O colunista do jornal da RBS escreveu na quinta-feira o artigo a seguir, que acabou rendendo forte polêmica. Vale a pena ler - Final de semana passado, aquela coisa de Planeta
Atlântida, pensei comigo mesmo que 72 carros por minuto não podiam estar
errados e toquei com a família toda para o até então desconhecido litoral gaúcho,
visto que mesmo depois de oito anos morando em Porto Alegre nunca me pareceu
valer a pena pegar a estrada para presenciar com mulher e filhas todo aquele
cenário à beira-mar terrível que os amigos gaúchos sempre descreveram meio
brincando, meio falando sério, e que as capas da Zero Hora sempre confirmaram
visualmente desagradáveis, por mais esforçado e competente que seja o
fotógrafo. O litoral gaúcho é provavelmente a única coisa gaúcha que os gaúchos
reconhecem não ser a melhor coisa do mundo.
Na tarde daquele sábado nublado, me senti no segundo
planeta visitado pelo Matthew McConaughey no filme Interstellar: um
ambiente tão inóspito, que não consigo entender como pode ser habitado. O vento
era como se Deus pegasse areia com as mãos e enfiasse um punhado em meu olho
aberto. A maresia trazia até minhas narinas o aroma de peixe morto e a fumaça
do queijo coalho, saindo do carrinho do ambulante. Muitos carros tocavam música
e nos meus ouvidos demônios imaginários jogavam flechas com versos como “te
ensinei certim” e “eu prefiro estar aqui te perturbando”, esta última uma frase
que, não posso negar, combinava com meu desconforto.
Estávamos há cerca de cinco minutos na praia quando minha
filha mais velha, brincando na areia, foi atacada por ondas negras violentíssimas,
que tentavam levar embora a menina. A mais nova estava mexendo com uma espuma
amarela provavelmente cheia de coliformes fecais. Minha mulher corria atrás da
canga e eu tentava ajudar as três ao mesmo tempo, com os olhos cheios de areia,
a cara cheia de fumaça de queijo coalho e os ouvidos cheios de hits nacionais.
Tenho certeza de que algumas pessoas na praia fotografaram meu desespero, com
celulares a distância, elas acham que eu não noto, mas eu noto e só não sei se
me fotografam porque sou famoso ou tenho um aspecto de náufrago.
(Falando nisso, uma vez estava no Rio de Janeiro, subi em
uma grande pedra para
olhar a vista, só de calção e barba, e a praia toda lá
embaixo, cheia de cariocas sacanas, começou a gritar: “Wilsoooon! Wilsoooon!”.
Mas isso é outra praia.)
Depois daqueles ataques sistemáticos, resgatamos as
pequenas (a mais nova já com espuma na boca), deixamos a canga como
oferenda a Iemanjá e corremos pro hotel, onde precisamos de três banhos para
tirar totalmente aquele litoral gaúcho impregnado em nossa pele. Temos agora um
psiquiatra marcado pra semana que vem e com muita conversa vamos superar tudo
isso.
27 comentários:
O cara tá certo .. só essa gauchada bairrista e atrasada do interior acha esse estado uma maravilha. um estado sem graça, agropastoril atrasado, conservador, de latifundio improdutivo as pencas, sem criatividade e provinciano como é esse nosso interior. não é a toa que escolheu a dedo o governador mediocre a comandar que se espelha na visão de mundo gaúcha onde o canto alegretense e o hino do rio grande são ufanisticamente cantados, dá dó..o cara ta totalmente certo
Piangers foi mexer justamente com o povo mais dengoso do planeta...
nao me refiro aos gauchos, mas aos brasileiros como um todo, que gostam de enxergar polemicas em coisas banais, porem verdadeiras, e ignorar as serias, porem mentirosas...
mentir dizendo que nao houve mensalao nem petrolao não causa polemica alguma...
a brasileirada aceita e, alguns, ate concordam...
agora falar sobre as praias dessepaiz...
nossa, é sentar em cima de um formigueiro...
PERFEITO! Análise excepcional e absolutamente fidedigna.
Não vou ao litoral justamente por causa disso.
Mas o povo adora... na sexta-feira à tarde vê-se motoristas fascinados em direção ao litoral... riem por qualquer coisa, os idiotas.
Compram apartamento a 6km da beira-mar, mas dizem que "tenho apartamento na praia".
Um stress para ir e para voltar.
Certa vez - essa é ótima - um "veranista" disse que para ele não havia mais problema de engararrafamento na "free-way"... perguntado sobre como fazia, ele disse com sabedoria: "Vou no sábado à tarde e volto no domingo de manhã!"
E tem gente que acha maravilhosa a ideia... ehhehehehe
Ta e ai Piangers? Quer que nós façamos o que? Mudar o relevo, acidentes geográficos, direção correntes marítimas, força dos ventos e a posição do RS no planeta???? Que textinho mais sem sentido este teu! O litoral do RS e' assim e eu gosto, aproveito e me divirto pra caramba! Se tu gosta, problema teu, pega a 101 e vai pra tua Floripa. Demorou pra ir!!!
Convide o ilustre crítico do RS voltar para seu estado natal que possui praias muito lindas.
So podia ser jornalista da Grande RBS. Não li este artigo porque não assino mais este lixo de jornal.
Talvez por isto é que o PT tenha se dado em outras épocas tão bem aqui no RS, o nível de tolerância com porcarias de nós gaúchos, é muito grande!
Raciocínio sobre "Ficar nada a ver com estar": 1. No dicionário consta: "Veranear = passar a estação do verão em"; 2. Para comentar sobre ocupação do litoral RS o indivíduo deve entender algumas: a) há uma migração sazonal (verão) da população urbana em torno duma hipotética linha POA-NHA-CAX; b) visto pelas origens predomina gente açoriana/portuguesa, alemã, italiana; c) como é sabido açorianos estão no meio do oceano, alemães só pensam naquilo (sol, sal, sul), italianos vivem dentro do mar; d) daí dá de supor que rio-grandense só poderia mesmo se obrigar/habituar a veranear; e) evidente que veranear no sentido bem abrangente para indicar "morada = casa de habitação; lugar onde se mora ou permanece, residência"; 3. Nos tempos primordiais (até anos 1970) chegar ao litoral parecia aos motoristas e passageiros como quase que quase estar a “fazer trilha” de atolar, quebrar, filas intermináveis; foi com o presentaço social da “freeway” de 2x2 faixas a 100km/h que surgiu a prática “final de semana” e daí praticamente todo rio-grandense se garantir uma “chegadinha” à beira-mar; 4. As áreas urbanas no litoral estavam formatadas segundo os “velhos tempos” de “morada de veraneio” e as atividades giravam visando facilidades aos “veranistas”; com isso quero dizer que “morar na praia” era o que de melhor poderia desejar o indivíduo junto à sua família; 5. Reparar que com “o melhor viver” vale dizer estar desligado de rotinas profissionais, se dedicar a passatempos favoritos (hobbies), vivenciar fenômenos da natureza (brisas, temporais, calores, cômoros, lagoinhas, vegetação, frutos do mar, farfalhar de folhas, conhecer bichos das águas e areias, ruídos de aves, aromas naturais, variações nas águas); 6. Evidente que na mudança de costumes o oposto ao “melhor viver” surgiu pela migração permanente (bate-volta, bate-fica, vaivém, rapidinha) o “pior dos mundos” bancado pelos “farofeiros, caroneiros, maconheiros, fuzarqueiros, perueiros, aventureiros”; 7. Portanto – falo sobre RS - a opinião dalguns que se garantem “ficar” nunca conciliará com doutros que se permitem “estar”.
Ele exagerou um pouco, mas que é um lixo é.
Quem mais reclama deve ser quem veraneia em Pinhal, Cidreira ou investiu um bom dinheiro em alguma casa em condomínio fechado e ficou revoltadinho com a constatação.
Mas, como comentaram, ao menos temos as gaúchas desfilando por lá.
O brasileiro, no caso pontual deste artigo, o gaúcho, adaptou-se mansamente a viver em cidades que não permitem que você passeie com a família a pé a qualquer hora do dia pela insegurança física da mesma. A viver impotente, sujeito a todos os percalços de um serviço público ineficiente e perdulário ( obras intermináveis e quando conclusas, de péssima qualidade ) , etc, etc. Como não vai se acostumar ao nosso litoral?
Os russos e os países nórdicos, por exemplo, invejam o nosso litoral. Para finalizar, a percepção mais importante da qualidade de um veraneio, esta na sua compania ( amores, amigos, parceiros camaradas que você só encontra nessa época ).
é um lixo mas vai quem quer. mais lixo que o empreguinho dele não existe...
Políbio,
- As nossas praias são tão boas, que o pessoal prefere as piscinas dos condomínios;
- Só com muita boa vontade e "lombo curtido" para aturar um "Nordestão";
- Do "chocolatão", nem falo. Ai tem que ser "macho mesmo" ou "fêmea faca na bota"!!!
Salve nossos "balneários", pois para o "status" de PRAIA ainda falta a mão "Dele" para consertar!!!
JulioK
Continuar sobre "Variações de clima e humor é necessário": 8. Digo pelo que está dito e posto: o veranear (=ficar) por período de semana, mês ou temporada no litoral/RS é o máximo - externo por conhecimento e me garanto por raciocínio; 9. Há requisitos básicos a atender enquanto permanecer (=ficar) no litoral/RS: a) dispor de indumentária para se sair bem em dois climas (calorento e friorento); b) dispor de jogo de cama para friozinho até friozão; c) cumprir horários: para chimarrão, p/ estar à beira-mar, passear à beira-mar, algum esporte/leitura, para outros afazeres; d) além do que se permitir descumprir horários e inventar/improvisar atividades extras; e) no dia próprio p/ banho de mar combinar com a gente toda (familiares e visitantes) os horários para atividades gerais no dia: praia, almoço/churrasco, repouso, extras; 10. Reparar que devido ao "ficar" é necessário fixar disciplinas de referência apesar de dispensar rigor de controle ou seja o tempo está aberto a novidades; 11. Pelo "ficar" não se formam gravidades do tipo "dia arruinado" nem "droga de mar sujo/sem ondas" nem "tudo alagado" nem "nada a fazer" nem "muita gente" nem “atacado dos nervos por partir”; pelo "estar" há apressados/atropelos/urgências/inadiáveis/apoquentos.
Consegui a façanha em comprar o livro do coelinho, tive a coragem de ler até a pagina 38, larguei num, e após alguns dias lixo.
Mas o artigo, nem até a metade, será que foi essa uma das causas de largaram esterco na porta da rbs.
Para piorar tudo o sujeito se intitula jornalista.
A hora é agora em que a onça está pôr beber agua.... as mascaras estão......
Quero ver quais os argumentos que os chefes do articulista vão utilizar, doravante,para "morder"os prefeitos das cidades litorâneas do RS. Embora o que ele tenha escrito seja real, há verdades que não podem ser ditas ou escritas, sob pena de ferir susceptibilidades, primordialmente quando estas forem de ordem econômico-financeiras.
Lamentável um comentário destes num Jornal de grande circulação como ZH e sendo ele integrante do Pretinho Básico, isto é, com o alcance das bobagens que fala. Me sinto indignado com a postura deste ser! Que volte para Santa Catarina, de onde nunca deveria ter saído!
Baita idiota! Não podemos permitir e nem confundir a liberdade de expressão com desrespeito a pessoas e lugares. O grande problema de hoje em dia não é a liberdade de expressão mas o mau uso dela!
É por causa dessa mania de enxovalhar qualquer um que aponte um problema que esse estado patina há décadas. Na cabeça de muitos por aqui, o sujeito é obrigado a achar que tudo nesse estado é perfeito.
Esquece, ou não sabe o cidadão, que as águas do RS são escuras mas são limpas.
Já as de Florianópolis, que não tem esgoto sanitário, são pura merda, especialmente Canasvieiras.
Minha opinião: Apesar de ir com frequência para o nosso litoral, concordo com o Piangers. Até porque no verão a nossa capital consegue ser mais inóspita que o litoral. Entretanto no inverno prefiro a serra.
VC e um idiota, se VC não fosse anonimo te processava e improdutivo e teu cérebro........
Concordo com o artigo! Litoral lixão!
-carro andando na beira da praia!
-carro estacionado na beira da praia!
-carro com porta malas aberto com som do inferno!
-gente porca que deixa o lixo na praia quando vai embora!
-a feiura predomina!
-falta total de infraestrutura nas cidades do nosso litoral!
-engarrafamento constante!
E notem que até agora nem falei do meio ambiente e suas condições climáticas!
Tenho amigos em floripa que passam 24 hrs por dia chapados de maconha e lá só se enchergar mato cabaré e outras coisas que não estão no perfil do RS desculpa piangers VC foi muito infeliz no seu texto qro mais que a mae Iemanjá te chute do mar oferenda e outra vcs não faz tanto sucesso no PB só mais no Alcemar. VC só faz volume e morto pior que o do cantareira
idiota,ninguém te obrigou a vir para o litoral,vc veio por que vc quis,todos temos livre arbítrio e cada um ouve o quer ouvir,e quanto ao clima não podemos mudar a rota do vento,querido,já fui á santa catarina,é lindo eu sei,mas tbm gosto das praias do litoral gaúcho,amo esse clima , esse ventinho gostoso,vc só quis se aparecer,se mostrar,idiota .!!!!
Realmente não sei como esse otariooooo continua aí num programa de rádio que eu gostava muito e agora não consigo nem ouvir pois corro o risco de ouvir a voz desse sem cara que se acha algo mais que qualquer outra pessoa...falta de humildade para mim é a pobreza mais triste que pode ter um ser humano pois não custa nada...e FREE,,, Moro em tramandai trabalho numa escola de educação infantil onde muitas vezes eu e minhas colegas elogiamos o programa PRETINHO BÁSICO...Mas nós decepcionamos sei que para esse babaca do PI ANGERS esse meu comentário não vai ter importância nenhuma...mas não podia deixar de dizer que somos mais umas 20 pessoas a achar que ele é um babaca...um idiota...um otario que com certeza não tem NADA A ACRESCENTAR na vida de ninguém...QUE DEUS PROTEJA EESE MAL AMADO RETARDADO,,, AH O BOM DISSO P ELE É QUE ELE É TODO PODEROSO E NUNCA VAI PRECISAR DAR IMPORTÂNCIA PARA ESSES COMENTÁRIOS...POIS PESSOA ASSIM ACHA QUE NUNCA VAI PRECISAR DE NADA NEM DE NINGUÉM.... PENA QUE A VIDA ENSINA ,,,,E AS VEZES ENSINA DE FORMA CRUEL...MAS A SEMEADURA É LIVRE MAS A COLHEITA OBRIGATÓRIA!!!!
Primeiro lugar eu sou gaúcha e não tenho orgulho de ser gaúcha muito menos de ser brasileira e as pessoas que estão criticando o autor do texto são todos uns idiotas bairristas que nunca conheceram cidades realmente bonitas, limpas, povo educado e acolhedor, nos não somos nada disso.e as nossas praias tirando Torres são ridículas horríveis, como dizia um conhecido nossas praias são amaldiçoadas por Deus. Falou tudo e a verdade Piangers, estamos juntos,
Tu não processa. Tu é cagão...
O cara somente falou a verdade num País que gosta de viver de mentirinhas..
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