Governo do RS sentou sobre uma bomba relógio e chega aos 100 dias acelerando o déficit

Depois de ter iniciado o governo como gastador de tempos de bonança, o governador Tarso Genro parece disposto a implementar um pacote de restrições fiscais.

. As medidas anunciadas são um bom começo, dependendo da profundidade com que forem implementadas: 1) corte de despesas (Tarso não diz quais os valores e nem quais os setores atingidos). 2) racionalização da administração (o governo nem sabe o que é isto). 3) teto para pagamento de precatórios (calote) em 1,5% da receita corrente líquida própria. O governo não fala em renúncias fiscais, renegociação da dívida com a União, tranca ao empreguiso,  mas acena com mais combate à sonegação (o combate já é eficaz e pouco há a fazer, afora a manutenção do que ocorre) e até com aumento de impostos. É tudo o que prejudica a população, que disporá ainda de piores serviços públicos e baixa infraestrutura para garantir o crescimento estadual.

. O problema é que Tarso Genro não consegue conter a onda empreguista do seu governo e nem fazer frente às demandas corporativas dos setores públicos. Somente o aumento de 10,9% para os salários do magistério, aprovado nesta sexta-feira, acrescentará gastos de R$ 350milhões ao total da Folha.


- Frouxo no controle das despesas e com receita crescendo muito pouco, o governo do PT chega aos seus 100 dias sem manter o déficit zero, que é o resultado das receitas totais frente aos gastos totais, calculados durante um ano e valendo apenas para aquele ano. O déficit para este ano já é estimado em R$ 750 milhões.