Corria o mês de setembro de 1968 e o editor trabalhava no Correio da Manhã, jornal de oposição ao regime militar, quando veio a Porto Alegre o ministro Delfim Neto. Ele concedeu uma concorrida entrevista coletiva na Fiergs, na época localizada na Travessa Leonardo Truda. 1968 foi o inicio de um longo período de seis anos, carimbado mais tarde como a grande época do milagre brasileiro, marcada por crescimentos anuais de 10% no PIB. A China nem pensava em conseguir marca igual. O editor trabalhava no Correio da Manhã, colaborava com jornais de oposição e já tinha passado pelas cadeias do Dops, PE e Ahú. Foi assim, marcado a ferro e fogo, que compareceu à coletiva de Delfim Neto, o czar da economia nos governos Costa e Silva, Médici e Figueiredo. O AI-5 levou sua assinatura. Na Fiergs, o ministro concedeu uma entrevista burocrática e o editor foi censurado até mesmo ao fazer duas perguntas.
- Esta nota sai por conta da notícia sobre a conclusão do programa de governo que o PMDB entregará para a ex-ministra Dilma Roussef. É que um dos signatários do programa é o ex-ministro Delfim Neto, inimigo jurado do velho MDB, cujos principais líderes foram cassados, exilados, presos e perseguidos pelo regime ao qual o sr. Delfim Neto prestou completa vassalagem. Antes, como agora, Delfim não mudou de lado.
6 comentários:
Politicos sem ideologia e sem a verdade a nortear suas vidas, mudam de lado como quem muda de camisa.
É triste ter que dizer, mas me parecem todos iguais.
Onde estão os Matheus Schimidt, os Carlos Alberto Chiarelli, os Getúlios Dias, os Carlos Santos, Edemar Fetter que a politica de antanho nos mostrou?
Luis Inássio
Que beleza de curso !!
Quais serão as disciplinas ministradas ?
Algumas sugestões
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Aberto a todos os partidos
Até que enfim alguém disse o que tinha que ser dito sobre o Delfim. É uma lástima que dêem tanta luz ao cara, sendo que há tanta gente com muito maior competencia em economia nas nossas universidades. Para não falar na memória seletiva dos grandes jornais em relação ao passado do Delfim.
É o blog trazendo luz para o que os jornais não iluminam. Great job.
Políbio, quando eu crescer e for presidente da republica, vou cobrar todas as dívidas da Globo e da RBS. Aí este jornal será seu. E se um picareta do meu governo não for expulso, pode falar mal de mim também!!!
O Delfim não passa de um homossexual, que não entende nada de economia e o foi o maior FDP da ditadura, que assinava todos os empréstimos do FMI, levando 0,1% como garantia de ser avalista, se enriqueceu esse panchudo, com dinheiro do FMI, meteu o país na maior dívida que esse país conheceu, e não passa de um plitico oportunista, que depois de lamber as botas dos milicos agora virou capacho dos petralhas.
Delfim tem muito a contribuir com o futuro do PT no Brasil. Basta elles pararem com as propagandas superfaturadas das estatais que a festa acaba...
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