Indicadores sugerem alguma melhora do consumo das famílias nos próximos meses

Em linha com o apontado pela Sondagem do Consumidor da FGV, outros indicadores divulgados ontem sugerem alguma melhora no consumo das famílias em junho e julho, segundo análise que fazem esta manhã os economistas do Bradesco.

O índice do Movimento do Comércio avançou 2,0% na passagem de maio para junho, de acordo com os dados divulgados e dessazonalizados pela Boa Vista SCPC. A elevação, que sucedeu ligeira variação positiva de 0,1%, foi generalizada dentre os seus componentes, com destaque para o segmento de móveis, cujo avanço de 4,9% interrompeu uma sequência de sete quedas consecutivas. Em contrapartida, as vendas de tecidos recuaram 0,2% no período, sendo insuficiente para reverter a expansão de 1,0% no mês anterior. Na comparação interanual, entretanto, o indicador agregado caiu 1,1%. Ao mesmo tempo, o índice de intenção de consumo na capital paulista subiu 3,3% entre junho para julho, conforme reportado ontem pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP). Essa melhora na margem, por sua vez, se deu de forma disseminada dentre seus itens e a maior expansão foi observada no nível de emprego atual, com alta de 4,7% ante junho. 

Apesar disto, a despeito da elevação dos índices relacionados ao comércio e à confiança dos consumidores observada nos últimos meses, os indicadores ainda se encontram em um baixo patamar. É por isto que se esperas uma retração menos intensa no consumo das famílias nos próximos trimestres.