Universidade Federal de Pelotas selecionou candidatos para 10 vagas para quilombolas e indígenas quotistas do Brasil

A Universidade Federal de Pelotas (UFPel) recebeu 42 candidatos das comunidades quilombolas e indígenas para o processo seletivo específico para estes brasileiros contemplados por privilégios garantidos pela lei de quotas, já que não precisarão prestar vestibular e terão matrícula garantida. São dez vagas disponíveis em dez cursos de graduação, apontados pelas próprias comunidades como preferenciais. Nestas terça equarta-feiras, os candidatos fizeram a prova de redação e a defesa do memorial descritivo.

A foto ao lado é da Divulgação da UFPel).

Leia a pungente reportagem que o jornal Diário de Pelotas, RS, publicou sobre a seleção:

Representantes dos povos quilombolas e indígenas do Rio Grande do Sul e outras partes do Brasil vieram à UFPel em busca do sonho da formação superior. Candidatos de Canguçu, Piratini, Tavares, Pelotas, Palmares do Sul, Rodeio Bonito, Erechim, Tenente Portela, Ronda Alta, Três Palmeiras, Redentora, Constantina, Iraí e Liberato Salzano, além de Santa Catarina, Minas Gerais, Pernambuco e Acre. São ofertadas cinco vagas para quilombolas e cinco para indígenas. Os cursos são Administração, Agronomia, Educação Física, Enfermagem, Medicina, Medicina Veterinária, Nutrição, Odontologia, Pedagogia e Zootecnia - cada qual com uma vaga. O mais concorrido é Medicina, com 12 candidatos por vaga, seguido por Agronomia, com nove. Segundo o coordenador de Ações Afirmativas e Políticas Estudantis da UFPel, professor Rogério Rosa, o processo está transcorrendo com tranquilidade e houve boa adesão das comunidades. Os próximos passos são aprimorar o diálogo das pró-reitorias com os cursos que receberão estes estudantes. Para Marcos Jardel Soares, 27 anos, do Quilombo Manoel do Rego, de Canguçu, que disputa uma vaga em Agronomia, as comunidades precisam de um suporte qualificado na área. Sua irmã, Nara Beatriz Soares, 24, pretende cursar Medicina Veterinária. Já Damião Lopes de Souza viajou mais de três mil quilômetros com o filho, candidato a uma vaga para Medicina. “Para ele é um sonho. Vejo como o início de um trabalho que precisa ser ampliado”, disse o pernambucano. Opinião compartilhada pelo kaingang Júlio Ribeiro, da Aldeia São Roque, de Erechim, que acompanhava as três filhas, duas candidatas a Medicina e uma a Odontologia.


Depois da prova de redação, com duas opções de tema, em torno das lutas e concepções ideológicas ligadas à questão quilombola e indígena, a etapa seguinte do processo seletivo foi a defesa do memorial descritivo, um relato acerca da história de vida do candidato, incluindo elementos como a trajetória escolar, a vivência em comunidade, as expectativas de ingresso na Universidade e a importância dessa formação para a realidade da comunidade quilombola ou indígena. As apresentações ocorreram nesta quarta, nos três turnos, e o resultado final deve ser divulgado até a próxima semana.

9 comentários:

Anônimo disse...

A gente morre e não vê de tudo. A que ponto chegou o aparelhamento ideológico desta universidade. Estudar para quê?

Anônimo disse...

Aqualito e Pingo de Cristal
É importante essa etapa da inclusão social dessas pessoas nas universidades. Porém, é importante que os alunos sejam devidamente avaliados quanto à absorção dos conteúdos que fazem parte do currículo de cada curso. Que este "empurrãozinho" seja apenas para facilitar a entrada na Universidade. Esperamos que no decorrer do curso haja uma cobrança dos conteúdos para que no final, tenhamos realmente um profissional de medicina, educação física,etc... Porque a Universidade deve ter como foco a formação acadêmica com qualidade, pois se trata de profissionais que atuarão no mercado e que terão muitas vidas sob sua responsabilidade. O que não queremos é que se faça uma jogada de marketing e lá no final dos quatro anos se divulgue que foram formados mais de X pessoas na Universidade Federal de Pelotas e depois se verifique que a qualidade dos profissionais formados deixa a desejar...

Anônimo disse...

Totalmente a favor da oportunidade que a sociedade lhes concede. No entanto, totalmente deturpado o processo seletivo, na medida em que acentua a concepção ideológica fundada no resgate de dívida social. Oxalá os profissionais que daí surgirem, voltem para o meio de onde saíram e nele preguem o verdadeiro resgate representado pelo valor dado à disposição para trabalho e do esforço pela educação.

Leandro Arona disse...

Dado o baixíssimo nível do ensino superior brasileiro, são mais dez trouxas que serão enganados nos próximos semestres.

Antônio Maria disse...

No fundo, todos querem ser "dotô" burguês.

Anônimo disse...

Universidade Pública virou serviço de assistência social.

Fico imaginando como foi a seleção dos candidatos: As dez pessoas que contaram a estória de vida mais triste foram selecionados.

Não existe mais Meritocracia.
Esses comunistas tão conseguindo acabar com tudo.

Anônimo disse...

Sou a favor das cotas sociais, mas não acho que seja normal uma pessoa entrar num curso universitário por conta do coitadismo. As pessoas tem que entrar por mérito, por capacidade intelectual demonstrada no ensino fundamental e médio. É discriminatório abrir a porteira para uns, supostamente excluídos, e de outros exigir que se matem trabalhando pra pagar um cursinho, que se matem estudando para passar no Enem. Ah, pelo tipo de "prova" tudo indica que a filiação partidária também conta ponto.

Anônimo disse...

UM AMIGO MEU FILHO DE PECUARISTA FOI ESTUDAR AGRONOMIA EM PELOTAS, SIMPLESMENTE FOI UM CHOQUE A QUANTIDADE DE ESQUERDINHAS E MILITONTOS COMUNAS, A FEDERAL ESTA TOMADA POR VERMES COMUNISTAS TEM QUE FAZER UMA LIMPEZA POLITICA GERAL NO ENSINO BRASILEIRO....FORA COMUNISTAS

Luiz Vargas disse...

O próximo passo será a criação de quotas para peti$ta$.

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