Caxias bate forte para buscar sua linha férrea.

O Plano Nacional de Logística e Transportes (PNLT) quer mudar a matriz de transportes para cargas. Ela ainda terá o modal rodoviário à frente, mas sua participação cairá dos atuais 58% para 33%, enquanto a fatia das ferrovias subirá de 25% para 32%; o modal hidroviário, de 13% para 29%; o modal dutoviário, de 3,6% para 5%; e o modal aéreo, de 0,4% para 1%. Até os anos 70, o Brasil investia 2% do PIB em infraestrutura de transportes, mas a partir daí a fatia caiu para 0,2%. China investe 5% e India algo como 2%.

. A Câmara da Indústria e Comércio de Caxias do Sul não está disposta a dar trégua na batalha que começou para reativar a via férrea que liga o município a Canoas (Estação Luz) e dali a Rio Grande. Há poucos dias o editor conversou com quase toda a diretoria da CIC e conheceu os grandes números que justificam as reclamações atuais.

. A ALL desativou o braço férreo e só dá respostas incoerentes quando é chamada a falar sobre o assunto. A ALL prometeu se manifestar em telefonema ao editor, mas ficou por aí.

. A CIC quer que seus interesses sejam atendidos pela ALL ou outro empreendedor, que poderá ser a projetada Ferrosul (o editor não acredita em absoluto nessa alternativa pública).

. Caxias do Sul é o maior município do interior e é líder na produção industrial do RS (e é líder através do segmento mais dinâmico da indústria gaúcha, que é o segmento dinâmico, o que não depende de insumos agropecuários).

. Na semana passada, provocado, o Tecon, a mais importante empresa de terminais de containeres do Estado, deu pleno apoio às demandas da CIC. O Tecon constatou que 23% dos containeres que movimenta são originários ou se destinam a Caxias.

. Na semana que vem, dias 7 e 8, a CIC tocará o seu II Seminário de Transporte Ferroviário de Cargas. No almoço dia 7, ouvirá Samuel Gomes, presidente da Ferroeste, ferrovia que Requião instalou no Paraná, ligando Guarapuava a Cascavel, com 249,4 km de extensão. A Ferrosul usaria a Ferroeste como núcleo, ligando Dourados (Mato Grosso) a Rio Grande (RS). Rio Grande não seria o único grande porto marítimo do percurso, já que a via também visa alcançar Paranaguá e Antofagasta, no Chile.

Saiba mais: (54) 3218-8042 e 3218-8061.

3 comentários:

Luiz Vargas disse...

Acho bom a CIC de Caxias do Sul pensar em um outro empreendedor, pois a ALL só é competente ao vender e embolsar ilegalmente os restos mortais da antiga RFFSA. Há um processo que trata deste assunto, instaurado pela PF, correndo em São Paulo, conforme o Jornal da Band. No RS a ALL conseguiu exterminar e varrer do mapa a ligação ferroviária entre Santa Maria e São Borja e também com vários outros trechos ferroviários de nosso Estado. Trechos estes SIM, frutos da visão, coragem e empreendorismo de muitos gaúchos do início do século passado. Para ser empreendedor há que se ter coragem, visão e competência. Alguém acredita que uma empresa que foi criada para ganhar dinheiro em cima dos restos mortais da RFFSA, gastanto o mínimo e sugando o máximo pode ter esta competência???????????????????

Anônimo disse...

Olha, se as coisas continuarem do jeito federal de governar, aconselho a utilizarem carrinho de lomba. morro abaixo tudo ajuda.

Anônimo disse...

Lembro do Ministro Mario Andreaza que acabou com o transporte ferroviario no Brasil e logo a esquerda o acusou de ganhar um "por fora" das fabricas de carros e caminhões. Pois a "esquerda" está no poder a 8 anos e nada fez para mudar este quadro. Qualquer país da Europa (principalmente do leste) valoriza o transporte ferroviario, deixando livres as estradas.

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