Clipping
A ordem é “desmoralizar a mídia”
Por Reinaldo Azevedo
7 de agosto de 2009
O triste espetáculo a que se assiste no Senado tem um maestro: Luiz Inácio Lula da Silva. Ainda que a proximidade com gigantes morais como José Sarney (PMDB-AP) e Renan Calheiros (PMDB-AL) possa lhe trazer algum desgaste, aposta nas reservas bastante elevadas de sua popularidade: acha que agüenta um ataquezinho especulativo à sua credibilidade. Daqui a pouco, ele sai dando pito no Congresso, dizendo que ninguém vota nada, que isso é ruim para o Brasil, que é hora de trabalhar etc. O apoio de Lula a Sarney foi selado naquela conversa que Dilma Rousseff manteve com o velho senador. Ele usou argumentos sem dúvida convincentes. O petista nem pensou em piscar. Ademais, ele quer o PMDB em 2010. Na bruxaria de Brasília, surgiu mais um motivo para tentar manter Sarney onde está. Já chego lá.
É evidente — como aqui já se escreveu, creio, uma centena de vezes — que certas práticas no Senado e, mais amplamente, na política antecedem a era Lula. Mas também é inegável que nunca atingiram, como agora, o estado de arte. Já desenhei aqui uma espécie de emblema desses tempos: quando o PT estava na oposição, sua divisa era: “Ninguém presta, só eu”. No poder, mudou: “Ninguém presta, nem eu”. Ocorre que os lulo-petistas nos convidam a considerar que eles não prestam com mais eficiência do que os outros; que o seu jeito de não prestar é bom para o Brasil. E isso é inédito.
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2 comentários:
Perfeito!
Acrescento ainda: fizeram tantos esforços para estarem no poder, iludindo a quem acreditasse em um "novo" modo de se fazer a gestão pública.
Tenho um dito aos meus amigos: os petralhas sempre bateram em todo mundo e agora nos mostram que de fato, são mais sujos e podres dos que os outros. Este é o jeito "novo" de se fazer política e uma gestão pública perfeita. Mais uma vez o povo caiu no conto de fadas.
Alertado pelo leitor Gustavo fui ao site da Justiça Federal (www.jfrs.jus.br) conferir a ação 2009.7102002693-2. Todos os nove agentes públicos listados na ação por improbidade administrativas estão lá como réus. Não é uma interpretação minha. É a interpretação da Justiça Federal.
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