Dossiê do governo desmonta denúncias sobre Jaguari e Taquarembó

Tem 122 páginas o dossiê entregue pelo governo gaúcho, nesta segunda-feira a tarde, ao presidente da Assembléia do RS, deputado Ivar Pavan, para desconstruir ponto por ponto as denúncias da oposição e suspeitas levantadas na mídia sobre as concorrências para as construções das mega-barragens Jaguari e Taquarembó, cujas obras já começaram e consumirão R$ 105 milhões. As denúncias ganharam corpo depois que a Polícia Federal grampeou telefones de agentes públicos e privados no âmbito da Operação Solidária, que investigou desvio de dinheiro público no fornecimento de merenda escolar em Canoas.

. O editor leu e estudou atentamente todo o dossiê durante duas horas e meia (das 17h45m as 20h15m), examinou os gráficos e tabelas, para produzir esta nota. Nesta terça-feira, pelo menos um dos trabalhos será disponibilizado na íntegra neste espaço.

. As suspeitas levantadas pela Polícia Federal envolveram o secretário da Irrigação do RS, Rogério Porto, maior autoridade brasileira na área de irrigação. Ao interceptar ligações telefônicas entre empresários interessados na licitação, a Polícia Federal concluiu que pelo menos dois grupos, a STE e a Magma, tentaram introduzir no edital alguns ítens favoráveis aos seus interesses. O dossiê apresentado nesta terça-feira à Assembléia, comprova com farta documentação que nada do que percebeu a Polícia Federal nos grampos aconteceu:

1) A STE e a Magma não venceram nenhuma das licitações e naquela de que participou, a da barragem de Taquarembó, sequer habilitou-se para a segunda disputa.

2) As "propostas" que a STE-Magma teriam feito para modificar os editais, não foram incluídas em nenhum dos pontos.

. Isto quer dizer que as suspeitas de interferência no edital não aconteceram porque o edital não atendeu o que informavam os interlocutores grampeados, mas o mais importante é que as suspeitas de que os resultados foram direcionados para beneficiar o consórcio STE-Magma eram infundadas, porque a STE-Magma perdeu a disputa.

. O dossiê, além das respostas a todas as suspeitas, repletas de documentos comprobatórios, também faz uma defesa da Política Estadual de Irrigação e da criação da secretaria de Irrigação. A seca e a estiagem no RS produziram perdas de US$ 89,6 bilhões entre 1970 e 2007, apenas com a diminuição das safras de milho e soja, sem considerar os demais cultivos e a criação de gado.

. Até o final do ano que vem, o governo decidiu construir mais tres mega-barragens do tipo Taquarembó e Jaguari, além de 6 mil micro-açudes.

- O plano do atual governo, inédito, é ampliar de 1,3 milhão de hectares (38% da área total atual) para 1,9 milhão de hectares, em quatro anos, o total de área irrigada do RS, ao custo de US$ 1,8 bilhão. Como se sabe, a única lavoura totalmente irrigada do RS é a do arroz .

3 comentários:

Anônimo disse...

Mais uma vez o "isento" jornalista? saiu em defesa do (des)governo. Leu tão atentamente o trabalho, que enxergou STE-MAGMA (UFA!, quando o correto seria STE-MAGNA, COM "N". Nobre jornalista?, não precisa publicar as suas considerações sobre o relatório do governo, pois o que ele dirá todos já sabem. Não tenho afinidade com nenhuma cor partidária, nenhuma mesmo. Agora, não me trate como um idiota, ao fazer essa defesa insana do atual governo. É muito triste ver um comentarista pender sempre para um lado, sem importar-se com a correição ou não dos atos por ele praticados.

Anônimo disse...

papel tem bastante: atos reais contra a seca, ZERO!

Luiz Carlos Vargas disse...

Meus parabéns Jornalista Políbio Braga por sua newsletter ser um sucesso que pode ser comprovada pelas manifestações raivosas. Até os esquerdopatas lêem e dão retorno, ainda que de forma negativa e escondidos pelo anonimato.

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