O Ministério Público Federal apresentou o que considera
provas de que a empreiteira Odebrecht pagou propina no exterior para executivos
da Petrobras.
Os documentos foram apresentados nesta quinta à
justiça pelos procuradores da Lava Jato. E mostra comprovantes de depósitos
entregues por Rafael Ângulo, um dos delatores do esquema, funcionário do
doleiro Alberto Youssef, também delator.
Para os procuradores, uma prova de pagamentos de propina
no exterior para os ex-diretores Paulo Roberto Costa e Renato Duque, e para o
ex-gerente Pedro Barusco. Os procuradores afirmam que os depósitos foram feitos
por Marcelo Odebrecht, diretor-presidente da Odebrecht S/A, por Alexandrino
Alencar, ex-diretor da Braskem, e pelos executivos Rogério Santos de Araújo e
Márcio Faria da Silva
Paulo Roberto Costa teria recebido mais de US$ 1,7
milhão; Renato Duque, quase US$ 1,9 milhão; Pedro Barusco teria recebido mais
de US$ 1,1 milhão.
Para chegar a esses números, os procuradores cruzaram os
comprovantes de depósitos apresentados por Rafael Ângulo com informações
bancárias obtidas no exterior por meio de acordos de colaboração internacional.
O Ministério Público Federal acredita que as novas provas
justificam a manutenção da prisão preventiva dos principais executivos da
Odebrecht, que estão desde do mês passado na carceragem da Polícia Federal.
Em nome de Marcelo Odebrecht, de Alexandrino de Alencar,
de Rogério de Araújo e de Márcio Faria, a Odebrecht negou as acusações de
Rafael Ângulo. Especialmente a de ter feito pagamento ou depósito em suposta conta
de executivo ou de ex-executivo da Petrobras. A Odebrecht classificou as
informações do delator como uma "distorção".
A Brasken declarou que Alexandrino Alencar foi
funcionário da empresa até 2007. E que os documentos não correspondem a
transferências financeiras da Brasken.
Rafael Ângulo disse que os documentos estavam com ele
porque era funcionário do doleiro Alberto Youssef. E que só entregava os
papeis, sem poder de decisão.
Paulo Roberto Costa confirmou que recebeu dinheiro da
Odebrecht. E que era parte dos valores que foram trazidos de volta, da Suíça
para o Brasil.
2 comentários:
Escuta ilegal pode gerar nulidade na Lava Jato:
Agente da Polícia Federal Dalmey Fernando Werlang revelou na sessão da CPI da Petrobras que implantou escutas clandestinas na Superintendência da PF em Curitiba, na cela do doleiro Alberto Youssef, a mando de três superiores: o superintendente da PF no Paraná, Rosalvo Franco, e os delegados Igor Romário de Paula e Márcio Anselmo; ilegalidade pode anular processo, como alerta o jornalista Paulo Moreira Leite, diretor do 247 em Brasília: “Denuncia de agente da Polícia Federal de Curitiba atinge pedra fundamental das investigações da Lava Jato: depoimentos iniciais de doleiro e Paulo Roberto Costa podem ter sido obtidos com auxílio de escuta ilegal”; no Brasil, investigações Boi Barrica e Castelo de Areia já foram anuladas em tribunais superiores por ilegalidade de provas...
por Paulo Moreira Leite
Denuncia de agente da Polícia Federal de Curitiba atinge pedra fundamental das investigações da Lava Jato: depoimentos iniciais de doleiro e Paulo Roberto Costa podem ter sido obtidos com auxílio de escuta ilegal.....
X, por menos que isso o STF anulou a Operação Sathiagara da PF, cassou o mandato Dep Federal Protógenes do PCdoB e cassou a função pública do Delegado.
Sonha, petralha 10:01, mais no intervalo prepara as mochilas, pode ter que trocar de endereço as pressas.
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