo Cardozo (Justiça) pediu que o procurador-geral da República recebesse diretores
do Banco do Brasil para discutir as investigações.
Risco... Janot e outros procuradores se reuniram em
24 de novembro com representantes da área jurídica e analistas econômicos do
banco, que foram expor graves consequências econômicas caso empresas envolvidas
nos desvios da Petrobras fossem severamente punidas.
Sistêmico Munidos de relatórios expostos aos
procuradores em PowerPoint, descreveram um cenário alarmista, em que, a
depender do valor das sanções financeiras aplicadas às empreiteiras, o país
teria o crescimento afetado e o efeito se alastraria para vários outros
setores.
Instável Amigos do procurador-geral da República
dizem que ele demonstra abatimento e ansiedade nos últimos dias com a pressão a
que está submetido.
Acuado 1 Outro que passou o final da última semana
tenso com o desfecho iminente da lista da Lava Jato foi o presidente da Câmara,
Eduardo Cunha (PMDB-RJ).
Acuado 2 Antes confiante de que ficaria
fora do rol, o peemedebista disse a aliados ter recebido sinais de que seu nome
poderá ser incluído. Diante da hipótese, Cunha se mostrou colérico e disposto a
se vingar do governo
4 comentários:
Desejo pessoal meu, talvez de muitos: tomara que o nome de Cunha esteja na lista negra.
Mas ele sabe que o rabo esta preso so assim se justifica seu temor.
Uai, mas por que ele vai cair de pau no governo se a lista é do Ministério público e do Sérgio Moro? Ele é que se indigne com o PGR.
Esther
Há muitos nomes CITADOS, ou seja, que foram mencionados por alguém mas que NÃO TÊM NADA A VER COM O PETROLÃO.
Isso é um poder imenso ao Janot: ele pode abrir inquérito mesmo que tenha certeza de que houve mera referência a alguém, sabendo que não há nada que o implique no esquema.
É por isso que o Cunha está indignado: EM TESE não participou do esquema mas teve o nome mencionado. Sabe que vai ser jogada política se houver abertura de inquérito em seu nome.
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