Leio em mais de um lugar da grande imprensa: Dilma
entregou-se ao PT e ao PMDB. Os dois bandos – e digo bandos mesmo – estão em
franco conflito. Ora, alguém que está por eles cercado não pode entregar-se a
ambos simultaneamente. Apropriado, ao que parece, seria dizer que Dilma
rendeu-se e cada facção tomou o butim que suas forças permitiam.
PT e PMDB só estiveram unidos enquanto o Estado lhes
ensejava corrupção e postos, binômio de que extraíam poder e fruição pessoal.
No mais, nada há em comum entre as siglas. O PMDB, até por força de seu
ecletismo, jamais sustentou bandeiras que transpusessem o marco do liberalismo.
Controle da imprensa, ocupação de glebas e de prédios, públicos ou privados,
denúncia da dívida pública, impostos sobre lucros financeiros, controle de
preços, enfim, as clássicas panaceias da cartilha bolivariana nunca tiveram o
respaldo do partido que já se chamou MDB.
Com o esvaziamento das burras palacianas e o PT nas garras
da Lavo Jato, nada há que alimente a unidade das duas greis. Incongruências
como disputa por ministérios e, ao mesmo tempo, indisfarçável cobiça pela
presidência a advir do impeachment; descaramento de Lula, participando de
negociações para afastar a queda de Dilma ao passo que atiça suas tropas
sanduicheiras contra o ajuste fiscal, derradeira esperança da presidente,
visando a apressar sua derrocada, correm por conta do natural tumulto presente
nas grandes crises, a agravar-se de forma crescente no sentido do desenlace.
Nota-se entre
especialistas e jornalistas clara repugnância em admitir uma área cinzenta e
inexplicável, espécie de lixo residual que inexoravelmente se forma nas grandes
transições do político e do social.Velho e pretensioso apego ao racionalismo
induz a interpretações tão minudentes quanto inúteis que afastam o observador
das grandes e implacáveis verdades. A economia, já vizinha do colapso,
suplantou de muito a tolerância da sociedade. Dilma cairá e qualquer que seja a
estrutura de poder que emergir será obrigada a pôr-se em consonância,
minimamente satisfatória, com o clamor das ruas.
2 comentários:
Políbio,
Uma das características das pessoas nascidas sob o signo de Sagitário(Dillma, Tombini, Jorge Gerdau...) é:
- Sempre trocar o "fraco" pelo "forte" do momento.
Metaforicamente falando, os sagitarianos são como os macacos que ficam pulando de galho em galho para comer ou fugir dos predadores.
A Dillma pula de "colo em colo", sempre procurando o "papai"(daí vem a fala de criança de 4/5 anos della que ninguém entende).
É só pesquisar no tio Freud e no titio Lacan.
JulioK
Políbio.
Que tal uma matéria sobre a cientista política guatemalteca Glória alvarez? Ela fez alguns vídeos falando sobre populismo na América latina.
http://spotniks.com/este-video-ira-mostrar-como-o-populismo-atua-na-america-latina-e-por-que-ele-e-tao-perigoso/
Quem quiser da uma olhada neste vídeo tem apenas 6 minutos e faz de forma sucinta, clara e objetiva uma explanação do que é o populismo e como faz tão mal a nós, vejam como se parece coma atual situação brasileira.
E só mais uma coisa, sobre a renúncia do presidente da VW foi feita uma paródia sobre ele, a fala esta lá mas a legnda esta errada, faz uma brincadeira de uma pretensa conversa dele com o Lulla e como ele mudou de ideia e resolveu não mais renunciar hahaha
https://www.facebook.com/video.php?v=950419235015888&set=vb.542868939104255&type=2&theater
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