A cena ao lado é do filme "Ainda há juízes em Nuremberg". No caso, o julgamento dos membros da organização criminosa do Partido Nacional Socialista.
Infelizmente, lemos na ZH desta quarta-feira um diálogo
fictício, peça subliterária pretensamente engraçada e crítica, na qual um
acusado estaria a falar com seu advogado sobre hipotética condenação e seus
inúmeros recursos, em troca (Gran Finale) de honorários. Esse diálogo,
claramente, tenta vender a ideia de que recorrer de uma decisão judicial é algo
de má-fé, contra a cidadania e “coisa de advogado”. Tal pensamento não possui
clara noção do que seja justiça.
Surpreende que tal texto tenha sido escrito por um juiz
federal, posto que afronta a harmonia das instituições desmerecendo e
desmoralizando não só as instâncias superiores do próprio Poder Judiciário,
como também, e sobretudo, fazendo pouco-caso de alguns direitos fundamentais
duramente alcançados pelos cidadãos, ao custo de muitas lutas, vidas e
sofrimentos.
Essa mensagem enfraquece o nosso Estado democrático de
direito, algo do qual a OAB/RS historicamente, ao lado da cidadania, vem
lutando pela plena aplicação.
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