Entrevista, Vanderlan Vasconcelos - Quero PPP, já, para dragar os canais de navegação para Rio Grande

ENTREVISTA
Vanderlan Vasconcelos, deputado estadual PSB, ex-prefeito de Esteio

Qual foi a reação do governador Sartori à sua proposta de tocar PPP para a realização dos serviços de dragagem dos canais artificiais de navegação entre Porto Alegre e Rio Grande ? A via tem 300 quilômetros.
Ele vai ter que estudar, claro, mas este caso está maduro para uma decisão imediata. Eu já conversei com todas as partes interessados e todos estão de acordo. O governo não tem recursos para os serviços. Isto obriga os navios a navegar com meia carga. Isto tudo impõe um prejuízo enorme ao Estado, já que a logística atual de transportes é toda baseada em estradas insuficientes e mal conservadas. 

O que ganharia a empresa parceira da PPP, já que o Estado não tem dinheiro ?
A areia, que hoje é jogada fora, normalmente ao lado do próprio canal, voltando para ali em seguida.

O senhor pode descrever a região abrangida ?
A Hidrovia Lagoa dos Patos - Rio Guaíba inicia no extremo sul do estuário da Lagoa dos Patos, junto à cidade de Rio Grande, no ponto de embarque dos práticos da Lagoa dos Patos (32° 03,4'S/52° 03,2'W), localizado entre a Ilha do Terrapleno e o Cocuruto, e termina ao norte do Rio Guaíba, no Delta do Rio Jacuí, junto à Usina do Gasômetro, ponto de junção dos braços leste e oeste do Rio Jacuí, numa extensão total de 162 milhas náuticas (300 quilômetros).

E os canais artificiais: como é isto ?

A carta náutica 2140 mostra que essa hidrovia apresenta três tramos característicos - o estuário do complexo lacustre, o corpo principal da Lagoa dos Patos e, ao norte, o Rio Guaíba. Na zona estuarina, área de forte sedimentação lacustre, existem quatro canais artificiais - Setia, Coroa do Meio, Nascimento e Feitoria. Depois, ao longo de 108 MN (200 quilômetros) do corpo principal da lagoa, a navegação é feita em fundo natural, com a ajuda de sinais náuticos luminosos (bóias, faroletes e faróis) demarcadores dos inúmeros bancos existentes nesse trecho. Por último, já no Rio Guaíba, surge outro grupo de canais artificiais - Itapuã, Campista, Junco, Belém, Leitão, Pedras Brancas e Cristal. Os canais do estuário da Lagoa dos Patos e do Rio Guaíba possuem 80 metros de largura e 6 metros de profundidade (calado de 5,20 metros/17 pés), lâmina d'água compatível com o perfil longitudinal da hidrovia, que proporciona uma profundidade natural média de 6,5 metros na linha de navegação(incluindo o corpo principal da Lagoa dos Patos).

4 comentários:

Anônimo disse...

Só tem que combinar com os russos: a areia, se tiver uso econômico, será considerada minério e depende de autorização do DNPM. A vida não é tão fácil.

Anônimo disse...

Eis aí um caso para a "çábia" área
do meio ambiente meter o bedelho e colocar trilhões de empecilhos.
Não ajuda e atrapalha horrores. Ora, no caso é proposto um desassoreamento, com o aproveitamento comercial da areia
que se não for retirada do rio,
logo após a dragagem se movimenta com as correntes d'água e entopem novamente o local (CANAL) que fora
desobstruido. É um serviço que o Estado poderá receber os canais
mais profundos e desobstruidos facilitando e ampliando a capacidade de carga das embarcações, verdadeiras "estradas" com capacidade muito superior ao transporte rodoviário, sem gastar os recursos que o governo não tem.
Este é o típico caso que o governo deve pensar e DESTRANCAR,
DESTRAVAR a máquina pública para alavancar um setor-navegação que se depender do Estado nunca teria solução. Em resumo: o que o governo gasta de dinheiro vivo-ZERO e pode realizar algo que NUNCA FEZ, e se fez, FEZ MAL.
Existem assim inúmeros outros setores da economia adormecidos como este, navegação, onde o ESTADO não realiza e nem autoriza o funcionamento e quem perde é o Rio Grande.

Capitão Tormenta disse...

O nobre Deputado passou pela SPH, de forma quase obscura, e não aprendeu nada, pois este pessoal que draga, mais conhecidos como areeiros são uns pedradores do sistema, não respeitam normas e leis, não tem equipamentos adequados, e só ver como a Fepam e Marinha e Polícia Federal, tiveram um trabalho para que os mesmos se ativessem a lei. Agora, dragar a Feitoria só com Dragas muito caras, coisa de 30/50 milhões, duvido que consiga para se dragar, o ´custo do metro dragado é da ordem de 6/10 dólares, o deputado deve ter ido na conversa dos interessados.

Anônimo disse...

Quanto mais caro para retirar o metro cúbico de areia, mais justificativa tem o Estado para
formar parcerias com a iniciativa privada, indicando os requisitos para a execução dos trabalhos-
capacidade das máquinas, prazos
de execução e tantos outros detalhes técnicos. A única certeza
é que se deixar as decisões e execuções na mão de órgãos do governo os trabalhos serão realizados quando? NUNCA, com as
mesmas desculpas de sempre para não fazer nada, como a dragagem do Porto de Paranaguá, no Paraná,
no Governo Requião-as dragas são caras, e blá-blá-blá e blá!
Os órgão públicos com muito poder
de execução é ÓTIMO PARA PROPINAS
dos servidores que SEMPRE CRIARÃO
DIFICULDADES PARA VENDER FACILIDADES!!! Porisso, esperem pouco ou nada que venha a ser feito por órgãos públicos em termos de execução.

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