A posição "irredutível" do Banco Central de
levar a inflação para 4,5% ao final de 2016 deve provocar não só um novo
aumento na taxa de juros de 0,50 ponto percentual nesta quarta-feira (03) como
também ao menos mais uma alta ainda durante este ano.
Isto é o que revela a Folha de S. Paulo na sua edição desta terça-feira.
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Embora parte do governo se preocupe com o impacto de
juros mais altos na atividade econômica, já em contração, o Palácio do Planalto
avalia que a prioridade do BC é garantir a menor inflação possível no próximo
ano.
Neste ano, o IPCA (índice de inflação oficial do sistema
de metas) ficará acima de 8%, superando o teto estabelecido pelo governo, de
6,5%.
Ou seja, mesmo não gostando do forte aperto monetário, o
governo não pretende pressionar o BC para que alivie na dose.
EXPECTATIVAS
Em suas últimas sinalizações ao mercado, a equipe do
Banco Central tem reforçado o discurso de que fará o que for necessário para
levar a inflação ao centro da meta (4,5%) no final de 2016.
Como as expectativas de analistas ainda apontam uma
inflação em dezembro do ano que vem de 5,5%, a previsão no governo é que o BC
manterá o ritmo de alta dos juros de 0,50 ponto, levando a Selic dos atuais
13,25% ao ano para 13,75% nesta semana.
A dúvida seria quanto ao próximo encontro do Copom
(Comitê de Política Monetária), no final de julho.
A previsão de economistas e instituições financeiras
consultados semanalmente pelo BC no relatório Focus é que a taxa de juros Selic
esteja em 14% ao ano no final de 2015.
Nessa leitura, o BC faria mais um aumento, de 0,25 ponto
percentual, antes de interromper o ciclo de alta.
O receio de assessores presidenciais e de alguns analistas
é que, para ancorar as expectativas, uma taxa de juros de 14% acabe se
transformando num patamar mínimo, podendo ir além para garantir que a inflação
baixe e chegue a 4,5% em dezembro de 2016.
SACRIFÍCIO
A avaliação interna no governo é que este ano, com corte
dos gastos públicos e recessão, já será um ano de sacrifício. Por isso, será
melhor concentrar todos os esforços agora, para tentar garantir que, ao final
deste ano ou pelo menos no início do próximo o Banco Central comece a reduzir a
taxa de juros para garantir a retomada do crescimento econômico do país.
Dentro do BC, a avaliação é que o banco não tem condições
de flexibilizar sua política monetária neste momento, para não perder a batalha
de expectativas.
Se houver dúvidas no mercado de que atingir a meta é
prioridade, há o risco de não conseguir assegurar uma queda sustentável dos
índices de preços nos próximos meses. A equipe de Tombini avalia, porém, que
começará a ganhar neste ano a batalha para 2016.
Neste ano, a meta de inflação é considerada perdida,
diante do choque de preços públicos, principalmente de energia, praticados no
primeiro trimestre. O Banco Central terá que explicar oficialmente porque
falhou ao não manter o IPCA na margem de tolerância do sistema de metas, de até
6,5%.
5 comentários:
Parece que na verdade o governo está completamente perdido no que faz e joga o país no principio cada vez mais. Tal o tamanho do desastre de 12 anos do PT.
Tem coisa estranha neste "angu" pois o comercio nao vende, revendas de carros nao vende, nos supermercados o movimento caiu e aumentar ainda mais os juros ???????? E porque em paises de primeiro mundo o juro é quase zero e nao tem inflacao ??????????????? No Brasil o remedio é sempre o mesmo, sera que esta correto ?
O que pagamos de juros a mais para os bancos quando aumenta a taxa SELIC daria para financiar muitas grandes obras de infraestrutura, mas o governo das esquerdas prefere dar dinheiro aos banqueiros em vez de melhorar o Brasil como um todo.
Estão armamdo um "propinão" dos juros com bancos.Juros altos, uma
parte dos lucros para os cofres dos petralhas. Uma "taxinha de scesso"!.
Tem "empresário petralha" prontinho para "achacar banqueiros".
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