O site da revista Época informou ainda há pouco, 11h30min de quinta-feira, que agentes da PF estiveram nas sedes da Caoa,
fabricante e revendedora de carros da Hyundai no Brasil, na Marfrig, e em
endereços de Mauro Borges, ex-ministro do Ministério do Desenvolvimento,
Indústria e Comércio Exterior e homem ligado ao governador Fernando Pimentel.
Houve buscas também no endereço de um contador que trabalhava para empresas
investigadas.
A nota completa do site:
Conforme ÉPOCA publicou em julho, havia suspeitas de que
a Caoa conseguira incentivos fiscais do Ministério do Desenvolvimento e
empréstimos do BNDES, que foram chefiados por Pimentel e Borges, para produzir
carros na cidade goiana de Anápolis.
A Caoa, poucos dias antes de uma visita de
Pimentel à fábrica em Goiás, fizera depósitos em conta de empresa ligada a
Benedito Oliveira, o Bené, empresário amigo de Pimentel e que o ajudou na
campanha.
3 comentários:
ZH postou em sua edição online a seguinte manchete: "Polícia Federal deflagra nova operação contra irregularidades em contratos com o governo federal", mas não dá os detalhes, que são os seguintes:
"Documentos obtidos pelo jornal Estadão indicam que uma medida provisória editada em 2009 pelo governo do então presidente Lula teria sido “comprada” por meio de lobby e de corrupção para favorecer montadoras de veículos.
Empresas do setor negociaram pagamentos de até R$ 36 milhões a lobistas para conseguir do Executivo um “ato normativo” que prorrogasse incentivos fiscais de R$ 1,3 bilhão por ano. Mensagens trocadas entre os envolvidos mencionam a oferta de propina a agentes públicos para viabilizar o texto, em vigor até o fim deste ano. Para ser publicada, a MP passou pelo crivo da presidente Dilma Rousseff, então ministra da Casa Civil.
Luís Cláudio Lula da Silva, filho de Lula, recebeu 2,4 milhões de reais de um dos escritórios de lobistas que atuaram pela Medida Provisória 471, que prorrogou incentivos fiscais de montadoras de veículos."
Por que Cunha não vai para Suíça provar que contas não são suas?
01/10/2015
O Conversa Afiada reproduz artigo de Paulo Nogueira, extraído do Diário do Centro do Mundo:
Por que Eduardo Cunha não faz como Romário e vai para a Suíça provar que não são suas as contas?
por Paulo Nogueira
Por que Eduardo Cunha não faz como Romário e vai para a Suíça provar que não são suas as contas que lhe são atribuídas?
Bem, porque não dá. Simplesmente não dá.
Não que houvesse dúvidas, mas Cunha reforçou as certezas ao dizer, numa coletiva na noite de ontem, que se recusava a falar sobre elas.
Faltou colar um carimbo na testa: culpado.
As contas foram bloqueadas pelas autoridades suíças, e tudo indica que elas representam, enfim, o Waterloo de um homem que imaginou que podia tudo.
Como toda tragédia, o episódio se presta a piadas.
Por exemplo: por que Cunha não faz na Suíça o que tem feito costumeiramente no Brasil, manobrar nos bastidores para mudar uma decisão?
Ele fez isso, no Congresso, mais de uma vez. E agora, praticamente com a tornozeleira nos pés, trama para desfazer uma decisão conjunta do Planalto e do STF para por fim ao financiamento privado de campanhas.
A gambiarra seria uma PEC que, como por mágica, permitiria a continuação da fonte original de corrupção no país – o dinheiro que as empresas colocam em seus candidatos.
Eduardo Cunha simboliza isso. Sem esse dinheiro ele não seria nada.
O financiamento privado é a forma como a plutocracia toma a democracia.
O caso das contas na Suíça serve também para uma conclusão pouco engraçada.
É uma vergonha para a mídia, para Moro, para a PF e para Janot que o golpe fatal em Cunha tenha vindo dos suíços. Sinal do despudor da imprensa, um colunista da Veja escreveu que espera que Cunha derrube Dilma antes de ser preso.
Já virou clichê perguntar: e se fosse alguém do PT? Por isso, fujo dessa questão cuja resposta é óbvia.
Uma sociedade não pode levar a sério uma cruzada anticorrupção quando caminha livre um político do naipe e da ficha corrida de Eduardo Cunha.
Romário, com sua viagem à Suíça, criou um padrão de conduta para reagir a assassinatos de caráter como o que sofreu da Veja.
Mas isso é para inocentes, e não para Cunha.
Xi, Cunha, veja, época tudo a ver. Perguntinha que não quer calar: Porque Cunha do PMDB de Sartori, Simon, Brossard, Perondi, Sarney, Terra, Renan, Temer, etc. não vai até Suiça e faz a contra prova igual fez o Senador Romário que meteu mais um processinho na Veja.
Xi, as 13:43, amigão do Lulinha tá levando uns trocados ou o preço é maior?
Xi, vá a Suíça ver a conta da ODEBRECHT que tens recebido um dinheirinho, tú e o Lula.
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